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terça-feira, 31 de maio de 2011

Mais uma sobre a puta sacanagem

Seguindo a linha de raciocínio dos dois últimos posts, algumas perguntas que me foram feitas na entrevista com a toda poderosa banca me fez refrescar a memória... Pensando sobre alguns questionamentos que me foram feitos, lembrei-me do tempo em que fui estagiário na Assessoria de Comunicação Social da Unijuí, transformada, posteriormente, em Coordenadoria de Marketing.
Lembro que era praticamente unanimidade entre todos que eu e os demais estagiários trabalhávamos praticamente tanto quanto os efetivos. Claro que, para exercer determinadas funções, que exigiam mais responsabilidade, os estagiários ficavam de lado (com toda a razão). Mas, a não ser pelo fato de que nós, estagiários, trabalhávamos 20 horas, o volume de trabalho era muito semelhante. E isso era bom, e justamente por isso considerei fundamental para a minha formação essa experiência. Bom, se não foi isso, pelo menos era esse pensamento que nos era transmitido. A jornalista que me entrevistou na banca, nessa seleção que fiz dia desses, por exemplo, era uma que enchia a boca nas reuniões para dizer “muitas vezes vocês (estagiários) trabalham tanto quanto nós”. Não sei se ela pensava isso mesmo, ou fazia esses comentários apenas para ganhar uma média com a chefia, pois, nós, estagiários, tínhamos uma ótima relação com a nossa chefa. Enfim, pois o bozó aqui acreditou nas palavras e nos elogios que nos eram transmitidos naquela dourada época de ma pauvre vie.
Porém, como o mundo dá voltas, eis que, na referida entrevista com a banca, a jornalista, que trabalhava praticamente o mesmo que eu naquele período (a diferença é que eu, como estagiário, ganhava R$150 e ela ganhava aproximadamente 10 vezes mais do que isso) se vira para mim e pergunta: “Fora ESSE teu estágio aqui, você não trabalhou mais em assessoria? Ou seja, você SÓ fez o estágio?”. Fui sincero, e me limitei a responder: “não”, sem acrescentar mais nada, pois o meu currículo falava por mim mesmo. Bom, a expressão dela, olhando para os demais integrantes da banca, acompanhado de um quase inaudível “humpf” me causou certa surpresa, pois sabia que os demais candidatos também não tinham grande experiência em assessoria de imprensa ou marketing. Além disso, pensando agora, acho que deveria ter olhado bem nos olhos dela e respondido: "Como assim 'só'??? Tu tá chapada, mulher??? Eu trabalhava tanto quanto tu, naquele período, e recebia 10 vezes menos!!!!!!" Ou seja, eis mais um fato para ser considerado nessa história toda: além de desconsiderarem minha formação na própria Unijuí, além de desconsiderarem os quase 10 anos de experiência que tenho na área e além de desconsiderarem o meu diploma de mestre pela PUCRS, eles ainda desconsideraram o meu estágio dentro da própria universidade. Queria questionar o nobre leitor: quem de vocês não se indignaria se estivesse no meu lugar?
Já sobre as dicas de processo, recurso judicial, etc, não sei se tenho estômago para isso. Essa é, infelizmente, uma prática comum na Unijuí. Já ouvi, desde que postei os últimos textos, uns dez casos semelhantes ao meu. De repente poderíamos nos unir e entrar com um processo conjunto... Apesar que, sei qual vai ser a alegação deles: o perfil “mais adequado” para a vaga foi o principal critério de seleção. Aí, voltemos a pergunta inicial: então pra que fazer prova, pedir currículo comprovado, etc??????
A Unijuí responde.... Ou não.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

O cúmulo do absurdo: abaixo Unijuí, avante Paulinho!!!

