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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Bilionários por acaso

Na tentativa de me tornar um bilionário, peguei emprestado com o meu irmão o livro “Bilionários por acaso – a criação do Facebook – Uma história de sexo, dinheiro, genialidade e traição”, de Ben Mezrich. Ele conta a história de dois nerds de Harvard, que criaram o Facebook: Mark Zuckerberg (o verdadeiro criador, gênio da informática e dono do empreendimento) e o brasileiro Eduardo Zaverin (que investiu seu capital e bancou o negócio todo logo quando Mark inventou o facebook num quarto universitário com o objetivo de se dar bem com as minas do campus). Terminei de ler o livro meia horinha atrás. Resumidamente, é um bom livro. Indico a todos. São histórias curiosas, porém, o triste é que você descobre que o cara ficou bilionário porque é um gênio da informática. Ou seja, está longe de ser um manual de “como ficar rico”.
Aponto como ponto baixo do livro algumas descrições excessivamente longas e romanceadas, principalmente no início. Parece que Ben Mazrich queria mostrar sua capacidade estética literária, mas, se você superar as primeiras descrições exageradas do autor, depois o livro fica ótimo e, na medida em que ele acerta a dose, a narrativa passa a te prender a atenção 100% e, então, você passa a querer pular logo para a página seguinte para saber o que aconteceu. Como o autor e todo mundo que conheceu Mark afirma: ele é uma incógnita. Até assisti algumas entrevistas dele na internet, enquanto lia o livro, só que continuei com a mesma impressão de antes: trata-se de um ser indecifrável. Fiquei mais confuso ainda. Não é a toa que ele virou bilionário...
Enquanto escrevia aqui, meu irmão abriu a porta e disse “viu pelo livro como as mulheres não prestam?”. De fato, a informação procede, pois, quando Mark e Eduardo eram dois nerds que passavam os dias em cima de livros e do computador, estudando e invejando os playboys que pegavam as mais lindas universitárias de Harvard, eles não recebiam nem um olhar misericordioso das beldades. Porém, assim que eles começaram a fazer sucesso com o thefacebook (que depois virou só facebook) as minas, não só olhavam, como iam falar com eles, se insinuavam, se esfregavam, enfim, quanto mais gostosas mais elas se atiravam e mais eles comiam elas! Psicologia feminina... Apesar de que, até entendo elas. Mas outra hora falo mais disso. Por hora, fica a dica desse livro para os preguiçosos leitorinhos.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

CENSURADO

Absurdamente censurado

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Presentão

Aos 48 minutos do segundo tempo da minha dissertação, ganhei da minha ermã um presentão que está sendo super-útil para os retoques finais de minha pesquisa: o Caderno de Literatura Brasileira do Instituto Moreira Salles n°16, sobre o Erico Verissimo. Na verdade, quem me falou desse exemplar por e-mail foi a filha de Erico, Clarissa Verissimo, que mora nos Estados Unidos. Pedi para ela escrever um texto sobre o seu pai, e ela me indicou esse caderno, que é uma bíblia para quem pesquisa a vida e obra do autor. Reúne textos de especialistas sobre Erico Verissimo, amigos, parentes (inclusive da própria Clarissa), entrevistas concedidas pelo escritor, fotos espetaculares, cartas e outros materiais que estão no Acervo do escritor, que se mudou há pouco tempo de Porto Alegre para o Rio de Janeiro. Tive o privilégio de ter acesso a esse acervo na Jornada de Literatura de Passo Fundo de 2005, ano do centenário do escritor. Para a minha sorte, estava fazendo a monografia de graduação na época, e fiz diversas anotações que permanecem guardadas em algum lugar do meu quarto.
Enfim, o Caderno (que, apesar desse nome, poderia tranquilamente ser chamado de livro) chegou hoje de manhã, e agora, às 15h01 estou na página 27. Mesmo tendo lido pouco, já estou ansioso para devorar todas as palavras que estão reunidas nas mais de 150 páginas restantes do caderno. No momento, acabei de ler uma carta de Erico Verissimo para a sua amiga, a escritora Lygia Fagundes Telles. Ao ler tal texto, fiquei imaginando o Erico escrevendo algo semelhante em um blog dos dias de hoje. Vejam só:

“Querida Lygia: Alguém mandou ao meu filho um patinho recém-nascido. As crianças interessaram-se por ele nos primeiros dias, mas depois o esqueceram e o bichinho anda por aí tão órfão que todas as tardes se refugia no meu escritório e se aninha entre os meus desert boots – e eu tenho de bater máquina com a atenção dividida entre o que escrevo e aquela coisa penugenta e solitária, cuidando para não machucar o patinho, que nem nome tem” – após escrever sobre o livro de Lygia e se despedir, ele coloca uma observação: “Bom, o patinho amarelo vai entrando em cena. Vou preparar o ninho dele. Até qualquer hora. Um abração do Erico”.

