quinta-feira, 29 de setembro de 2011
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Olha o palhaço!!

Tudo bem, não chego a ser ingênuo ao ponto de dizer que tudo o que está na revista ou na imprensa ou na mídia ou nas redes sociais é verdade. Mas, em alguns textos, há fatos públicos, que todos sabem, com o acréscimo de alguns comentários pertinentes que me fizeram ficar pensando: nossa, como somos palhaços.
Comecemos pelo absurdo do absurdo. Na página 52 da revista tem uma matéria com o título “Extravagância amazônica”, que aponta uma denúncia de que no Amapá, um dos estados mais pobres do país, cada deputado ganha R$100 mil por mês, além do salário, para gastar com seus mandatos. Para se ter uma idéia do absurdo da coisa, o segundo estado que mais gasta é Alagoas, do nosso querido Collor (aquele mesmo que passou a mão na sua poupança descaradamente) com R$39 mil. Já São Paulo, que é onde seria até mais justificável ter um gasto maior, o valor é de R$20 mil. A lista vai até Pernambuco, com R$11.500. O Rio Grande do Sul, por exemplo, nem aparece. Agora, por que diabos um deputado do Amapá precisa de R$100 mil para gastar no seu gabinete?? Não há justificativa para isso. E, na matéria, está estampada a cara deslavada do deputado Moisés Souza, que dobrou a verba, que já era absurda: R$50 mil. Pensem vocês no que vocês fariam com esse dinheiro por mês? Isso que nesse valor não está incluído o salário dos nobres deputados. Agora, pensem no que uma família miserável do Amapá, que conta com seis, sete, dez pessoas, faria com 1/10 desse dinheiro por mês? Pensem em quanto poderia ser elevado os salários dos professores, em quantas obras poderiam ser feitas com esse dinheiro todo em um ano? Ou melhor: não pensem mais. Não pensem senão vocês vão sentir vontade de pegar uma metralhadora e invadir a Assembléia Legislativa do Amapá, atirando em todos os seres engravatados que por lá se encontram.

Enquanto essa zona toda acontece o nosso querido povo tupiniquim enche um estádio com quase 100 mil pessoas para ver 22 caras sem caráter, como o Ronaldinho Gaúcho, correndo atrás de uma bola. E, enquanto esses 100 mil estão no estádio, meia dúzia de gato pingado está protestando todos os dias em Brasília por algum motivo (aliás, motivo é o que não falta). O dia em que 100 mil se mobilizarem para protestar em Brasília e “derrubarem reis”, como diz a letra do Geração Coca-Cola, o mundo termina. E isso nunca vai acontecer porque a geração Coca-Cola está muito ocupada tomando Coca-Cola, vendo novela, coçando o saco, etc.
Mas, como nem tudo está perdido no circo chamado Brasil, temos o futebol para nos desestressar. E, na onda de comprar revistas, comprei a revista da ESPM. Nela tive que rir ao ler o Messi dizendo, em entrevista, que não viu o Pelé jogar e que “não me faz falta”. Coitado. Quando ele pegar o documentário do Pelé Eterno para ver vai descobrir que não joga grande coisa, pois lá tem imagens do Pelé destruindo o Boca e os argentinos na Bombonera. Os gringos arrancam o calção do negão e nada de parar ele, que dribla o time todo e solta uma bomba pra dentro do gol. O que Messi faz é fichinha, comparado com que fez o Pelé.
Porém, o mais engraçado foi na matéria sobre as histórias das chuteiras imortais. É a legítima tragi-comédia dos palhaços brasileiros. O Tupãzinho, por exemplo, conta que ainda tem a chuteira do gol do primeiro título nacional corintiano (1 a 0 no São Paulo em 1990). Porém, como ele está sem grana, ele quer leiloá-la por lance mínimo de R$10 mil. Mas, como o que está pior sempre pode piorar, o ídolo corintiano perdeu a tal chuteira: “Preciso achar a chuteira. Jogador muda muito, vai de um lado para outro e não sei onde a chuteira foi parar. Mas vou achar”.
As bizarrices das chuteiras imortais não param por aí. O nosso Aílton, autor do gol do título nacional do Grêmio em 1996, num chutaço contra a Portuguesa, conta que, após usar várias vezes aquelas chuteiras, acabou dando um fim trágico a elas: “Cheguei a costurar o que estava rasgado, até um dia que não dei mais. Joguei no lixo, infelizmente”. Mas, antes dos colorados darem risada, eles devem ler a história da chuteira do Gabiru, a que ele usou na final do título mundial contra o Barcelona.