Já produzi um outro texto, que será publicado no momento oportuno sobre a Unijuí. De momento, quero registrar mais um protesto. Todo mundo que passou pelo curso de Comunicação Social sabe da qualidade do professor Paulo Scortegagna, o famoso Paulinho. Além de ser um dos melhores professores que já tive (e incluo aqui graduação e mestrado) ele ainda é PROFESSOR no sentido mais profundo do termo: mantém uma relação de confiança e apoio com os alunos. Ou seja, não é aquele professor que, depois que você se forma, vira as costas para você. Até hoje, sempre que o procuro, ele me atende prontamente para tirar duvidas e prestar orientações. Além disso, eu sempre fui claro e aberto nesse ponto: na graduação da Unijuí, os dois melhores professores que tive, anos luz a frente dos demais, foram Larry Wizeniewski, Ângela Zamin e o Paulinho. Com todo respeito aos demais, é claro. É que eles simplesmente estão em outro nível de conhecimento sobre a disciplina, de interação com os alunos, de relação de confiança e, principalmente, de ATUALIZAÇÃO. O Paulinho, a Ângela e o Larry eram os professores que, no meu tempo, mais traziam conteúdo atual para dentro de sala de aula. Enfim, eram os melhores professores, no todo que o termo representa.
Para além dessas questões, o professor Paulinho é, sem dúvida nenhuma, um dos melhores professores de fotografia (incluindo fotojornalismo) do Rio Grande do Sul, e, por consequência, do Brasil. Com certeza é um dos maiores especialistas da área. Entretanto, numa dessas coisas que só a Unijuí consegue fazer, o professor Paulinho foi retirado da coordenação do Laboratório de Foto da universidade e não está mais dando aula de Fotojornalismo. Fico pensando no desastre que isso representa para os próprios alunos do curso. Como uma universidade tira um dos caras que mais entende do assunto no Brasil para colocar outro, que sequer sabe as especificidades de uso da máquina fotográfica e do laboratório de foto?????
Porra, se fosse no meu tempo, nós, alunos, teríamos colocado fogo no laboratório e invadido a reitoria! Mas, pelo que tenho acompanhado, os alunos de hoje estão tendo aquilo que merecem: não se mexem, então estão levando qualquer coisa para casa como se fosse algo extraordinário. O problema é que eles não sabem o quanto eles vão ficar atrás da concorrência, quando irem para o pau e concorrerem em seleção de emprego, em seleção de mestrado, etc, com os alunos das outras universidades.....
É, amigos, acho que a crise está longe de deixar a Unijuí. Aliás, dia desses uma acadêmica de jornalismo me disse que está fazendo Sociologia da Comunicação a distância!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Carajo!!!! Uma das principais e mais importantes disciplinas do curso sendo ministrada a distância!!!!!!!!!!!!!!!
Bom, não vou entrar nesse assunto, que renderia outro texto a parte. Analisando o todo, começo a achar que foi bom eu não ter sido selecionado para trabalhar no Marketing desta universidade, pois teria que mentir muito para fazer o meu trabalho, algo que vai contra os meus princípios e o que está escrito no CÓDIGO DE ÉTICA DO JORNALISMO.
Hasta!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Pior que chute no saco