Tu vês. E eu vou voltar ao Caderno! Hasta la vista!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

O calhorda

Lendo o livro “Filho do Hamas”, do palestino, ex-islâmico e agora cristão, Mosab Hassan Yousef, descobri que o ex-líder da Autoridade Nacional Palestina (ANP), o defunto Yasser Arafat, não foi um herói, tampouco um mártir, mas sim, um calhorda de marca maior. Ou um Jaguará, como diriam aqui no Rio Grande do Sul. Confesso que fiquei triste ao saber disso, pois, no Fórum Social Mundial de 2004, em Porto Alegre, lembro de ter participado de uma passeata pela libertação do povo palestino, tomando latinha de cerveja, gritando “Free, Free Palestine!”, com uma bandeirinha de plástico da Palestina. Lembro que havia pôsteres do Yasser Arafat, que era uma espécie de herói, e xingamentos contra Ariel Sharon e Geroge Bush. Tudo bem, estes últimos até mereciam ser xingados, mas a exaltação a Yasser Arafat, como vim a descobrir, era, no mínimo, questionável.
Resumindo, Mosab Hassan Yousef era filho de um dos xeiques-fundadores do Hamas, que surgiu com objetivos mais saudáveis do que explodir carros e homens bombas em meio aos civis israelenses. Yousef conta toda a história do grupo terrorista e, por ser filho de um xeique, ele participava das reuniões da Autoridade Nacional Palestina com os grupos terroristas, etc. Enfim, é muita coisa para escrever aqui, portanto, para saber mais, leia o livro. Entretanto, em um dos pontos, ele passa o caráter real de Yasser Arafat. Para ele, o líder da ANP fazia um jogo de cena para o público e para a imprensa internacional, enquanto ferrava com o seu povo. Por exemplo: dizia para a imprensa internacional e para os líderes das potenciais mundiais que reprimia o terrorismo, enquanto ele mesmo financiava e cedia seus próprios homens para promover atos terroristas.
Vejam só o seguinte trecho:

A Conferência de Cúpula de Camp David entre Yasser Arafat, o presidente americano Bill Clinton e o primeiro-ministro israelense Ehud Barak terminou em 25 de julho de 2000. Barak ofereceu a Arafat cerca de 90% da Cisjordânia, toda a Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental como capital de um novo Estado palestino. Além disso, um novo fundo internacional seria criado para indenizar os palestinos pelas propriedade que haviam perdido [no passado]. Aquela oferta de “terra em troca de paz” representava uma oportunidade histórica para o sofrido povo palestino, algo que poucos teriam ousado imaginar que fosse possível. Mesmo assim, não era o suficiente para Arafat.
O líder da ANP se tornara extraordinariamente rico como símbolo internacional do sofrimento. Ele não estava disposto a abrir mão daquele status e assumir a responsabilidade de construir uma sociedade que funcionasse. Então, insistiu para que todos os refugiados voltassem para as terras que possuíam antes de 1967, uma condição que ele tinha certeza que Israel não aceitaria.
A rejeição da oferta de Barak por parte de Arafat foi uma catástrofe histórica para seu povo, mas o chefe da Autoridade Nacional Palestina voltou para o seio de seus correligionários linha-dura como um herói que desdenhara o presidente dos Estados Unidos, algéum que não havia recuado e feito concessões, um líder que enfrentava o mundo inteira de maneira obstinada. [...] Naquela época, eu acompanhava meu pai nas viagens e nas reuniões com Arafat e comeei a ver com meus próprios olhos como aquele homem amava a atenção da mídia. Ele parecia adorar ser retratado como uma espécie de Che Guevara palestino, um indivíduo à altura de reis, presidentes e primeiros-ministros, e deixou claro que desejava entrar para a história como um herói.
Ao observá-lo, eu costumava pensar: “Que ele seja lembrado em nossos livros de história não como um herói, mas como um traidor que vendeu o próprio povo e se aproveitou dele. Como um Robin Hood às avessas, ele saqueou os pobres para se tornar rico. Esse péssimo ator comprou seu lugar na ribalta com sangue palestino (p.146-147).


