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sábado, 7 de dezembro de 2013

FIB ou pegadinha?

Eu sei que o que vou escrever agora muita gente vai achar que é piada ou lorota ou um causo de um missioneiro que está em Nova York. Mas, tão real quanto as suas partes íntimas, a narrativa que se segue acabou de acontecer comigo aqui no Harlem, em New York City.
Bom, começo me explicando, óbvio, já que nem todo mundo aceita abertamente certos fatos da vida. Eu estou nos Estados Unidos desde agosto. Minha esposa só vai chegar aqui na próxima quarta-feira. E eu tenho uma necessidade fisiológica de ejacular. Isso é científico. Você não consegue ficar quatro meses sem ejacular. Se você não se vira com as próprias mãos, você acaba ejaculando dormindo, sonhando, se encostando no quentinho de um climatizador, enfim. É fato. Então, se você calcular, vou completar quatro meses de abstinência sexual. O que fazer numa situação desesperadora como essa? Simples, buscar alternativas viáveis.
Foi então que comecei a fuxicar na internet. Entra num site aqui, entra noutro ali, atrás de um pornô (porra, não venha dizer que você nunca assistiu pornô. Eu tenho 32 anos e tenho todo o direito de assistir um filme pornô de vez em quando – inclusive, um dos episódios mais engraçados do Friends é quando eles recebem um canal pornô de graça e não mudam de canal com medo de perder a barbada). Ok, até sei que na maioria desses sites de putaria a chance de contrair um vírus no computador é grande. É quase como foder uma puta sem camisinha. Mas, enfim, entrei em dois ou três sites, e quando comecei a assistir um videozinho de putaria abriu uma janela nova, do nada, e foi aí que tudo começou.
Na janela, no topo, tinha a bandeira dos Estados Unidos, com o branco, o vermelho e o azul e todas as estrelinhas. Abriu uma mensagem dizendo que eu tinha acessado um site que continha conteúdo proibido pela lei do Estado de Nova York número tal. Bom, caralho, eu só queria achar um filme pornô na Web, não queria cometer nenhum crime! Tentei fechar a janela e não conseguia, dizia que a partir de agora meu computador estava sendo gravado pelo FBI. Óbvio, você vai dizer que era um vírus ou um hacker. Mas, quem já leu algumas coisas sobre o governo dos Estados Unidos, FBI e Cia, não duvida. Para ficar num exemplo, cito o livro “Os últimos soldados da Guerra Fria”, do Fernando Morais. Ali você pode ver o que o sistema de inteligência americano é capaz. E, claro, com a desculpa de que estão se precavendo, pois você pode cometer algum crime sexual nesse país (afinal, prostituição aqui é crime), enfim, com essa desculpa eles passam a vigiar quem eles querem – a Dilma que o diga.
Talvez eu estou sendo viajando right now. Talvez foi realmente um vírus ou algo assim. Só sei que na hora, enquanto o pirocudo metia na japa, eu comecei a tentar fechar tudo, entre um gemido e outro (ahhhhh! Ahhhhh! Ahhhhhhh!) e não fechava. Então, no pavor, acabei reiniciando a porra toda, achando que dali a meia hora iriam aparecer aqui no prédio dois agentes do FBI, com terno e gravata, perguntando “Where is Eduardo Ritter?”.
Meio que na loucura Hunter Thompsiana, que mistura uma paranoia-suicida com coragem de enfrentar tudo, escrevi no monitor, para o caso dos tais agentes estarem me vigiando: “fuck you FBI. Can’t I jacking off in piece? What’s the matter with you? Watch porn in my computer is a crime in the most democratic country in the world? Humpf!”.
Bom, enquanto penso nisso tudo, estou aqui, sem ejacular, pois acabei broxando com o susto. Quem sabe amanhã....

PS: se estão me espionando, pelo menos tenho audiência nos meus jogos no Fifa...

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