Aconteceu algo muito estranho comigo nessa semana, que fez com que eu fizesse vários questionamentos e revesse diversos conceitos. Vou relatar desde o início, para ver se o astuto leitorinho consegue acompanhar meu raciocínio. Na última semana participei de um processo seletivo na universidade em que me formei, a Unijuí. A vaga era para jornalista para trabalhar na Coordenadoria de Marketing, a antiga Assessoria de Comunicação Social, onde eu fiz estágio em 2005. Fiz a prova juntamente com os outros 11 concorrentes. Saí da sala sem ter muita ideia se iria ficar entre os cinco primeiros que passariam para a segunda etapa: a entrevista com a banca e o teste psicológico.
Para a minha surpresa, ao ver o resultado da prova escrita, eu estava em primeiro lugar, juntamente com outra candidata. Nós dois tiramos 10 e, juntamente com outras três candidatas, passamos para a fase seguinte. Nessa semana, fizemos todos a entrevista com a psicóloga, em grupo, e a entrevista com a banca, além de entregarmos o nosso currículo documentado. Resumindo a história, no meu currículo, para somar a nota da prova, estava documentada toda a minha produção acadêmica (artigos, textos publicados em revistas, jornais, portais, etc), a minha participação no projeto do MIT, da Universidade de Massachusetts (EUA) com a PUCRS e com parceria do grupo RBS, o meu diploma de mestrado, que conclui com a orientação do professor Antonio Hohlfeldt, ex-vice governador, presidente da Intercom e uma das maiores referências da área, o meu diploma de graduação, da própria Unijuí (que teoricamente teria que ter me capacitado para essa vaga), as minhas participações em eventos, como Intercom, SBPJor (que discute, dentre outras coisas, o trabalho do jornalista no marketing), enfim, também tinha a comprovação de todos os meus trabalhos práticos, incluindo o estágio que fiz na própria Unijuí. Mas, pelo visto, tudo isso não valeu nada.
Após a entrevista psicológica, outras candidatas vieram me dizer que eu tinha ido super bem, já que, resumindo, a gente tinha que contar a nossa história, dizer nossas qualidades e defeitos e participar de uma dinâmica de grupo. Até onde eu sei, o teste psicológico não avalia positiva ou negativamente, ele apenas traça um perfil que é encaminhado para a banca que, essa sim, tem o poder de decisão. Na entrevista com a banca, contei novamente minha trajetória profissional, respondi à questões relacionadas ao meu currículo, ao meu futuro e outras questões práticas, que achei estranhas, pois deveriam ter sido feitas na primeira prova. Mas enfim, não lembro de ter falado nada que comprometesse a minha nota na prova nem o meu currículo. Sabia que não tinha nada garantido que eu seria o selecionado, pois também sabia da qualidade das concorrentes, e não me surpreenderia se ficasse em segundo, terceiro ou quinto lugar, apesar que, se somassem a nota da prova com o currículo, teoricamente a vaga ficaria entre a outra candidata que também tirou 10 e eu. Nessa disputa, eu achava até que o diploma do mestrado, que exigiu dois anos de estudo, muitas leituras sobre todos os tipos de livros sobre comunicação, jornalismo, persuasão, sociologia, etc, pudessem fazer o diferencial, afinal, eu estava fazendo a seleção para trabalhar dentro de uma UNIVERSIDADE, que achava que valorizava a produção e a formação ACADÊMICA. Mas, doce ilusão.
Ao ver hoje de tarde o resultado final, constatei que não fui selecionado. Até aí tudo bem, até porque a candidata escolhida é a que também tirou 10, é uma excelente profissional e me dou super bem com ela e sei que ela merece, provavelmente até mais do que eu, a vaga. Entretanto, eu também não estava em segundo lugar. Nem em terceiro. Nem em quarto. Nem em quinto. No edital diz o seguinte: EDUARDO RITTER – NÃO SELECIONADO. Ou seja, esse concurso tem validade de um ano. Caso a primeira colocada deixe a Unijuí, chamam a segunda, e assim sucessivamente. Entretanto, só ficaram classificadas as duas primeiras. Se a segunda desistir, abrem novo concurso. Isso tudo quer dizer, então, que eu não estou apto para trabalhar na Coordenadoria de Marketing da Unijuí. Meu diploma de jornalismo e de mestrado em Comunicação Social, em uma universidade com conceito 5 na tabela da Capes dos cursos de pós-graduação (só a UFRJ é 6, ou seja, é a segunda melhor do Brasil), com a orientação do presidente da Intercom (entidade mais conhecida no meio acadêmico da área), com a participação em um projeto reconhecido como o MIT, não valem de nada. Assim como também não valeram de nada a leitura de uns cinco ou seis livros de assessoria de imprensa que tenho em casa que, duvido muito, todos os que lá trabalham tenham lido. Aliás, acho que só serviu para tirar o 10 na prova. Descobri com tudo isso que a Unijuí não acredita na união entre prática e teoria. Que a Unijuí, que é uma universidade que tem como seu principal produto o ensino superior, não valoriza o próprio produto. Não valoriza títulos acadêmicos nem publicações. Não quer investir em pessoas que buscam o crescimento profissional, pois, na entrevista foi-me questionado se eu iria seguir investindo na minha carreira acadêmica e se eu queria ser professor universitário. Óbvio que eu quero ser professor universitário, mas isso me tira da disputa por uma vaga dentro da própria Unijuí? Não seria mais coerente se a universidade utilizasse o meu currículo justamente para me explorar (no bom sentido) em outras áreas. Porra, uma das primeiras coisas que eu planejava fazer, caso fosse selecionado, ou até se ficasse em segundo ou terceiro, enfim, se eu fosse selecionado era tentar (leia-se pagar) a publicação da minha dissertação pela Editora da Unijuí. Iria abrir mão da própria Editora da PUC, que é mil vezes mais conhecida que a Unijuí, para publicar o meu trabalho pela universidade na qual eu me formei.
Enfim, como eu fui aluno da Unijuí, bem como meu irmão (formado em jornalismo), meu pai (formado em Direito) e minha irmã (formada em Serviço Social), achei que teria no mínimo a mínima das considerações, que seria um digno quinto lugar no processo seletivo, tendo alguma chance, mesmo que remota, de ser chamado para a vaga. Agora, ser eliminado de vez do processo, tendo condições, experiência e titulação para tal, e ainda mais depois de tirar 10 na prova que eles mesmo elaboraram, dói mais que um chute no saco.
Hoje, depois dessa, só posso dizer o seguinte: se eu estivesse entrando na universidade hoje, não optaria pela Unijuí. Pagaria um pouco mais, moraria com meu tio, mas faria a graduação numa PUC, Unisinos ou Feevale da vida. E para os alunos da Unijuí fica a dica: se liguem, porque depois que vocês pegam o diploma e vão embora, a universidade vira as costas para vocês.
E não adianta me dizerem: "tu és louco, agora sim que não vais conseguir emprego na Unijuí" porque, como sempre digo, não consigo engolir coisas que fedem a podridão.
Hasta!