E assim, segue o baile. Tu vês. Curiosamente, na Rodoviária de Porto Alegre, vi uma matéria falando que o Pelé parou a guerra, conseguindo reunir Arafat com o líder israelense da época, que não lembro quem era. Pensei: “puro jogo de cena. Pelé parou a guerra porra nenhuma, o Arafat que quis aparecer para a mídia internacional nas custas do cara”. O problema é que, primeiro, a mídia, e depois, o público, engolem toda a patavina enlatada. Depois de uma encenação, Pelé é imortalizado pelo exército (!?) e, bestialmente, declara “fico triste em ver que depois que fui embora a guerra continuou”. Caraca. Como disse o Romário, certa vez, Pelé sem falar é um poeta. Mas o mais triste de tudo é pensar que por conta de um louco que queria ser santo para o seu povo e líder político histórico para o resto do mundo, foram exterminados milhares, quiçá, milhões de vidas no Oriente. Mais uma vez: é fogo, meu povo! Fica a dica de leitura desse excelente livro.

Uma história bukowskiana de minha autoria

Acordei de ressaca e com o caralho duro. Levantei, fui até a geladeira e abri a única latinha de cerveja que havia sobrado da noite anterior. Enquanto tomava, procurei minha mulher. Olhei na sala, no banheiro, no pátio e nada. Não estava em lugar nenhum. Onde elas vão quando mais precisamos delas? Meu caralho continuava duro. Derramei um pouco de cerveja gelada nele para ver se amolecia. Não adiantou. Pensei em bater uma punheta no banheiro, mas era muito cedo: dez e meia da manhã. Fazia tempo que não acordava tão cedo. Minha sogra passou pela porta, que estava aberta, e fiz um aceno, levantando a latinha de cerveja como se fizesse um brinde. Sorrindo, disse:
- Olá sogra!
Ela não respondeu. O caralho continuava duro e eu estava só de cuecas. Pensei em comer minha sogra e meu caralho foi amolecendo aos poucos. Até que enfim encontrei uma utilidade pra ela. Sem nada de melhor pra fazer, voltei a dormir. Estava sonhando que fodia com duas extraterrestres gostosas, quando de repente ouvi a porta do quarto bater forte: PUM!
- Hora de levantar, vagabundo!
- Porra, mulher! Que merda é essa?
- Já é uma da tarde! Vamos, levanta vagabundo!
Levantei. Dessa vez meu caralho não estava duro.
- Que merda – murmurei.
Tomei um banho quente e meu caralho voltou a ficar duro. Que cosa. Acho que estou perdendo o controle sobre ele. Chamei a mulher.
- Eiiiii, mulher! Venha ver isso!
Ela foi.
- O que há?
- Olha só! – disse, apontando orgulhosamente para meu caralho duro.
- Se vira, meu filho! Que aqui tu não vai conseguir nada agora não.
Comecei a balançar o caralho na sua frente, mas não adiantou. Deu as costas e saiu do banheiro. O negócio foi bater uma punheta no banheiro mesmo.
- AHHHHHHHHHH!
Sai do banho e ela estava varrendo o chão.
- A mãe pediu para você não andar mais de cuecas pela casa com a porta e as janelas abertas.
- Aham.
- Ela disse que empregada viu você de cuecas.
- Aham.
- E ela disse que deu para ver seu pau duro.
- Aham.
- E ela pediu para você não fazer mais isso.
- Porra! Por que não? Eu gosto do meu caralho e gosto da empregada.
Sai só de cuecas de casa e fui até a casa da minha sogra. Fui até a sua estante e peguei uma garrafa de vinho. Voltei, abri o vinho e tomei longos goles no gargalo.
- Assim não dá, Bartolomeu! Você só quer saber de beber e dormir!
- E o que tem isso?
- Porra!
- Porra!
Aproximei-me dela e beijei-a. Ela me de um tapa na cara. Estava cada vez mais difícil foder aquela mulher. Atirei-me na cama:
- Vem cá, bybe, vamos foder.
- Vá se foder, Mané!
Eu tinha tudo e ao mesmo tempo não tinha nada. Tinha cerveja gelada, cama e boa comida, mas não tinha amigos e foda. Viver sem amigos ainda dá, mas sem foda é foda. Era uma vida de merda.
Abri um livro do Bukowski, li 16 páginas e dormi novamente. Enquanto dormia, gozei de novo.

