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domingo, 9 de fevereiro de 2014

Super Bowl e Grenal

Porra, só agora que fui entrar aqui para postar o texto que estou mandando para o J Missõese vi que o último texto foi antes da final do Super Bowl! Caralho. Então, apenas para atualizar os meus dois leitores imaginários, eu fui ver a final do Super Bowl no dia 2 de fevereiro em um bar em Manhattan onde só tinha torcedores do Denver Broncos. Ok, na verdade havia um único torcedor com a camisa do Seattle, mas o resto estava tudo laranja. A questão é que o pessoal de Denver invadiu Nova York para a final do Super Bowl, então, pelo menos na região da 28 Street com sétima, sexta avenida, Brodway, etc, os bares estavam dominados pelo pessoal de Denver. Talvez houvesse outras regiões com a galera de Seattle, no entanto, devido a menor distância de Denver, creio que quem veio de Seattle foi para ir para o estádio mesmo. E foi para comemorar também, pois o Seattle deu um chocolate nos Broncos de 46 a 8. Sei lá, tentei calcular, mas é mais ou menos como se um time fizesse algo como 4 a 1 ou 5 a 1 nua final de campeonato. Deu pena de ver. Mas valeu a experiência, pois deu para sacar, como disse no último texto, a influência do Super Bowl na cultura americana. Comparado com os outros eventos que já vi aqui, como os outros esportes (baseball, por exemplo) ou Halloween, o Super Bowl, pelo menos em Nova York, foi o evento que mais mobilizou a massa.
Bom, foi foda ter visto uma final de Super Bowl em Nova York, ainda mais com o jogo sendo no estádio sede dos dois times de Nova York (apesar de ficar na vizinha New Jersey). No entanto, no texto que segue falo de outro super jogo, o clássico Gre-nal, que apesar de ser apenas um jogo treino para o Grêmio, foi bem disputado e terminou 1 a 1. Conto, no texto mandado para o JM, como assisti à essa partida em Miami (também nem comentei nada, mas chegamos aqui na quarta-feira, dia 5 de fevereiro). Porra, tem muita coisa pra atualizar nessa bagaça!!! Enfim, chega de enrolação e segue o texto:

Grenal em Miami

Na semana passada, deixamos a neve de Nova York para passar uns dias em Miami. Tenho um verãozinho aqui até o final do mês, quando retorno para NYC. Só a comparação de Nova York com Miami já renderia um outro texto. E a comparação das duas cidades americanas com o Brasil, então, renderia no mínimo uma dissertação de mestrado em Sociologia. Mas enfim, o fato é que aqui em Miami tem um casal de amigos formado por uma brasileira corintiana e um argentino que torce para o River Plate e para o Inter. Pode parecer piada, mas o cara é colorado mesmo, veio de camisa oficial, sabe a escalação do time do Abel, a história do clube e tudo.
Ele contou que começou a acompanhar o Inter quando o D’Alessandro foi para o clube da beira do Guaíba e, aos poucos, foi ficando tão fanático quanto em relação ao River. E a nossa amiga, corintiana, para puxar o saco do namorado, estava torcendo para os vermelhos também. Como a patroa também é colorada, era eu contra os três. Até as duas baixinhas, a Laura e a Larissa, que teoricamente são gremistas, me deixarão na mão e ficaram vendo desenho no quarto...
Enfim, assim estava eu, em Miami, com uma bandeira tricolor pendurada na janela, uma camisa retrô do título da Libertadores de 1983 e calção do Grêmio sofrendo na frente da televisão, depois de comer um churrasco improvisado e degustar algumas loiras deliciosas. Tive que praguejar em silêncio ao ver o Grêmio tomar o gol no final do primeiro tempo, depois de passar os primeiros 45 minutos jogando melhor do que o Inter. Mas o troco veio no segundo tempo, quando o Inter estava muito melhor e parecia que iria fazer o segundo gol, até que o Paulão, ídolo gremista, resolveu botar a mão na bola dentro da área. A minha comemoração foi triplica. Comemorei por cada um dos três secadores. Depois, torci para que acabasse logo o jogo, pois o segundo tempo do Grêmio foi lastimável, com a exceção do gol do Barcos...
Bom, creio que nesses seis meses de Estados Unidos esse tenha sido o dia mais brasileiro em solo americano. Como já contei, até cheguei a ver jogo do Grêmio com churrasco gaúcho em Nova York, mas o clima de Miami é muito parecido com o da América Latina: a temperatura, o ritmo da cidade, a educação (ou falta dela) das pessoas e alguns problemas tipicamente latino americanos (provavelmente importados pelos imigrantes vindos de Cuba, Porto Rico, República Dominicana, etc). Na verdade, estar em Miami faz com que você se sinta mais em uma praia do Caribe do que nos Estados Unidos do Texas, de Nova York ou da Filadélfia. Não posso dizer ainda nada sobre a Califórnia, pois só vou chegar lá em abril. Mas só de sair direto de Nova York para Miami você já sente diferenças bizarras e gritantes (algumas positivas, outras negativas e outras simplesmente naturais). Mas, como disse, isso vale outro texto. Nesse, apenas quis registrar esse dia típico de Gre-nal vivido por mim na terra do Tio San, ao lado dos meus amigos corintiano, argentino colorado e da patroa.
Uma boa semana a todos.

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