O Don Juan e o Zé Mané futebolísticos

As mulheres sabem que há dois tipos de homens. Na verdade, desses dois tipos há uma variedade de subtipos, mas, de forma geral, existem duas categorias principais: aqueles que sabem e aqueles que não sabem abordá-las, seduzi-las e conquistá-las. Os que sabem, não dependem de frases feitas, de cantadas prontas, nem de um currículo considerável ou de muito dinheiro em caixa, como a maioria pensa. Os que entendem do negócio se viram no improviso, são criativos, sabem que no encontro a mulher é a estrela da história toda, é atencioso, educado, sem deixar de ser romântico e sedutor. Ao mesmo tempo, não é um babaca que não sabe o que quer e que para cada pergunta responde: “não sei, vamos fazer o que você quiser”. O que manja do assunto decide rápido, mas não desconsidera a vontade da mulher. Em resumo, é habilidoso e eficiente. Já os que não sabem do assunto, acham que porque tem um carro todas as mulheres tem que correr atrás dele, pensam que com uma cantada pronta vão enfeitiça-las como uma bruxa que enfeitiça uma princesa de contos de fadas, acredita que é o máximo e que ele mesmo é o centro das atenções em um encontro. Além disso, acha que não precisa ser educado, crê que ela deve se apaixonar por ele pelo que ele é e, por isso, pensa que pode cutucar o nariz no meio do jantar, que não precisa abrir a porta do carro para ela entrar e que a conta pode ser paga por ela, afinal, ela ganha mais. Enfim, é um idiota que depende mais da sorte para que uma de suas únicas jogadas dê certo para conquistar alguém.
E a lógica é a mesma no futebol. Times que dependem de um ou dois jogadores estão à mercê da sorte. Times que tem uma ou duas estrelas, mas que têm várias alternativas de jogadas estão a um passo do sucesso. E essa tem sido a diferença entre Grêmio e Internacional nos últimos 10 anos. Inclusive, o último bom time que o Grêmio conseguiu montar, em 2001, que ganhou a Copa do Brasil, é o exemplo prático disso. Aquele time tinha vários jogadores que resolviam, e algumas estrelas: Zinho, Marcelinho Paraíba, Luiz Mário, Marinho, Rubens Cardoso, etc. Depois disso, o tricolor nunca mais conseguiu montar um bom elenco, com algumas estrelas e outras boas jogadas alternativas. Ao contrário do Inter.
Hoje, mesmo sem comer a bola, se um D’Alessandro da vida não está jogando bem, o Damião resolve. Se o Damião não está bem, o Tinga resolve. Se o Tinga não está bem, o Andrezinho resolve. Se o Andrezinho não está legal, entra um Zé Roberto da vida e resolve. Enfim, o Inter tem inúmeras possibilidades de jogadas. Assim como o Grêmio, no passado, tinha com Paulo Nunes, Arce, Jardel, Goiano, Roger, Carlos Miguel, Arilson, etc. E assim também foram formados todos os outros times vencedores da história do futebol mundial. Por outro lado, não lembro, no momento, de nenhum time que conquistou títulos significativos dependendo de apenas um ou dois jogadores.
E tem sido assim a vida futebolística no Rio Grande nos últimos 10 anos: o Grêmio tem sido um cara sem noção que não consegue nem um “oi” das beldades, enquanto o Inter tem se comportado como um Don Juan, um professor galanteador garanhão.
Um bom final de semana a todos.

*Texto publicado no Jornal das Missões de amanhã. PS: sou mágico, por isso o texto de hoje é publicado no jornal de amanhã...

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Tempos hipermodernos = sobra de tempo

Porra, no post anterior alguns leitorinhos falaram da falta de tempo. Porém, eu acho que nunca se teve tanto tempo na história da humanidade. Por exemplo: você não precisa mais sair de casa para ir até o Correio colocar uma carta para outrem. Para fazer isso, você fica com a sua bundinha encostada na cadeira e manda um e-mail. Você não precisa nem se levantar para fazer uma ligação no telefone com aquelas rodelinhas que rodeiam, você fala com a criatura no MSN ou liga do celular, que está no bolso. Você não precisa mais ir até a empresa que você está procurando emprego para entregar o currículo, pois, você manda por email! E, se você for, eles te dizem “pode mandar para esse e-mail” e te dão um cartão. Aliás, já se está chegando ao ponto de você não precisar nem sair de casa para fazer uma consulta médica. Você, em Bozano, em Viamão, em Canguçu, em Londrina, em Belém do Pará, em qualquer lugar, pode consultar com um especialistas que está em São Paulo ou em Nova York por webcam. E, inclusive, você nem precisa sair de casa para ir na aula, por tem milhares de cursos a distância por aí. Mas, nesse último caso, não vou entrar no mérito da questão, senão a discussão vai longe... Além disso, você pode saber tudo que está acontecendo sem ler jornal, revista, ou portais, pois a notícia vem até você no twitter ou no celular!
O que eu quero dizer é que as pessoas nunca tiveram tanto tempo para fazer o que querem. Podem pagar contas pela internet sem pegar filas em bancos, fazer transferências, consultar, assistir aulas, tudo sem sair de casa! Parece propaganda barata, mas é verdade. Aí, o cara faz isso tudo, e, muitas vezes, trabalha em casa mesmo, e vem dizer que não tem tempo para ler! Porra! Nunca se teve tanto tempo livre! Inclusive, você pode usar esse tempo livre para ter mais trabalho, mas aí é cadumcadum. Agora, imagine se você cursa uma universidade, trabalha e não tivesse todas essas possibilidades. Aí sim, você poderia se queixar de tempo: que horas você vai consultar? Que horas você vai passar no correio para mandar aquela carta? Que horas você vai enfrentar uma fila de banco para pagar uma conta? Ãhn?? Tempos hipermodernos da pré-história (ver dois textos anteriores) são tempos com muito tempo livre. Minha bisavó e meu tataravô, sim, poderiam se queixar de falta de tempo.
Mas, como diria o meu glorioso prefeito de Ijuí, Fioravante Ballin, o debate sempre é salutar! Salud!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