FIM

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O sorveteiro tricolor

Após o árbitro marcar o pênalti a favor do Grêmio, no sábado, o clima esquentou e passei a procurar o sorveteiro das cadeiras do estádio Olímpico. Ele passara pela minha frente diversas vezes oferecendo seus picolés e sorvetes, entretanto, nem dei bola. Por ironia do destino, justamente enquanto o estádio inteiro xingava o comentarista da Rádio Gaúcha, Leonardo Garciba, que quando era árbitro acumulou atuações desastrosas pelos campos do Rio Grande, e agora falava no microfone que não havia sido pênalti, eu precisava do sorveteiro. Ou melhor, precisava de sorvete. Havia uma criança a umas três cadeiras ao lado da minha comendo sorvete e, enquanto olhava toda aquela algazarra azul, ela lambia furiosamente aquele doce gelado. Comecei a salivar vendo o sorvete da cria. Decidi que queria um sorvete.
Enquanto todos gritavam, procurei com os olhos o sorveteiro, que vinha em minha direção. Entretanto, quando abri a boca e me prepararei para pedir um sorvete, o sorveteiro parou a poucos metros de mim. Olhei para o campo e Douglas ajeitava a bola para bater a penalidade. Olhei novamente para o sorveteiro, angustiado. Não queria perder a cobrança de Douglas nem o sorveteiro, que tinha os olhos fixo no campo. Quando Douglas correu para a bola e marcou o gol, o estádio parecia que iria abaixo. No meio da festança, olhei para o lado e o sorveteiro estava enlouquecido, abraçando a todos. A torcida, então, começou a cantar “Meu único amor”, e o sorveteiro tirou o boné e começou a girar, cantando “Eu sou borracho sim senhor... e bebo todas que vier... eu sou do meu tricolor... meu único amor!”. O sorveteiro esqueceu o mundo. Esqueceu o seu negócio, esqueceu os torcedores-clientes e esqueceu até os seus sorvetes. Era como se estivesse entorpecido pelo time e pelo grito ensurdecedor que os 30 mil gremistas faziam das arquibancadas do Olímpico, deixando boquiabertos as centenas de torcedores do Atlético-PR, que até tentaram fazer algum barulho antes do jogo, quando a maioria dos torcedores ainda bebiam nos arredores do estádio Olímpico. Depois daquele gol, ninguém mais segurou o Grêmio e sua torcida, que foi ao delírio ao ver Diego Constantino marcar um golaço, decretando a vitória de 3 a 1 do tricolor.
É, meus amigos, depois do jogo de sábado os gremistas já passam a torcer por LDU ou Independiente na final contra o Palmeiras, pela Sul-Americana. De minha parte, não acredito que Guarani ou Botafogo atrapalhem os planos do time de Renato. O Grêmio é capaz de vencer o bugre em Campinas, enquanto o time de Joel Santana não é páreo para enfrentar o combustível que vem das arquibancadas do Olímpico direto para as chuteiras dos jogadores. Principalmente quando lá está o sorveteiro gremista, o mais fanático sorveteiro dos estádios brasileiros! (vide no youtube: sorveteiro gremista).
Sul-Americana - Assisti ao primeiro jogo da semifinal entre os equatorianos e os argentinos na noite de quinta-feira e achei muito fraca a defesa da LDU. Mesmo jogando na altitude do Equador, após saírem levando 3 a 0, os argentinos reagiram e ficaram satisfeitos com os 3 a 2, pois, se forçassem, poderiam ter saído de Quito com um empate. Acho que contra a LDU o Palmeiras, de Felipão terá como construir uma vitória elástica se o primeiro jogo da final for em São Paulo, e administrar na volta. Já se o primeiro jogo for no Equador, o Palmeiras também tem condições de arrancar um empate, quiçá uma vitória, e depois é só fazer a festa no Palestra. Porém, se for contra o Independiente, tudo passa a ser imprevisível, pois é possível de se ganhar na Argentina, bem como os argentinos também gostam de surpreender quando jogam no Brasil. Portanto, desde já: força Independiente!

*Texto que será publicado no Jornal das Missões desta terça-feria.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Subindo pelas paredes

Ciro não deu nem recebeu boa noite ao deitar ao lado de Amanda. Em questão de minutos, os dois adormeciam. Lá pelo meio da noite, Ciro era um participante de A Fazenda e, misteriosamente, a Mulher Melancia o convidava para ir a um lugar distante dos demais participantes do programa. Sem entender ao certo o que ela queria, Ciro a seguiu. Ao entrarem na despensa da casa, ela disse:

- Não agüento mais, Ciro. Preciso fazer sexo, muito sexo! Me ajuda, por favor!
Ciro gostou de ouvir aquilo, mas não falou nada. Apenas ficou olhando aquela cara que sustentava o mais maroto dos sorrisos. De repente, a Mulher Melancia simplesmente atacou Ciro. Ela grudou sua boca na dele e começou a passar a mão carinhosamente em seu membro, que logo ficou ereto. Em seguida, ela tirou a carne dura para fora das calças de Ciro, e seguiu fazendo o movimento de vai e vem com as mãos. Ele achou que não iria agüentar muito tempo, de tanto tesão que sentia. Então, ela começou a beijá-lo pelo pescoço, descendo pelo peito, até chegar na cintura, sempre massageando o membro ereto de Ciro. Aos poucos ela baixou sua cueca e as bolas de Ciro também saltaram diante dos olhos de Melancia, que começou a beijá-las... Com a perícia de quem entende do negócio, ela começou a trabalhar com a boca em Ciro, que achava que ia desfalecer. Depois de um bom tempo, quando estava quase lá, Melancia levantou-se suavemente, passando a língua por todo o corpo de Ciro, até voltar para a boca. Então ela simplesmente se virou de costas, e sem Ciro precisar fazer qualquer movimento, ela colocou o membro de Ciro em sua preciosidade, que estava completamente molhada, e, então, Ciro começou a cavalgar nas carnes rijas, duras e fartas da Melancia. Ciro era um homem em êxtase. Ciro atingia o ápice do prazer, vendo suas coxas baterem no panderão da mulher Melancia, que gemia e pedia mais....

