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terça-feira, 31 de maio de 2011

Mais uma sobre a puta sacanagem

Seguindo a linha de raciocínio dos dois últimos posts, algumas perguntas que me foram feitas na entrevista com a toda poderosa banca me fez refrescar a memória... Pensando sobre alguns questionamentos que me foram feitos, lembrei-me do tempo em que fui estagiário na Assessoria de Comunicação Social da Unijuí, transformada, posteriormente, em Coordenadoria de Marketing.
Lembro que era praticamente unanimidade entre todos que eu e os demais estagiários trabalhávamos praticamente tanto quanto os efetivos. Claro que, para exercer determinadas funções, que exigiam mais responsabilidade, os estagiários ficavam de lado (com toda a razão). Mas, a não ser pelo fato de que nós, estagiários, trabalhávamos 20 horas, o volume de trabalho era muito semelhante. E isso era bom, e justamente por isso considerei fundamental para a minha formação essa experiência. Bom, se não foi isso, pelo menos era esse pensamento que nos era transmitido. A jornalista que me entrevistou na banca, nessa seleção que fiz dia desses, por exemplo, era uma que enchia a boca nas reuniões para dizer “muitas vezes vocês (estagiários) trabalham tanto quanto nós”. Não sei se ela pensava isso mesmo, ou fazia esses comentários apenas para ganhar uma média com a chefia, pois, nós, estagiários, tínhamos uma ótima relação com a nossa chefa. Enfim, pois o bozó aqui acreditou nas palavras e nos elogios que nos eram transmitidos naquela dourada época de ma pauvre vie.
Porém, como o mundo dá voltas, eis que, na referida entrevista com a banca, a jornalista, que trabalhava praticamente o mesmo que eu naquele período (a diferença é que eu, como estagiário, ganhava R$150 e ela ganhava aproximadamente 10 vezes mais do que isso) se vira para mim e pergunta: “Fora ESSE teu estágio aqui, você não trabalhou mais em assessoria? Ou seja, você SÓ fez o estágio?”. Fui sincero, e me limitei a responder: “não”, sem acrescentar mais nada, pois o meu currículo falava por mim mesmo. Bom, a expressão dela, olhando para os demais integrantes da banca, acompanhado de um quase inaudível “humpf” me causou certa surpresa, pois sabia que os demais candidatos também não tinham grande experiência em assessoria de imprensa ou marketing. Além disso, pensando agora, acho que deveria ter olhado bem nos olhos dela e respondido: "Como assim 'só'??? Tu tá chapada, mulher??? Eu trabalhava tanto quanto tu, naquele período, e recebia 10 vezes menos!!!!!!" Ou seja, eis mais um fato para ser considerado nessa história toda: além de desconsiderarem minha formação na própria Unijuí, além de desconsiderarem os quase 10 anos de experiência que tenho na área e além de desconsiderarem o meu diploma de mestre pela PUCRS, eles ainda desconsideraram o meu estágio dentro da própria universidade. Queria questionar o nobre leitor: quem de vocês não se indignaria se estivesse no meu lugar?
Já sobre as dicas de processo, recurso judicial, etc, não sei se tenho estômago para isso. Essa é, infelizmente, uma prática comum na Unijuí. Já ouvi, desde que postei os últimos textos, uns dez casos semelhantes ao meu. De repente poderíamos nos unir e entrar com um processo conjunto... Apesar que, sei qual vai ser a alegação deles: o perfil “mais adequado” para a vaga foi o principal critério de seleção. Aí, voltemos a pergunta inicial: então pra que fazer prova, pedir currículo comprovado, etc??????
A Unijuí responde.... Ou não.

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