A pré-história hipermoderna

Estive pensando sobre o texto ali de baixo e cheguei a seguinte conclusão, ou melhor, a seguinte questão: para a sobrevivência do jornal, teríamos que voltar aos seus primórdios, aos tempos dos publicistas. Segundo Nilson Lage, nos primórdios do jornal impresso o jornal sobreviva tendo como base o artigo de fundo, que era o editorial da época, escrito pelos publicistas, que, muitas vezes, eram usados para defender determinados grupos, ideologias, religiões, etc. Enfim, nada muito diferente do que ocorre hoje na maioria dos jornais. Entretanto, ao defender a retomada do jornalismo mais opinativo e analítico, não seria um retorno ao publicismo? Ou ao lacerdismo, que é como ficou conhecido o trabalho feito pelo jornalista Carlos Lacerda, onde muitos leitores compravam o jornal só para ler a sua coluna.
Na minha modesta opinião, eu acho que sim. Porém, é um publicismo adaptado e menos ideológico do que praticado décadas e séculos atrás. Ou seja, mais uma vez, a história anda em círculos. Quanto mais a gente evolui, mais voltamos ao princípio. E, pensando nisso tudo, fico me questionando: tanto se fala de pós modernidade, de tempos hipermodernos, etc, porém, não estaríamos na hipermodernidade da pré-história?
Pensei sobre isso dentro do ônibus, hoje de manhã. Eu, indo trabalhar em um ônibus velho, caindo aos pedaços, balançando todo em ruas esburacadas. Isso é hipermodernidade? Creio que, em uma escala temporal maior, daqui a 200, 300 anos vamos considerar isso aqui como algo pré-histórico. Assim como, de certa forma, achamos difícil imaginar a vida de séculos atrás, quando não existia luz, telefone e anestesia para arrancar o dente. Enfim, enquanto nos achamos pós modernos, hipermodernos e megamodernos, na verdade, estamos ainda na pré-história. Uma pré-história hipermoderna.
Hasta

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Apocalipse do jornal impresso

Usando o twitter, começo a rever meus conceitos. Eu pregava, visceralmente, a sobrevivência do jornal impresso, mesmo com a maior das expansões do meio digital. Mas, ficando conectado boa parte do dia no twiter, acabo concluindo que ele acaba prejudicando não só os jornais impressos, mas também os próprios portais da internet. Nesse contexto todo, acredito que, apesar de parecer contraditório, apenas o rádio e a TV se salvam, por dois motivos bem simples: o rádio é e sempre vai ser fácil de carregar. Você está no ônibus e, para não perder o jogo do seu time, você ouve o rádio. Ou para ouvir música. Ou para se informar, enfim, sempre vai ter gente ouvindo rádio, mesmo que seja através da própria internet. E a TV tem a grande vantagem da imagem, que, ainda não encontra concorrente a altura nos computadores, por mais variado e inovador que seja o seu formato, afinal, nada substitui você se atirar na cama com o controle remoto e assistir a uma partida de futebol, um filme ou ao CQC. Sei, astuto leitor, que parece estranho criticar o jornal impresso no próprio jornal impresso, mas já foi feito algo parecido quando Pierre Bourdieu criticou a televisão, na própria televisão. As declarações de Bourdieu viraram o clássico livro, Sobre a Televisão. Meu texto dificilmente se tornará livro, mas enfim, vamos lá.
Então, como eu ia dizendo, com a TV e o rádio a salvo, sobrou para os portais e o jornal impresso. O livro, por abranger um conteúdo mais específico e por sobreviver durante décadas às telenovelas e outros programas televisivos, acho que ele ainda tem longa vida. Talvez não seja imortal, mas tem muitas décadas de reserva. Já o jornal está perdendo a função de informar. Ainda tem o caráter local, mas, daqui a alguns anos, quando a internet estiver ainda mais infiltrada na sociedade (dados do Ibope já mostram um crescimento rápido no número de internautas no Brasil, ultrapassando se aproximando aos 50 milhões em ritmo acelerado), os próprios meios impressos locais vão migrar para o digital. A única alternativa, a única esperança, a luz no fim do túnel do jornal impresso passa a ser, então, o jornalismo de profundidade, o jornalismo opinativo e o jornalismo analítico. Ou seja, não basta informar, tem que analisar para o leitor, que só vai buscar o jornal impresso para ver opinião e fotos. Quem quer informação (no sentido de novidade), não vai usar nem os portais, vai utilizar diretamente o tiwtter. Eu, por exemplo, estou seguindo políticos, de vereadores a Dilma, passando pelo Tarso, além dos principais portais de notícia, os principais veículos do país, os principais analistas políticos do Brasil, colunistas, escritores, além de amigos e outras pessoas que escrevem só bobagem mesmo. Ah, e sigo também o Rafinha Bastos, o twittero que mais teve posts retwitados no mundo, segundo o New York Times. Aliás, segundo matéria da revista Info, agora ele recebe até R$4 mil para twitar algo sobre alguma empresa. Ou seja, gradativamente, estamos deixando de pegar o jornal de manhã cedo ou de entrar nos portais para saber o que de importante está acontecendo. As coisas importantes que estão rolando no mundo estão sendo postadas no twitter. Primeiro, dizia-se que o que não saiu no jornal não aconteceu. Depois, diziam que o que não foi dito no rádio não passou de ilusão. Por fim, passou-se a se dizer que o que não apareceu na televisão não existiu, e agora, podemos dizer que o que não está sendo twitado também não está rolando.
É a vida. É a evolução do ser humano. Alguns não concordam, alguns lamentam, alguns dizem que é o fim dos tempos, mas é a realidade, doa a quem doer, custe o que custar. É a era CQC.

