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terça-feira, 15 de abril de 2014

Chicago Bulls - a lenda

A força do nome basta. Para alguém como eu, que pegou a década de 1990 quando tinha a idade de ser fanático por esporte, essa era a principal referência que se tem de Chicago. Lembro até hoje de duas coisas sobre os Bulls: primeiro, de assistir aos jogos da NBA na Bandeirantes – o canal do esporte (pelo menos era assim na época). Os play-offs com os Bulls e Michel Jordan eram memoráveis. Só um time como aquele Chicago Bulls para fazer o mundo inteiro, inclusive o Brasil, parar para ver basquete. E, segundo, a marca. Eu tinha boné e camiseta dos Bulls. E todo mundo tinha. Era febre. Era moda. Você saía com a marca Bull’s era sinônimo de estar por dentro. Até vezemquando as gurias te olhavam. E imaginem isso nos anos 1990, quando eu estava nessa fase dos 10 aos 16 anos... Sim, porque os Bulls foram campeões seis vezes nos anos 1990: 1991-92-93-96-97-98. Por isso, considero o ginásio United Center o maior templo do basquetebol americano.
Claro que querer reviver os anos 1990 hoje é quase a mesma coisa que querer reviver o Santos do Pelé nos anos 2000 e tantos. Ou seja, impossível, por melhor que seja a fase do time atual. Mas, mesmo assim, indo ao ginásio você fica tentando sentir o clima da decisão de 1998, quando o Chicago Bulls perdia para o Utah Jazz no último jogo do play-off e, quando faltavam cinco segundos para zerar o cronômetro, o cara (Jordan) simplesmente deixou um sentado e “puf” cesta! Bulls campeão, ginásio indo à loucura, o mundo inteiro arrepiado.
Então, por essas e por outras, no meu primeiro dia em Chicago eu tinha um objetivo: ir até o United Center para: primeiro, conhecer o ginásio e tirar foto da estátua do Michel Jordan e, segundo, comprar um ingresso. Os Bulls jogariam duas vezes em Chicago na semana seguinte, um jogo seria no sábado de noite, não lembro contra quem, e o outro na segunda-feira, contra o Indiana Pacers. Optei pela segunda alternativa.
A ida para o ginásio nesse dia da compra do ingresso ocorreu enquanto eu ainda estava embasbacado com a cidade. Peguei o metrô e fui em direção ao ginásio, concluindo que Chicago, de todas as cidades que eu havia conhecido até então, era a mais parecida com Nova York. Provavelmente pelos prédios, pelo sistema de metrô, que também funciona bem, pelo movimento no centro, pelo grande número de pedintes nas ruas, etc. No entanto, em Chicago já tem aquelas casinhas sem cerca na frente que a gente vê nos filmes, e que você não vê tão frequentemente em Nova York.
Bom, a primeira ida ao United Center valeu apenas para comprar o ingresso sem precisar pagar os U$15 do serviço de entrega ou a taxa extra para receber por email (que acontece quando você compra pela internet). Pois, no ginásio em si, há apenas a estátua do Jordan e outras do time de rockey da cidade. Mas não há loja aberta ao público, tampouco museu. Então, o negócio foi pegar o ticket e voltar para o hostel. No caminho para casa, passei pelo campus da Universidade de Illinois de Chicago, que tem mais a cara dos campus universitários brasileiros do que as universidades de Nova York. O único problema é que era inverno e com isso o que no verão deve ser bonito e verde, no inverno é cinza e apagado. Também fui no tal feijão gigante, mas vou deixar isso e o Grant Park para outro post.
A semana passou, acontecendo coisas que também ficarão para textos futuros, e finalmente chegou a segunda-feira. Na verdade, nesse meio tempo eu conheci um gremista de Santa Maria, mas que também vou falar sobre ele e os outros brasileiros mais adiante. Resumindo, por pura coincidência, ele havia comprado ingresso para o mesmo jogo, o que permitiu que fossemos juntos ao ginásio. No entanto, lá dentro ficamos separados, pois quando compramos os ingressos não nos conhecíamos.
Entrar no United Center é mágico. O troço é gigante e diferente da Madison Square, de Nova York. A Madison é mais moderna, mais impressionista. Já o United Center é mais “ginasião” mesmo. Exatamente como era nos anos 1990 (é a impressão que se tem pelas imagens registradas pela televisão). E, claro, há reverências a Jordan e ao lendário time seis vezes vencedor da NBA em toda a parte, com fotos, camisetas com o nome de Jordan e dos outros daquele tempo, e tudo o mais.
A torcida lotou o ginásio. Pelo que tinha pesquisado antes do jogo, a situação do Bulls na tabela era razoável, estava no limite da zona de classificação para os play-offs. No entanto, o Indiana Pacers era o vice-líder. Garantia de um puta jogo. Lembro que uma vez, quando morava em Ijuí, resolvi comprar uma camisa de um time da NBA. Fui até a loja e achei a camisa mais maneira justamente a do Pacers: azul e amarelo.
Porém, como ela ficou gigantesca, anos depois acabei doando... Paguei caro e creio que usei umas cinco vezes, para jogar futebol.. Enfim, coisas sem explicação que a gente faz nessa vida....
E agora, ali estava eu, vendo Chicago Bulls e Pacers pela NBA ao vivo, no ginásio. O jogo foi bom, mas principalmente até a metade. O Indiana começou destruindo: abriu 7 a 0. Os Bulls reagiram e até os 30 pontos o jogo foi sendo disputado ponto a ponto. Até que os donos da casa passaram a frente e abriram uma grande vantagem, que foi levada até o final. Mas o bom é que deu para ver um show de cestas maneiras, com direito a enterradas e ponte aéreas – e, claro, as cheerleaders. Esse é o show da NBA, que mesmo não sendo tão espetacular quanto foi nos anos 1990, ainda sobrevive bem.


Bom, e assim realizei esse sonho: ver um jogo dos Bulls em Chicago. Entrar no templo de Jordan e do Dream Team que encantou o mundo nos anos 1990. Dessa forma, voltei realizado para o hostel, feliz, e com centenas de fotos para não me deixar esquecer de tudo o que eu vi no templo do basquete americano.

2 Comentários:

  • fuck german! Bulls dos anos 90 são memoráveis...

    Tive uns 3 bonés dos Bulls, 2 deles devidamente roubados, o terceiro nao sei que fim levou.

    Lembro dessa cesta do Jordan no último segundo, além de outras maluquices e do jogo das estrelas, que era uma festa... na época eu sabia o nome do time principal inteiro, hoje lembro só do Jordan e do Scottie Pippen, outro foda.

    Por Blogger Zaratustra, às 16 de abril de 2014 às 18:04  

  • ueheuheuhe. fuck german! pow, por isso tu era o Zeca do Boné! uahauhau. E eu o Zé..auhauhaua. abraço

    Por Blogger Eduardo, às 17 de abril de 2014 às 13:13  

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