Do outro lado da cama, Amanda se encontrava com Viola, também em A Fazenda. Ela estava usando uma mini-saia minúscula, branca, e vestia uma calcinha igualmente mínima. Usava uma blusa sumária, que mostrava suas costas que convidavam ao toque e sua barriga com um piercing no umbigo, que atraía a atenção de quem estivesse por perto. Ao perceber Viola se aproximar, ela começou a passar um pano pelo chão, com o objetivo de provocar o ex-jogador. Então, Viola se aproximou, e agarrou-a pela cintura. Ela murmurou um provocativo: “o quê você pensa que está fazendo?”, e ele respondeu “vou te comer todinha”. Amanda ainda quis se fazer de difícil, miando um “naum vai naum”, mas, quando Viola colocou seus dedos dentro da calcinha mínima de Amanda viu que ela já estava completamente molhada. Então, ele simplesmente colocou seu membro ereto para fora, puxou um pouco mais a calcinha de Amanda para o lado, e a penetrou enquanto ela gemia e murmurava “que delícia... isso, vai...”. Viola, então, puxou o seu cabelo moreno para o lado, com a habilidade de um centroavante, e começou a beijar o seu pescocinho, fazendo com a língua movimentos circulares que a deixavam completamente arrepiada, com as pernas bambas e fora de si. Viola sabia o que fazia, e Amanda sentia e gostava disso. Aos poucos, ele estava beijando sua nuca, passando as mãos por suas nádegas, enquanto a penetrava com virilidade e confiança. Ela também estava em êxtase, atingindo o ápice do prazer quando de repente...

Um raio caiu próximo ao quarto de Ciro e Amanda que acordaram extasiados. Amanda estava completamente molhada na cama, enquanto Ciro tinha o membro duro como uma roxa, com a cabeça saindo para fora da cueca boxe que usava. E foi assim que, após 7 anos de casados e mais de um mês sem sexo, Amanda e Ciro voltaram a se amar, fazendo com que toda a vizinhança acordasse com os gritos e gemidos dos dois que, ainda como se estivessem em seus sonhos, gritavam inapelavalmente: “Vaiiii Viola....”... “Mexe esse rabo, Melancia! Ahhhhh!”.

Fim

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A injeção do gordo

Ao entrar na farmácia, dei de cara com um gordo.
- Pois não?
- Queria esses medicamentos... – murmurei, entregando a receita médica.
O gordo deu as costas para mim e se dirigiu até as prateleiras dos remédios. Comecei a suar frio, pois sabia que geralmente essas injeções para tosse alérgica e gripe são na bunda. Fiquei imaginando o que poderia estar se passando pela cabeça do gordo enquanto ele pegava os remédios indicados pelo médico. Tentei adivinhar observando a sua expressão facial, entretanto, ele estava indiferente, lendo atentamente o nome dos remédios. Quando veio em minha direção, cuidei para ver se ele me olharia no olho, com medo de que ele pudesse dar uma piscadinha, lamber os beiços ou algo assim. Entretanto, enquanto eu já fazia mentalmente minhas preces, ele disse:
- Pode ir passando naquela salinha – apontando para uma sala minúscula.
Passei a suar mais. Acho que sequer cabia eu e o gordo naquela sala. Comecei a estralar os dedos, balançar as pernas, olhar para os lados... Meu sovaco, a essas alturas, já estava encharcado. O que seria de mim após sair daquela sala onde um gordo enfiaria uma agulha no meu rabo? O mundo estava desabando diante de meus olhos quando, de repente, entrou uma guria.... bom... como direi?... uma guria que era... A GURIA! Caramboles. Ela entrou sorrindo e me cumprimentou. Eu sorri aliviado, certo de que havia escapado do gordo, já fazendo preces de agradecimento, quando ela perguntou:
- Vai querer no braço ou no glúteo?
Bah! Que cosa. Após escapar do gordo, estava ali, diante daquela criaturinha meiga que me perguntava toda sorridente se eu queria a injeção no braço ou no glúteo... Vejam vocês. Quase pedi para que ela falasse de novo “glúteo”. Se fosse o gordo, decerto perguntaria: “Vai querer levar no braço ou no rabo?”. Após ficar algum tempo olhando para o além com cara de bobo, fiz um “hummmm” e respondi:
- Não sei, qual é melhor?
- No glúteo.
Macacos me mordam, já diria o marinheiro Popeye. Bom, então que seja no glúteo. Baixei a bermuda até uma altura em que ela pudesse visualizar meu glúteo descoberto e, então, ela tocou aquela mãozinha delicada na minha pele bundica, olhando para meu glúteo com um meio-sorriso no rosto, e, como se estivesse tomando um Milk Shake, pinicou a agulha. Caraca, estava tão entorpecido que nem senti nada. Ao sair da farmácia, quase disse: “qualquer hora volto para você pinicar meu glúteo de novo”, mas achei que seria inoportuno.
Depois, indo para casa, fiquei imaginando como seria se eu fosse solteiro e encontrasse a farmacêutica em uma balada.
- E aiãm?
- Er... oi.
- Tudo bem, lembra de mim?
- Hmmmm. Não...
- E do meu glúteo?
- Ah, sim! Como iria esquecer! Quer que eu te pague uma cerveja?
Caraca. Acho que estou sentido os efeitos colaterais dos remédios. Melhor eu pegar uma cerveja na geladeira para ver se aumenta o barato... Hasta la vista!