A história mais tosca, entretanto, é a da chuteira do Edmundo que ele usou nos históricos 4 a 1 aplicados pelo Vasco contra o Flamengo, na reta final do Brasileirão de 1997. Não vou nem explicar, só vou transcrever o que ele disse: “Eu e a Adriana, minha ex-mulher, que admiro muito, brigávamos bastante. Em uma dessas brigas, eu saí de casa, mas não levei nada porque achei que a gente ia voltar logo. Só que não deu certo. A separação foi definitiva e as chuteiras ficaram com os meus filhos”. Porra. Já o goleiro Galato, que defendeu o pênalti na batalha dos Aflitos contra o Náutico em 2005, conta que estava guardando as suas luvas daquela partida, até que as roubaram em uma pelada. “Me roubaram as luvas. Lavadinhas. Nunca mais vi”. Claro que a matéria também traz algumas histórias de chuteiras históricas bem guardadas, mas essas não têm graça. O que me interessa é o tragi-cômico da história dos palhaços tupiniquins.
Hasta!
Cartola Futebol Clube

A cena é cada dia mais comum. Você está vendo a um jogo do Grêmio ou do Inter em um bar, ou até mesmo no estádio, e o adversário faz um gol. Em meio a lamentações, alguém comenta por perto: “bom, pelo menos eu tenho esse cara no Cartola”. Pois é. Não importa a cidade ou estado, não importa a idade dos torcedores, jogar o Cartola Futebol Clube, um joguinho disponibilizado pela Sportv na internet, virou febre nacional. Não sei em que ano começou, mas eu estou na segunda temporada. Confesso que atualizo meu time toda a rodada, mas não faço as famosas pesquisas de mercado. Na competição nacional, estou na posição 299.133°. Um avanço, pois sempre ficava lá pela 500.000°. Já na liga que os meus alunos da UFPEL criaram, entrei na lanterna, mas já saltei para o 11° lugar, de um total de 20 e poucos. Cheguei a estar em 9°.
Nessa semana, conversei com dois amigos meus que são viciados. Um está na posição cento e alguma coisa na classificação nacional. Tem quase C$300,00 em caixa. Pode comprar quem quiser. Invejo esse cara. Porém, ele faz pesquisas, analisa o mercado, tem conhecimento sobre o assunto. Sabe, por exemplo, que o Leo Gago, do Coritiba, chuta bastante a gol, o que, segundo ele, vale alguns pontos. Por isso não consigo evoluir. Não me especializei no mercado cartoliano. Tem jogadores que, por mais que sob o ponto de vista do torcedor jogam bem, fazem poucos pontos no Cartola. Por isso, é muito difícil ganhar sem investir em conhecimento. Meu time hoje vale míseros C$103,41. A escalação para esse final de semana é: Felipe (Avaí); Ed Carlos (Grêmio), João Filipe (São Paulo) e Micão (América-MG); Paulinho (Corinthians), Escudero (Grêmio), Lucas Zen (Botafogo) e Marquinhos (Grêmio); Borges (Santos), Loco Abreu (Botafogo) e Washington (Ceará). Técnico: Jorginho (Figueirense). Um time fraco, admito, mas o possível de montar com o dinheiro que tenho.
Durante o campeonato cheguei a ter Ronaldinho Gaúcho, Leandro Damião, Montillo, Neymar, Victor e outros. Mas, sempre que tinha as estrelas, o resto do time era pífio. Se eu dedicasse tempo a pesquisar o mercado cartoliano, certamente estaria com um time muito melhor. E é isso que parece acontecer há anos com as sucessivas diretorias do Grêmio: falta de conhecimento de mercado. As contratações feitas a cada início de temporada são de gosto e eficiência duvidosos. Jogadores medianos e falsos craques são contratados e apresentados como os Messias futebolísticos (se fossem meio Messi já estava bom). Entram em campo e decepcionam o torcedor. Digam-me, caros leitores, quem nesse time do Grêmio poderia ser titular no Inter, por exemplo? Victor, um nome incontestável, tem falhado com uma freqüência assustadora. Na zaga, ninguém se salva. O sistema defensivo gremista é um baile de arromba para os adversários. Talvez daria para colocar Mario Fernandes na lateral-direita. Os volantes são tão meia boca quanto os colorados. Os meias gremistas também não estão jogando o suficiente para disputar posição com um D’Alessandro e um Oscar. No ataque, nem se fala. O ataque gremista é uma piada. O segundo pior do campeonato.
De fato, nesse ano o Grêmio está no Brasileirão exatamente como eu estou no Cartola Futebol Clube: jogando por jogar. Sem chances de brigar por vaga na Libertadores ou título, mas também relativamente longe das últimas posições.
Um bom final de semana a todos, de preferência, mais animado do que as campanhas da dupla Gre-Nal no Brasileirão.
* Texto publicado no Jornal das Missões de amanhã.
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Sonhos enigmáticos

