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domingo, 1 de dezembro de 2013

Curtas

SEPULTURA - Ontem conheci dois músicos americanos aqui no Harlem, num restaurante. Estava jantando e os caras fizeram um comentário geral, sobre qualquer coisa banal, e pelo meu sotaque de brasileiro eles sacaram que eu não era americano, e quando eu disse que era brasileiro eles disseram “Ah, Brazil! Sepultura!”. Sim, os caras conhecem a banda Sepultura. Inclusive, disseram que tocaram com o Sepultura na França. Então fiquei ali, conversando com os caras, que se surpreenderam comigo, pois, apesar da minha cara de pastor, eu comecei a falar das leituras de Bukowski, Henry Muller, John Fante e Hunter Thompson. A cada nome que eu dizia um falava para o outro “olha só, esse cara é maluco, só lê os fuckcrazy”. Valeu a longa conversa, pois pratiquei muito o meu inglês e aprendi a pronunciar Loisville e Kentucky (a cidade e o estado em que o Hunter Thompson nasceu, respectivamente). Ah, e até dei uma aulinha pros caras, pois eles nem sabiam que o Hunter Thompson morou em Nova York. Contei aonde era, e eles disseram que pretendem ir lá também.

ACIDENTE NO METRÔ – Hoje, em todos os canais de notícias de Nova York, estão falando sobre o acidente que aconteceu aqui perto, no metrô que vai para o Bronx. Na verdade ninguém falou exatamente qual o trem caiu hoje de manhã (foram quatro vagões que deixaram quatro mortos e mais de 60 feridos – 11 em estado grave). Porém, no site do New York Times diz que é um trem que vai para uma outra cidade, que sai da 42, passa no Bronx e segue adiante. No início, achei que era o mesmo que eu pegava, o 1 train, que também sai do sul de Manhattan e vai para o Bronx. E, como foi em Riverside (o mesmo lado que eu moro) minhas suspeitas tinham aumentado. Mas, pelo que estão falando, foi esse outro mesmo. O acidente foi no Bronx, o bairro que fica acima do Harlem, onde moro. O que chama a atenção é a mesma cara de pau das autoridades, do responsável pelo metrô, etc, que ficam se esquivando e se irritam com as perguntas mais ousadas dos jornalistas. Pô, quatro pessoas morreram, que poderiam ter sido eu, meu vizinho, meus colegas na universidade. Quatro pessoas inocentes morreram sem nenhum motivo, pessoas que tinham pais, mães, filhos, irmãos, que tinham uma vida aqui. Isso revolta muito! Como alguém, numa hora dessas, pode pensar em negócios, em dinheiro, em briga política?? Eu não entendo, não entendo, não entendo... Pode ser no Brasil, nos Estados Unidos ou na China, não importa, eu não entendo....

GRÊMIO – Sigo com a minha opinião de que o Grêmio deve mudar tudo para o ano que vem. Minha teoria é simples, mantém a base do sistema defensivo e troca os meias e os atacantes (todos) e contrata um treinador copeiro, como o Tite ou o Mano. O pessoal diz “ah, isso nunca funciona”, mas o Cruzeiro desse ano foi montado em janeiro com várias sobras dos outros clubes. E o Grêmio de 1995, lembro muito bem, tinha apenas Carlos Miguel, Danrlei e Roger do time de 1994. Todos os outros vieram de fora. E foi, talvez, o melhor time da história do tricolor. Está certo, não tem fórmula fixa, infalível, porém, a única coisa que sei é que esse time, com esses jogadores e com o Renato no banco não vai longe na Libertadores e, no máximo, ganha o Gauchão. Se o time quer ir além da festa pela vaga na Libertadores, tem que mudar tudo. E não basta fazer como foi feito do ano passado para esse ano: trazer dois ou três reforços de “peso” como foi com Barcos e Vargas. Não adianta trazer duas estrelas e largar lá, achando que está resolvido. Tem que se formar um TIME, que tenha variação de jogadas, que tenha treinamento, que acerte pelo menos UM escanteio, e, principalmente, que não dependa de um ou dois jogadores. O Corinthians, campeão do ano passado, ganhou com um grupo sem estrelas. Esse é o segredo que todo mundo sabe, mas quase ninguém aplica.

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