domingo, 14 de novembro de 2010

Jornalismo preguiçoso

Após o jornalismo impresso ganhar os seus irmãos rádio e TV, ganhou importância a questão da luta contra o tempo, da tentativa de se dar o “furo” no concorrente. Com a internet, então, nem se fala. As notícias são postadas praticamente instantaneamente, e é permitido que se fique cobrindo em um portal 24 horas o mesmo assunto (coisa impossível em emissoras de rádio e TV abertas). Tudo isso é lugar-comum, entretanto, essa corrida contra o tempo é muitas vezes usada como desculpa para a preguiça.
Um exemplo disso ocorreu no final de outubro, quando foi publicada no site do UOL a seguinte notícia: “Currículo gigante atrai a atenção em Campinas - Trata-se do perfil do administrador de empresas Raphael Oliveira Misui, do Rio, que busca emprego em Campinas”, com a seguinte foto de Carlos Sousa Ramos/AAN:

A matéria completa está disponível no portal. Entretanto, lendo o pequeno texto da matéria, podemos deduzir que: 1°) o jornalista escreveu o texto com base apenas nas informações do currículo gigante e/ou 2°) ele usou as informações do currículo gigante e entrevistou a moradora que deixou ele tirar a foto da janela de seu apartamento (que aparece em outra foto, não postada aqui). O fato é que, para desvendar o mistério, bastava o jornalista ligar para o número informado no currículo ou, ainda, buscar alguma informação no prédio em que o currículo estava pintado. No entanto, contaminado pelo jornalismo preguiçoso, ele foi pelo caminho mais fácil e que dava menos trabalho. O resultado foi a “barrigada” do jornalista (para os não-jornalistas, barriga é uma gíria da profissão, que quer dizer algo como “furada”, “bola fora”, etc) que teve que corrigir a informação no início de novembro: “Currículo gigante é peça publicitária de faculdade - O currículo gigante instalado na fachada do Edifício Dona Othilia, em Campinas, era mesmo ação publicitária”. O texto completo também está no portal.
Para ser contratado por um grande portal, como UOL, Terra, MSN, entre outros, os jornalistas passam por rigorosas seleções, do mesmo modelo da feita pelo Grupo RBS, já mencionada em outro post, com a realização de várias etapas de provas, entrevistas, etc. Confesso que nunca fiz uma seleção para portal, mas já ouvi relatos, e, como sempre, a glorificação da prática, não só prevalece, mas anula a questão da teoria. Querem alguém que saiba tudo na PRÁTICA e NADA na teoria. Ou seja, não caem questões sobre teoria do jornalismo, práticas jornalísticas, jornalismo online, etc. O resultado é isso: jornalistas que não sabem praticamente nada sobre técnicas de jornalismo e produção jornalística. Entretanto, em uma opinião nada científica, acredito que existem falhas em vários campos: na seleção elaborada pelas empresas e também nas universidades, que formam jornalistas inaptos para exercer suas funções como deveriam. Só não posso afirmar que isso acontece na maioria ou na minoria dos casos, porque não disponho de dados científicos desse assunto, porém, que eles acontecem, ah, acontecem.
E o reflexo disso já foi apontado por muitos, entre eles, o Caco Barcellos, que em seu livro Rota 66, constatava já na década de 1970 que havia muitas coisas por trás do jornalismo superficial e preguiçoso: “Confundir os papéis da imprensa e do poder não é exclusividade dos parentes das vítimas da PM. Essa confusão também é incorporada pelos policiais, habituados a lidar com jornalistas que limitam seu trabalho a reproduzir a versão oficial como verdade absoluta. Constatei essa realidade já nas primeiras vezes em que saí às ruas de Porto Alegre a apurar histórias de violência policial para o jornal Folha da Manhã. Por cincidência, era um caso que envolvia policiais militares” (p.38-39). A vontade que tenho é de citar aqui o livro inteiro do Caco, que é uma aula prática, com reflexões teóricas, de sociologia e jornalismo. Mas, como isso não é possível, fica a dica desse excelente livro, que combate, não só a polícia corrupta e assassina, mas também o jornalismo preguiçoso.