Já quando ela chora ou resmunga enquanto dorme, aparentando ter medo, imagino que ela sonha que chegou ao consultório médico. Basta ela entrar na sala da pediatra, que ela abre aquela boquinha e literalmente põe a goela no mundo. Basta ver a médica de longe que chora por 10, 15 minutos, até meia hora, ininterruptamente, a todo o volume. E não se cansa. Não para. Chora, chora e chora. Escorrem litros de lágrimas de seus olhinhos e os seus berros atingem os mais altos níveis de decibéis. Quem sabe, nos seus sonhos fantásticos, ela está comendo brócolis (sim, a comida preferida da minha Bilula, do alto dos seus 10 meses de idade, é brócolis) quando a doutora chega e, após soltar uma risada maquiavélica, ao melhor estilo bruxa de histórias da Disney, toma, sem dó nem piedade, um cacho de brócolis das mãozinhas minúsculas e indefesas dela. Então, ela chora, chora e chora. É um pesadelo...
Outra possibilidade de sonho é justamente a que ela está comendo brócolis. Ou melhor, está em meio a uma plantação infinita de brócolis. É brócolis que não acaba mais. Então, ela engatinha por meio da plantação, dizendo “tatatata, papapapapa, bababababa”, enquanto colhe um brócolis aqui, outro ali, para degustá-los tranquilamente.

Enfim, enquanto fico tentando adivinhar os sonhos da minha Bilulinha, fico curtindo essa fase maravilhosa, que merece ser aproveitada a cada segundo, pois, o tempo nunca volta atrás. Como sempre, já sinto saudades antes que essa fase passe...
Hasta!
domingo, 18 de setembro de 2011
Altos e baixos de Satolep
Enfim, tenho muitos elogios a fazer para Pelotas e aos pelotenses. Entretanto, nem tudo é mar de rosas. Percebi que o comércio da cidade é muito forte, empregando milhares de pessoas que atendem ao borbulho de consumidores que se aglomeram pelo centro diariamente. Porém, talvez pelo excesso de demanda, ou por falta de preparo mesmo, até o momento estou considerando o atendimento em boa parte dos estabelecimentos comerciais como verdadeiras comédias circenses, onde você, consumidor, é o palhaço da história. E o mais curioso: muitos deles têm a cara de pau de descumprir o que está no Código de Defesa do Consumidor exibindo um cartaz onde está escrito: aqui você pode consultar o Código de Defesa do Consumidor.
Inclusive, poucas horas antes de escrever esse texto, aconteceu algo que já tinha ocorrido outras vezes em outros estabelecimentos comerciais da cidade.

Essa foi apenas uma situação. Mas houve outras, em outras lojas, com outros vendedores. Não sei se fazem isso porque são donos do próprio negócio, ou se porque ganham pouco e descontam nos clientes, mas o fato é que, da minha parte, só posso orientar a todos para, quando passarem por isso, saírem da loja e ir para a concorrente. Outras vezes eu cheguei a pensar em, de fato, exigir os meus direitos de outra forma, mas não tenho muita paciência pra isso. Por enquanto estou me contentando em só ironizar o que, teoricamente, seria irinorizável (permitam-me criar essa palavra) e a curtir as coisas boas de Pelotas, como os doces, as pelotensas (permitam-me também criar mais essa palavra), a praia do Laranjal, etc.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
A onda Damião

Enfim, Damião não é nome de craque, tanto é que, se você digitar Damião no Google, o primeiro link que vai aparecer é o que trata do Cosme e Damião, no Wikipédia: “São Cosme e São Damião, os santos gêmeos, morreram em cerca de 300 d.C. Sua festa é celebrada em 27 de setembro. Somente a igreja Católica comemora no dia 26 de setembro pois, segundo o calendário católico, o dia 27 de setembro é o dia de São Vicente de Paulo“. Vejam vocês.

