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sexta-feira, 27 de maio de 2011

O Don Juan e o Zé Mané futebolísticos

As mulheres sabem que há dois tipos de homens. Na verdade, desses dois tipos há uma variedade de subtipos, mas, de forma geral, existem duas categorias principais: aqueles que sabem e aqueles que não sabem abordá-las, seduzi-las e conquistá-las. Os que sabem, não dependem de frases feitas, de cantadas prontas, nem de um currículo considerável ou de muito dinheiro em caixa, como a maioria pensa. Os que entendem do negócio se viram no improviso, são criativos, sabem que no encontro a mulher é a estrela da história toda, é atencioso, educado, sem deixar de ser romântico e sedutor. Ao mesmo tempo, não é um babaca que não sabe o que quer e que para cada pergunta responde: “não sei, vamos fazer o que você quiser”. O que manja do assunto decide rápido, mas não desconsidera a vontade da mulher. Em resumo, é habilidoso e eficiente. Já os que não sabem do assunto, acham que porque tem um carro todas as mulheres tem que correr atrás dele, pensam que com uma cantada pronta vão enfeitiça-las como uma bruxa que enfeitiça uma princesa de contos de fadas, acredita que é o máximo e que ele mesmo é o centro das atenções em um encontro. Além disso, acha que não precisa ser educado, crê que ela deve se apaixonar por ele pelo que ele é e, por isso, pensa que pode cutucar o nariz no meio do jantar, que não precisa abrir a porta do carro para ela entrar e que a conta pode ser paga por ela, afinal, ela ganha mais. Enfim, é um idiota que depende mais da sorte para que uma de suas únicas jogadas dê certo para conquistar alguém.
E a lógica é a mesma no futebol. Times que dependem de um ou dois jogadores estão à mercê da sorte. Times que tem uma ou duas estrelas, mas que têm várias alternativas de jogadas estão a um passo do sucesso. E essa tem sido a diferença entre Grêmio e Internacional nos últimos 10 anos. Inclusive, o último bom time que o Grêmio conseguiu montar, em 2001, que ganhou a Copa do Brasil, é o exemplo prático disso. Aquele time tinha vários jogadores que resolviam, e algumas estrelas: Zinho, Marcelinho Paraíba, Luiz Mário, Marinho, Rubens Cardoso, etc. Depois disso, o tricolor nunca mais conseguiu montar um bom elenco, com algumas estrelas e outras boas jogadas alternativas. Ao contrário do Inter.
Hoje, mesmo sem comer a bola, se um D’Alessandro da vida não está jogando bem, o Damião resolve. Se o Damião não está bem, o Tinga resolve. Se o Tinga não está bem, o Andrezinho resolve. Se o Andrezinho não está legal, entra um Zé Roberto da vida e resolve. Enfim, o Inter tem inúmeras possibilidades de jogadas. Assim como o Grêmio, no passado, tinha com Paulo Nunes, Arce, Jardel, Goiano, Roger, Carlos Miguel, Arilson, etc. E assim também foram formados todos os outros times vencedores da história do futebol mundial. Por outro lado, não lembro, no momento, de nenhum time que conquistou títulos significativos dependendo de apenas um ou dois jogadores.
E tem sido assim a vida futebolística no Rio Grande nos últimos 10 anos: o Grêmio tem sido um cara sem noção que não consegue nem um “oi” das beldades, enquanto o Inter tem se comportado como um Don Juan, um professor galanteador garanhão.
Um bom final de semana a todos.

*Texto publicado no Jornal das Missões de amanhã. PS: sou mágico, por isso o texto de hoje é publicado no jornal de amanhã...

4 Comentários:

  • Porra alemao! Mudou de time mesmo hein?

    Por Blogger Zaratustra, às 27 de maio de 2011 às 11:53  

  • nao li a parte de futebol hauhauhau mas afirmo que homens decididos estão em extinção...

    Por Blogger Carolina, às 27 de maio de 2011 às 14:45  

  • concordo "ipsis litteris" com o que disseste...realmente o INTER, É O INTER...rsrsrs...ah, novo texto de Athena....to precisando de audiência para massagear meu ego...hehehehe. bjs

    Por Blogger Lorení , às 27 de maio de 2011 às 15:52  

  • Nos intervalos em que não estou casado tenho tentado ser este cara criativo que conquista a mulher sem ser belo, endinheirado, ou com carrão do ano. Descontando alguns tropeços, até que tenho me saido razoavelmente bem!
    Ah! Dá gosto ver um gremista reconhecer que o Inter está trilhando o caminho certo! Hehehe!
    Mas nós colorados não estamos contentes com o desempenho da equipe, ela está sendo a equipe do quase... quase bicampeão da américa, quase bicampeão mundial... tem que melhorar!
    Porra alemão!

    Por Blogger Marcos, às 28 de maio de 2011 às 16:59  

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