sábado, 13 de novembro de 2010

O beijo da gorda

Quando era pequeno, detestava beijo. Estava eu lá pelo pátio de casa, no alto de meus seis ou sete anos, pensando em questões importantes da vida, decidindo se atiraria uma pedra num passarinho (eu nunca acertava), ou se apertava a campainha da vizinha para sair correndo, ou ainda se incomodaria meu irmão ou minha irmã, quando, de repente, do nada, aparecia alguma tia de outra cidade ou alguma senhora gorda qualquer, apertava as minhas bochechas e lascava um beijo na bochecha de fazer SMAC! Rapidamente, eu passava as mãos no rosto para me limpar do beijo. Minha mãe volta e meia me repreendia por essa atitude, mas era automática. Vez ou outra acho que até resmunguei um “que nojo!”. Enfim, tinha aversão a beijo. Entretanto, como o mundo da voltas, veio a adolescência e conheci outros tipos de beijos. Depois que descobri como era bom beijar, passei a correr atrás de beijos. Óbvio que não o das senhoras gordas (nada contra elas), mas das beldades que faziam a gurizada soltar suspiros.
Outra coisa que não via com muita simpatia era pegar bebês no colo. Primeiro, porque eles nunca paravam quietos. Eu pegava e automaticamente eles começavam a espernear, a chorar, enfim, não se sentiam bem nos meus desajeitados braços. E eu, muito menos. No entanto, como a vida é altamente mutável, na última segunda-feira veio ao mundo minha filha Larissa, que nasceu no Hospital Santo Ângelo, e desde então não quero fazer outra coisa a não ser segurá-la em meus braços. Fico ali vários minutos, quiçá horas, olhando seu rostinho pequenino, seus olhinhos fechados, com ar sereno, e essa imagem é a melhor imagem que eu posso querer ver no mundo.
Digamos que hoje eu não consigo imaginar a minha vida sem beijar e sem pegar minha filha no colo. E acho que é assim que os colorados ficaram depois de 2006. Após experimentar o gostinho de títulos internacionais, os torcedores do Inter só querem mais e mais e mais. Antes de 2006 eles até almejavam títulos como os da Libertadores e do Mundial, mas como nunca tinham conquistado, meio que sentiam nojo quando os gremistas vinham ao seu redor murmurar que eram campeões da América e do Mundo. Hoje, os colorados esnobam os gremistas, pois eles são os atuais donos da América e em breve devem ser, pela segunda vez, os conquistares do mundo. Já não conseguem mais imaginar as suas vidas sem estar disputando títulos internacionais. Já não se contentam com títulos regionais e nacionais. Estão como a minha bebê, que só quer a teta da mãe dela. E experimente tirá-la do bem bom enquanto está mamando para ver o que acontece...
É, amigos, o mundo da voltas. E é graças a isso que o Grêmio quer, mais do que tudo, aprender a vencer o Santos na Vila Belmiro, hoje, para, quem sabe, voltar a disputar títulos internacionais. Enquanto isso, os gremistas têm que se contentar com campeonatos menos significativos, da mesma forma que o moleque, que olha a garota bela passar diante dos seus olhos, tem que se contentar com os beijos das amigas gordinhas da mamãe.
Um bom final de semana a todos.