Texto publicado em A Tribuna Regional

sábado, 14 de maio de 2011

Uma história crítica

Comecei a ler hoje “Uma história crítica do fotojornalismo ocidental”, do português Jorge Pedro Sousa. Aliás, no ano retrasado, no Intercom em Curitiba, eu apresentei trabalho no mesmo GT do Jorge Pedro sem ter noção do tamanho de sua representatividade nos estudos comunicacionais. Li, hoje, até a página 32 e já fiquei com aquela expressão de “bah!”. O livro do professor português faz jus a palavra “crítica” do título, pois, realmente ele conta a história dando seus próprios palpites, usando frases em primeira pessoa, se posicionando diante do texto histórico. Ou seja, ele não é um papagaio que apenas juntou toda a história e largou em um livro. Ele faz a análise crítica do negócio mesmo. Conta sobre o surgimento da fotografia, como ela começou a ganhar espaço nos jornais. Aliás, para aqueles que acham que mudar as fotos no fotoshop é uma malandragem exclusiva da atualidade, vejam isso: “não eram raras as ocasiões em que os gravuristas de madeira acrescentavam pormenres da sua lavra às imagens nomomento em que elaboravam ilustrações a partir dos originais fotográficos” (p.28). Ou seja, no meu entendimento, o ser humano sempre teve essa vontade de mudar a realidade. Não é a toa que os filmes espetaculares conquistem as massas. E não é a toa que o jornalismo, em todos os seus formatos, entra nessa, querendo transmissões e coberturas espetaculares. Desde os primórdios o ser humano adora o espetacular, o sensacional, o inacreditável. E assim na cobertura policial, política, esportiva, econômica, cultural, etc. Quanto mais espetacular, melhor. Quanto mais banal, pior. Mas o melhor é quando o banal vira espetacular. O simples vira sensacional. O torneiro que virou presidente. O garoto do bairro pobre que virou estrela futebolística. O garoto “normal” que pego o revolver e matou os colegas. Quanto o mais o normal vira sensacional, mais facilmente a atenção do ser humano é captada. E assim gira o mundo, e assim vemos o contemporâneo virar passado e o futuro virar presente.
Agora chega de papo, porque a única coisa espetacular em que consigo pensar é no sono que estou sentido. Buenas noches.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Petição pelo diploma

Sei que alguns leitores (na maioria jornalistas) são contra a obrigatoriedade do diploma (essas antas querem perder a vaga para parentes de políticos, sabichões e picaretas), mas enfim, para aqueles que são a favor da obrigatoriedade do diploma para o exercício da função, que acham que o jornalismo não é só o trabalho de papagaio (repetir o que os outros falam), que acreditam em uma imprensa responsável e livre, que sabem que a obrigatoriedade não obriga pessoas que têm coluna de opinião a ter o diploma, que são A FAVOR da liberdade de expressão (sem o diploma vai ser muito mais fácil de políticos controlarem a informação e de calarem a boca de quem não lhes agrada), enfim, para quem tem o mínimo de capacidade reflexiva sobre o tema, segue o link, com um abaixo assinado a favor da PEC da obrigatoriedade do diploma. Para assinar é fácil, clique no link, coloque seus dados e ajude a sociedade brasileira a sair da pior:

http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoAssinar.aspx?pi=P2011N8603