Um bom final de semana a todos.
* Texto publicado no J Missões desse sábado.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Mais uma sobre a morte do autor

Santaella, Foucault, Barthes e outros escreveram suas teorias com linguagem rebuscada e, por vezes, inteligíveis. Como diria uma ex-professora minha, em alguns trechos parece que fumaram um. Mas, enfim, como carrego comigo o fado de ser jornalista, vou ir pelo caminho da clareza e da fútil (e inútil) objetividade. Sinteticamente, eu interpreto a morte (homicídio ou suicídio?) do autor da seguinte forma: a idéia de autor está ligada ao individualismo. Mesmo quando se trata de mais de um autor, são vários seres individuais que formam uma representação imagética de coletivo. Ou seja, a autoria coletiva nada mais é do que a soma de várias individualidades. Então, com isso, ainda na era do papel impresso, fica difícil termos autores. Na verdade, temos inventores.
Explico-me. Erico Verissimo é autor de “O tempo e o vento“. Certo? Quem sabe... Talvez ele seja apenas o INVENTOR de “O tempo e o vento“. Tudo porque, após ele escrever a obra, surgiram e continuam surgindo inúmeros textos sobre ela e a partir dela. Ou seja, a obra literária continua sendo escrita por um sem-número de outros autores. Claro que, na cultura impressa, ainda temos claramente essa divisão entre autor/leitor. Mas vejamos agora um caso que começou no impresso e que se estendeu para o mundo virtual: Harry Potter. A princípio, a autora do bruxinho seria J.K.Roling. Mas não é mais a única. Ela está mais para a INVENTORA de Harry Potter. Tudo porque várias crianças escreveram as suas próprias histórias a partir do texto de Roling. Inclusive, uma adolescente lançou um jornal escolar na web, que conta com o trabalho de mais de cem crianças espalhadas pelo mundo inteiro, que constroem diariamente uma obra infinita sobre o Harry Potter. Essas crianças não seriam também autoras de Harry Potter? Tanto são, que a inventora do bruxinho, em uma disputa judicial, teve que voltar atrás e deixar os fãs inventarem seus próprios personagens em textos na internet, senão ela iria perder milhares de leitores (e de dólares). Ou seja, se as teorias não matam o autor, o capital mata...

Enfim, é como Santaella coloca em seu livro, fazendo uma metáfora com os jogos de vídeo game: uma pessoa inventa e os outros jogam. Ou ainda, como concluiria Foucault em um de seus textos: Que importa quem fala!?
sábado, 10 de setembro de 2011
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Levante rothiano

A história da Legalidade está muito bem contada pelo professor, jornalista e escritor Juremir Machado da Silva, em Vozes da Legalidade. Inclusive, a foto da capa, com Brizola carregando uma espingarda com um toco de cigarro na boca, vestindo terno e gravata, demonstra o drama vivido pelos gaúchos e brasileiros naquele agosto de 1961.
Lendo o livro, penso que o Brizola deve ter se sentido mais ou menos como o Celso Roth se sente hoje em dia: apesar de vitórias parciais, sabe que não chegará ao topo no campeonato. Mas, assim como isso bastou para o Brizola na política (ele salvou o golpe em 61, que acabou acontecendo em 64, e, depois tentou ser presidente, sem sucesso), vitórias parciais também estão bastando para o Roth em Campeonatos Brasileiros (salva os clubes do rebaixamento, mas sabe que nunca será um campeão do Brasileirão).

Enfim, se por um lado podemos dizer que a Legalidade foi o último levante gaúcho no campo da política, a reação do Roth nas suas sucessivas passagens pelo Grêmio estão sendo o último levante futebolístico. Não tenho dúvidas de que, seja lá por que motivo, qu€ando não tivermos mais o Roth para chamar na hora do €aperto, torcedores de Grêmio e de Inter vão suspirar e resmungar: pena que não se tem mais um Celso Roth da vida no futebol. Exatamente como agora, vendo R$50 bilhões de re€ais serem desviados todos os nos dos cofres públicos no Brasil, também sentimos saudades de um político que pegue uma arma na mão para colocar a sua vida em risco em nome da honestidade e do cumprimento da Constituição Federal. Ainda vamos sentir muitas saudades do Roth, como hoje, sentimos do velho Leonel, que um dia foi Itagiba (para entender melhor, sugiro a leitura do livro do Juremir).
Um bom final de semana a todos. Com muitos levantes e revoluções, pelo menos no campo futebolístico...
sábado, 3 de setembro de 2011
O exército de um homem só

