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segunda-feira, 21 de abril de 2014

Chicago - Windy City

Antes de chegar em Chicago, não sabia do seu apelido de Windy City (cidade ventosa). Na verdade, fiquei lá por 12 dias no final de março e, apesar de teoricamente o inverno estar no final, fez muito frio (na maior parte do tempo, temperaturas abaixo de zero) – e com o vento a sensação térmica é ainda mais congelante. Chicago é a terceira maior cidade dos Estados Unidos (atrás apenas de Nova York e Los Angeles). E, por isso mesmo, falar sobre tudo o que vi na cidade em um texto é completamente impossível.
A imagem que tive ao chegar em Chicago foi a de uma cidade sensacional. Nas minhas primeiras saídas, fiquei embasbacado com a arquitetura dos prédios. E tem várias atrações, tanto para quem quer dar uma turistiada e pagar ingresso para entrar em museus, planetários, etc, quanto para quem não tem muita grana, como foi meu caso. Por um momento, cheguei a me questionar se Chicago seria melhor do que Nova York. Mas então lembrei que em Nova York, assim que cheguei, foram mais ou menos uns 20 dias saindo todos os dias para ver, sei lá, ¼ do que a cidade tem a oferecer. Por essa e por outras, ainda sou mais New York City. No entanto, Chicago com certeza entra na lista de uma das cidades mais fodásticas que conheci.
Um dos lugares mais impressionantes que fui, e que você pode gastar mais de um dia andando e conhecendo, é o Grant Park. Na verdade, nesse parque gigante fica o Millenium Park, que é aonde tem o feijão gigante, que na verdade se chama “Cloud Gate”, algo como “porteira de nuvem”, mas que ficou mais parecido com um feijão, daí o apelido de “feijão gigante”. Esse parque é foda pois de lá você tem uma puta vista dos prédios que formam o centro da cidade, e tudo o que está lá conta com uma arquitetura pós-moderna que por um momento faz você se sentir no desenho dos Jetsons.
Um exemplo é a ponte que vai ligar os dois lados do parque (o outro lado está em construção, mas a ponte já está lá). Então, nesses dois parques você tem muito o que olhar, além de ficar na beira do lago Michigan, que estava todo branco, congelado, e que permite que você enxergue a outra ponta da orla, aonde tem o planetário, os museus e essa porra toda.
Bom, como não pretendo fazer dos meus textos algo informativo para turistas, apenas posso dizer que fiquei igual a uma criança tirando fotos e querendo ver todas as imagens possíveis e imagináveis que poderiam ser formadas no feijão gigante.


O vento nessa região, no inverno, é sinistro. E a parte que seria verde, estava cinza (provavelmente no verão ou na primavera o troço todo fica ainda mais bonito).
Já do outro lado da orla, como disse, há o planetário e os museus e, na minha opinião, é da frente do planetário que você tem a vista mais fotogênica da cidade. Talvez não exatamente a mais bonita, mas a mais completa.


E, mais ao lado, tem o estádio do time de futebol americano, que parece mais uma espaçonave estacionada.
Outro parque maneiro é o Lincoln Park. Esse fica perto do hostel. Nele há um zoológico, que umas brasileiras tinham dito que tinha que pagar, mas quando fui lá acabei entrando e ninguém pediu ticket nem nada, então, pelo menos pra mim, saiu de graça. Lá consegui ver alguns bichos que não vi no Bronx por não estarem “disponíveis” quando fui lá com a minha irmã. E, definitivamente, eu tenho que escrever um texto separado sobre os chipanzés e gorilas. Primeiro, no Bronx, eu vi aquele gorila pensando na vida. E, dessa vez, uma cena memorável: estavam lá, todos os turistas, olhando a macacada, inclusive um casal com duas crianças de aproximadamente 5 ou 6 anos, quando uma gorila resolveu simplesmente se deitar, abrir as pernas de frente para o público, e ficar ali, deitada, passando a mão na sua... boceta? É isso mesmo que você leu. Não sei se estava se masturbando, mas a cena dos pais tapando os olhos das crianças e puxando-as para longe dali foi muito cômica. E a cara de tranquilidade da macaca, então, é algo inesquecível.
Além dos macacos, também vi um casal de leões, leopardos e afins. É muito doido você pensar que bichos como o jaguar, que é um mais velozes do mundo, está privado da sua natureza de correr para ficar ali, em um cubículo, andando de um lado para o outro. Fiquei com pena dos animais e pensei no quanto o ser humano é atrasado em fazer esse tipo de coisa: botar bichos presos para turista ver.
Outro passeio foda é o Navy Pier. É difícil explicar o que é, mas, resumidamente, é um lugar gigantesco, aonde você tem um espaço que é tipo um Shopping Center, com lojas, restaurantes, etc; um jardim botânico com as paredes e o teto de vidros, um outro espaço gigante com exposições de tudo que é tipo, um porto de ondem saem e chegam navios e a histórica roda gigante. Conforme o Christofer (se você leu os outros textos, sabe quem é. Se não leu, pare de ler esse texto agora e volte às minhas postagens anteriores), enfim, segundo ele essa roda gigante foi objeto da primeira experiência com luz elétrica à noite. Então, no início do século passado (ou retrasado, a essa altura da madrugada já não sei mais - e se quiser ter sexta pergunta aí para o Mr. Google), milhares de pessoas se reuniram lá para verem as luzes da roda gigante serem acesas de noite. E a tal roda gigante permanece lá e é um dos cartoes postais de Chicago.
Bom, como comentei no outro texto, também teve o show de jazz, que foi incrível.
No Lincoln Park, você também chega a umas praiazinhas, que obviamente estavam fazias, pois havia bolas de gelo espalhadas pela areia... Lá, você pode caminhar pela orla. A vista é sensacional, mas o frio no inverno é congelante. E há também campos de futebol, de baseball e outros esportes.
Bom, resumidamente, esses foram alguns dos lugares que pude conhecer, passear e caminhar pensando na vida nos 12 dias em que estive em Chicago. No entanto, ao contrário do que coloquei no último post, haverá mais um texto sobre a cidade, pois não tenho como deixar de fora o dia em que visitei o Chicago Tribune e participei da reunião dos editores. Não saia daí. É logo após os comerciais!

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