A petição está no site da Fenaj, onde também tem a lista de posicionamento dos senadores, que votarão a PEC nos próximos dias. Curiosamente, as figurinhas mais carimbadas, como Fernando Collor de Melo (para quem tem memória curta, ver Notícias do Planalto), Marta Suplicy e outros poucos da corja do PT, e, obviamente, o Roberto Requião, que literalmente roubou o gravador de um repórter dias atrás (se fosse um não diplomado ele conseguiria manipular mais facilmente), são os que já se posicionaram contra. Aliás, além dos mencionados, só o Jorge Viana (PT), também deve votar contra. Os demais 70 e pico devem votar a favor.
Sobre os coleguinhas que são contra o diploma, até entendo que em certas horas dá vontade de mandar que alguns diplomados se matriculem novamente na universidade, mas a exigência do diploma é um começo. Eu, como futuro professor, pretendo seguir o que meu orientador Antonio Hohlfeldt dizia em sala de aula no curso de mestrado: “Tem que apertar o cerco na graduação, porque depois os reflexos aparecem no mercado e nos cursos de pós-graduação, com gente formada que não sabe o bê-a-bá das teorias da comunicação”. Concordo sem tirar nem por vírgula nessa frase. Tem muito "profissional" que se forma sem ter as mínimas condições de sequer ser aprovado nas disciplinas básicas do curso. Mas essa já é outra questão...

Ah, e assim como xinguei o pessoal que votará contra, tenho que enaltecer os que tiveram a iniciativa de apresentar o projeto. Copio, aqui, um parágrafo do texto da Fenaj:
“A PEC 33/2009, de autoria do senador Antônio Carlos Valadares e relatoria do senador Inácio Arruda, e a PEC 386/2009, de autoria do deputado Paulo Pimenta e relatoria do deputado Maurício Rands, por um lado resgatam a dignidade dos jornalistas brasileiros e contribuem para a garantia do jornalismo de qualidade”.
Hasta

segunda-feira, 9 de maio de 2011

O pinto

Chocolate no Beira-Rio

Estou começando a mudar a minha teoria da audiência bloguística. O último post futebolístico rendeu 7 comentários. Eu disse SETE. Um recorde, tratando-se de futebol. Por isso, irei comentar aqui, brevemente, o Gre-Nal de ontem. O que eu vi foi o seguinte: o Inter perdido em campo, sem raça, sem vontade, abatido, sem qualidade técnica, com uma torcida igualmente desanimada e impaciente. Do outro lado vi o contrário: um Grêmio organizado, tocando a bola conscientemente, construindo as jogadas de forma ofensiva e apoiado por uma torcida vibrante que não parou de cantar um segundo sequer. Em resumo, foi um CHOCOLATE. Quando o jogo estava 2 a 1, se o Grêmio tivesse forçado um pouquinho mais poderia ter feito 3 ou 4 a 1. Mas, com a vantagem no placar, o Grêmio passou a tocar de lado, alguns jogadores querendo humilhar os colorados, e, quando eu comentei com um amigo meu “daqui a pouco nós levamos”, o Inter empatou.
Depois, houve o milagre do Viçosa. E, se o Escudero não tivesse sido expulso, em uma falha vergonhosa do Lins, o tricolor poderia ter feito o 4 a 2, pois estava aberta a porteira colorada.
Sinceramente, falando como jornalista, e não como torcedor, acho muito difícil o Inter reverter o resultado no domingo que vem. Vencer por dois gols de diferença em um clássico é uma tarefa mais do que complicada. Depois do jogo de ontem, o Inter, que já se achava campeão da Libertadores, que pensava que o título do Gauchão seria tão fácil quanto tirar o doce de uma criança, terá que repensar seus valores e mudar muitos conceitos para não fazer vexame no Brasileirão. Que, aliás, seria só mais um nesse penoso 2011 colorado. Ah, e sobre o Grêmio, a diretoria tem que aproveitar que o Leandro está comendo a bola e já oferecer um salário de craque. Ao invés de trazer outro Carlos Alberto da vida, pagando uns 300 mil, tem que oferecer esse salário astronômico para o guri, que certamente terá muitas propostas do exterior durante o ano.
Que venha o Gre-Nal de domingo!

domingo, 8 de maio de 2011

21 livros em 21 dias

Ler 21 livros em 21 dias e, ao mesmo tempo, trabalhar mais ou menos umas 10 horas por dia. Esse está sendo meu desafio, e, por isso mesmo, estou sumido do blog, do twitter, do facebook e do caralho a quatro. Na verdade, 21 livros são os OBRIGATÓRIOS, porque tem mais dezenas de livros que tenho que ler “por fora”. Nunca a tal de leitura dinâmica foi tão útil. É um livro por dia, durante 21 dias. Porém, isso não é para aumentar a média nacional de leitura (até porque, o IBGE nunca me perguntou quantos livros eu leio por ano, como já disse aqui), mas sim, para resolver minha vida. Espero que de certo, já que o resto é resto e está restando pouca coisa da minha sanidade com tantas idéias, conceitos, teorias e técnicas diferentes... Enfim, vou voltar aos livros porque daqui a pouco tenho que fazer um intervalo para o Gre-Nal. Hasta!