*Texto publicado no Jornal das Missões desse sábado.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Minha guria

Eu já vi o por do sol do Guaíba e do Arpoador. Já vi meu time ser campeão do estado, do Brasil e do Mundo. Já vi o Brasil conquistar duas Copas. Já quase morri ao ter certeza de que o avião em que estava cairia no meio da serra paranaense, perto do aeroporto de Curitiba. Já fiz gol no último segundo em torneios importantes do colégio. Já beijei lindas garotas e já tive os mais enlouquecedores orgasmos. Já comemorei das arquibancadas de um estádio de futebol o gol da vitória marcado no último minuto em um clássico Gre-Nal. Já tive os mais loucos e engraçados ataques de riso. Já chorei por dor física, por perder amigos e parentes na guerra das estradas, por dor de amor romântico e por descobrir que a guria da outra turma nem sabia que eu existia. Já caminhei a beira-mar ao amanhecer e ao entardecer. Já pulei carnaval em blocos de Santo Ângelo, Camboriú e Rio de Janeiro. Já me enterrei, bêbado e são, nas areias monalíticas do Espírito Santo. Já entrevistei pessoas na qual sou fã. Já tirei 0 no colégio e 100 na monografia da graduação. Já achei que tudo daria errado como já tive certeza de que tudo daria certo. Já fiz “uhhhhmmmm” comendo chocolate, churrasco e tomando cerveja e vinho. Já matei a fome com lasanha e a sede com água gelada. Já li Shakespeare, Dostoiévski, Nietzsche, Freud, Jack London, Truman Capote, Erico Verissimo, Machado de Assis, e uma porção de autores clássicos da literatura brasileira e mundial e já vi os mais emocionantes filmes de Hollyood e dos cinemas europeu, sul-americano, asiático e africano. Já mandei às favas o mundo todo, como já fui mandado para aquele lugar por meio mundo. Enfim, já vivi uma porção de emoções e sensações diferentes, porém, por mais que eu puxe lá do fundo do escaninho da memória as mais obscuras e claras experiências de minha vida, nenhuma é comparável com o que senti no dia 8 de novembro de 2010 quando, às 18h57, quando nasceu minha filha Larissa Aguiar Ritter.
Pela primeira vez na vida, quando a enfermeira abriu a porta para informar que minha filha tinha nascido com 3 quilos e 300 gramas, medindo 51 centímetros, eu chorei de alegria. Sempre quando via alguém chorando de alegria eu pensava: “é possível? Não será encenação? Ou será que eu é que sou frio, quiçá um monstro? Pow, eu nunca chorei de alegria...”. Mas, nesse dia 8 de novembro, descobri o que é chorar de alegria. Já tinha chorado de rir (que não é o mesmo que chorar de alegria), de dor e de tristeza, mas nunca, de alegria. Nesse momento você tem a confirmação absoluta de que Deus existe e que, por mais genial que possa ser um escritor ateu, nenhum consegue colocar em palavras 1% do que você sente quando se tem nos braços um anjo que está ali, pequenina, abrindo a boquinha e chorando enquanto você simplesmente ri de felicidade...
Bom, vou parando por aqui, por que nada mais que eu venha a escrever vai adiantar muita coisa, pois, apenas vivendo isso se torna compreensível o que é o amor dos pais para com seus filhos. Para encerrar a coluna dessa semana, apenas tenho que agradecer pelas congratulações enviadas por muitos e dizer: “bem-vinda ao mundo minha guria!”. Um bom final de semana a todos!

*Texto que será publicado em A Tribuna Regional
PS: Os maliciosos leitorinhos que pensaram maldosamente (e que não são todos) "que falta de criatividade, copiou o título do livro do 'Meu Guri', do David Coimbra", podem imprimir esse texto, enrolar e... bem, o resto, quem pensou isso já sabe o que fazer... Rará!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Nasceu!


Nasceu às 18h47 do dia 8 de novembro de 2010 Larissa Aguiar Ritter, com 51cm e 3 quilos 150 gramas. Em breve, escreverei mais deste que foi o dia mais feliz e emocionante da minha vida! Hasta la vista!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Ausência

Não chores por mim, nobre leitorinho e, especialmente, nobre e desejada leitorinha! Ficarei ausente por alguns dias, mas voltarei! Estou indo para Porto Alegre cumprir minhas obrigações acadêmicas e, talvez, assim que volte terei que cumprir minhas obrigações paternas, o que quer dizer que talvez eu fique um bom tempinho sem escrever aqui. Entretanto, como me conheço, e reconheço meu vício, possivelmente entrarei em crise de abstinência e acabe na biblioteca da PUCRS escrevendo ou desabafando alguma incoformidade da vida. Afinal, estou tão ansioso e nervoso para ver a cara da minha baby, Larissa, que a compulsão por escrever se torna simplesmente insaciável. Hoje conversei bastante com ela para esperar o papai voltar para deixar a barriga da mamãe. Acho que ela entendeu, porque deu dois chutinhos e uma pirueta.
Enfim, admirados leitores e amadas leitoras, eu não vos abandonarei, jamais! Avante Dom Quixote! Avanta Sancho Pança! Voltaremos!