Bom, sobre a obra, realmente as minhas impressões das primeiras 27 páginas, mencionadas no outro post, estavam corretas. O livro realmente trata de um judeu-comunista-quixotesco. Aliás, pode-se falar que a história é meio que uma mescla, muito bem feita, diga-se de passagem, de Dom Quixote com A revolução dos bichos. Claro que a história, a narrativa e os personagens são diferentes, tem suas particularidades próprias, mas daria para se formar uma trilogia: Dom Quixote, A revolução dos bichos e O exército de um homem só. Na verdade, os três livros não se imitam, mas sim, complementam-se, mesmo sendo escritos em épocas, países e culturas completamente diferentes. Só para resumir a história do Exército de um homem só, o personagem principal, que é chamado de Capitão Birobidjan, passa por diversas etapas de vida, vendo homenzinhos e fazendo amizades com animais, tentando construir uma nova sociedade mais justa, mais equilibrada, enfim, uma sociedade bem diferente de todas as que tivemos até hoje. Essa sociedade se chamaria Nova Birobidjan. Enfim, vou resumir a vida do capitão em quatro etapas:
1) Birobidjan, que se chamava Mayer Guinzburg, é criança e adolescente rebelde, causando problemas ao seu pai, justamente pelas primeiras idéias comunistas e pela descrença na religião.
2) O capitão se casa, tem filhos e sua loucura vai ficando cada vez mais acentuada, enxergando homenzinhos de 10 centímetros que são o público de seus discursos. Acaba deixando a família para viver em uma casa abandonada, onde resolve fundar a nova sociedade, tendo como aliados os companheiros Porco, Cabra e Galinha, apesar de ele não gostar muito da galinha. Acaba se envolvendo numa confusão com quatro vagabundos e uma mulher, Santinha, até que dá tudo errado e é forçado a voltar para a mulher e os filhos.
3) Devido ao sofrimento que a mulher e os filhos passam pela sua loucura e pela falta de grana, entra no mercado imobiliário e fica rico. Tem um caso com sua secretária e passa de oprimido a opressor, bem como os porcos da Revolução dos bichos, de George Orwell. Mas, em um estilo meio Joseph Klimber, tudo dá errado, vai à falência, a família o abandona e ele abandona a amante, que na verdade é filha de um grande amigo, enfim, mete-se em uma porrada de rolos...
4) Acaba em uma pensão, que é uma espécie de asilo. Lá comanda uma “revolução” com os outros hóspedes, todos idosos e doentes, prendendo a dona da pensão em um quarto. Só que quando tenta fundar uma nova sociedade, os outros moradores da pensão não querem saber de trabalhar pelo coletivo....
O resto não vou contar, pois a idéia é que vocês, preguiçosos leitorinhos, leiam o livro. Vale a pena, isso eu garanto!
Como diria o velho capitão: Hasta, companheiros!
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Vitória anestésica
Assistindo ao empate entre Santos e Inter também percebi que não só a diretoria do Grêmio é burra, como a maioria dos seus torcedores, pois, grande parte deles tinha pavor do Borges. Eu cheguei a discutir asperamente com outro gremista defendendo o Borges. Minha teoria era simples: se a bola não chega nele, como o coitado vai fazer gol? E, a cada rodada que se passa, o Santos prova que eu estava correto. No time paulista a bola chega e ele faz gol atrás de gol. Se ele jogou muita bola no São Paulo e agora joga no Santos, por que não conseguiu desencantar no Grêmio, ora pois? A resposta é fácil: falta time. Falta técnico. Falta diretoria. Falta contratações. Falta tudo, menos torcida.
Já o Inter a cada dia que passa parece querer imitar mais o co-irmão inimigo. Está ficando cada vez mais longe da zona da Libertadores e, pior, enquanto tropeça vê os da ponta de cima dispararem. Essa Recopa Sul-americana parece ter sido a última bala da espingarda colorada. Mesmo com Damião, D’Alessandro, Guiñazu, Índio, Bolívar e outros ídolos da torcida, sem renovação não dá. Antigamente o Índio só fazia gol em Gre-Nal. Agora para cada gol, ele faz um pênalti e da umas outras duas ou três ratiadas.

Enfim, os tempos estão difíceis para os torcedores gaúchos. Da minha parte, enquanto gremista, já não sei mais o que fazer, pois apenas torcer não está sendo o suficiente. Alguém aí tem o número de um bom pai de santo para fazer um despacho?
Um bom final de semana a todos.
*Texto do J Missões do próximo sábado.