FALANDO EM 21, OLHEM SÓ O QUE ACONTECEU NO GRENAL:

quinta-feira, 5 de maio de 2011

O velho e bom Peñarol e o velho e bom jornalismo esportivo (para além do boçal e do lead)



Se o Peñarol deu uma aula de futebol ao Inter em campo, ao fazer 2 a 1 em plena beira do Guaíba, o jornal El Observador deu uma aula de que o jornalismo esportivo (e eu estendo aqui para as outras editorias) pode ser criativa, sem ser muito extenso, e pode fugir do óbvio, do sem graça, do broxante, enfim, do lead e das fórmulas de objetividade preto e branco do jornalismo norte-americano de décadas atrás, que jornalistas e donos de jornais pensam ser agradável. Chega de papo, e seguem trechos da matéria:

"O Peñarol calou várias bocas. Outra vez. O Peñarol despertou, o gigante despertou e América o conhece. O vive. O sente. A corona caiu em busca do rei, por culpa de Peñarol, que ganhou por 2 a 1 em Porto Alegre e deixou o Internacional colorado (avermelhado, em espanhol), mas de bronca, eliminado".

"Como o gato que brinca com o rato, se divertia esperando o momento de dar outra estocada”.

"Essa arrogância do Inter foi o que terminaria os destroçando".

"Até os jogadores brasileiros se paralizaram e, por um momento, pareceram os de 50 no Maracanã, quando o visitante de pedra dava a volta para a história e todos emudeciam. Até com o mesmo resultado: 2 a 1. Foi o momento do Peñarol, que dominou a partida, que chegou por todos lados".

"Lá estava, guardada em algum rincão de Los Aromos (campo onde o Peñarol treina). Com a obsessão de sair há muito tempo. Mordendo-se de raiva por ver pela TV qualquer equipe ignorável em uma Libertadores, ano a ano. Desesperada por sair e mostrar que tantos anos de histórias, tantas Copas, não eram em vão".

quarta-feira, 4 de maio de 2011

EU ACREDITO!


A corneta ressuscita mortos. Depois do primeiro jogo do Grêmio contra o Universidad do Chile, em que perdemos em pleno Olímpico por 2 a 1, eu havia jogado a toalha. Saí do bar xingando: “o time é muito ruim, não tem condições, tem que demitir todo mundo, etc, etc, etc”. Mas, durante a semana, os colorados abusaram da corneta, mesmo após vencer, nos pênaltis, o nosso time todo desfalcado. E, devido a corneta, passei a refletir sobre tudo. Primeiro, acredito que o Penharol tem boas chances de vencer o Inter no Beira-Rio. Pois, pensem comigo, se o time do Grêmio, tecnicamente inferior ao do Penharol, todo desfalcado, empatou em 1 a 1, por que diabos o time uruguaio não conseguiria o mesmo? E, segundo, se o Caracas venceu o Universidad por 3 a 0 no Chile, por que o Grêmio não pode fazer o mesmo? Ainda mais o nosso Grêmio, o clube das causas impossíveis. O clube que reverte resultados irreversíveis. O Imortal! Por isso, como diria o Haroldo de Souza: respeitem esse time! Por isso eu digo: EU ACREDITO. Y nada más.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Vergonha (ou falta dela) colorada

Quando eu tava na escolinha do Sesc, lá por 90 e pouquinhos, uma das primeiras coisas que aprendi é que, o movimento que o Leandro Damião fez em cima do zagueiro do Grêmio ao marcar o primeiro gol do Inter, se chama cama de gato e é extramente ilegal. Quando ocorreu o lance, nem me preocupei. A RBS abriu a imagem, sem acompanhar a comemoração do Damião. O Paulo Brito, na TV, e o Pedro Ernesto, no rádio, ficaram naquela de “será que foi?” e demoraram para narrar o gol. Sim, curioso leitor, eu estava vendo na TV e ouvindo as duas narrações. Mania de jornalista. Sinceramente, se eu fosse jogador do Grêmio, teria dado um soco na cara do árbitro. Mas, faz parte. 1 a 0 para o Inter, jogando em casa, com um time melhor e contra um Grêmio demontado e desmoralizado, afinal, o tricolor está sem os seus três melhores jogadores: Lúcio, Victor e André Lima.
O jogo seguiu e eu acompanhei tudo despreocupadamente, afinal, sabia da impossibilidade de fazer um gol naquelas circunstâncias. Mas eis que, novamente, no apagar das luzes, a bola sobra para o inexpressivo e subestimado Viçosa, que mete a bola pro fundo do gol colorado. 1 a 1, contra o supertime do Inter, contra o Beira Rio lotado e contra um árbitro colorado fanático! Depois, nos pênaltis, sem o Victor e com o Borges querendo ir embora, não tinha como. Aliás, Até o Guiñazu ser expulso o Inter jogou com a mais: Borges só era um expectador do jogo de dentro de campo. No mais, considero a vitória do Inter nos pênaltis um vexame para o próprio Inter: empatou contra um Grêmio ruim, desmantelado, desmoralizado, em casa, diante do seu torcedor, e com a ajuda do árbitro. É muito pouco para um time que se julga o melhor da América. Se jogar desse jeito, acredito no Penharol já nessa semana.
Hasta!