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sábado, 4 de janeiro de 2014

Dos 40 aos -20

Depois de quase um mês, resolvi entrar aqui e me dei conta de que minha última postagem foi em 9 de dezembro. Ou seja, não escrevi mais nada desde a chegada da patroa e das crianças, que passaram o Natal e o ano novo aqui e que ficam até o final de fevereiro. Bom, como agora tenho compromissos familiares (minha Larissa a cada cinco minutos fala "brinca, pai! brinca!", não posso prometer textos frequentes por aqui. Desde a minha visita a Filadélfia muita coisa aconteceu. Mas vou deixar para outros posts. Hoje, o máximo que consigo, é reproduzir esse, que enviei para o Jornal das Missões para ser publicado na próxima semana. Bom, é isso, pois já estou ouvindo a vozinha do meu nenê dizendo "brinca, pai! Brinca!!!".


Enquanto acompanho pelo Facebook as postagens vindas das Missões e do Rio Grande do Sul com as reclamações sobre o calor de praticamente 40 graus que faz no verão brasileiro, sinceramente, eu não tenho muito do que reclamar das nevascas e do frio de praticamente -20 graus que faz em Nova York. Sinceramente, nunca imaginei que um inverno rigoroso como esse fosse tão bom. Explico-me.
Enquanto escrevo essas linhas, está -15 graus lá fora. As ruas e a calçada estão cobertas de neve. É início de madrugada e o vento deve fazer com que a sensação térmica seja de -20 ou menos. Entretanto, estou sentado na frente do computador tomando uma cerveja gelada (que coloquei para gelar no lado de fora da janela), sem camisa e de calção do Grêmio. Tudo pelo simples fato de que aqui todos os lugares fechados (casas, prédios, espaços públicos, etc) tem um sistema central de aquecimento que faz com que você não sinta nenhum pouco de frio. E, do lado de fora, quando você sai para a rua, mesmo com -10 graus, como fiz há pouco, você veste uma calça e uma blusa térmica por baixo da sua roupa, usa um casaco térmico com manga curta por baixo, botas impermeáveis, cachecol e uma toca, e você não sente frio.
Inclusive, é possível até suar, como aconteceu comigo cruzando a ponte do Brooklyn enquanto o relógio do outro lado de Manhattan marcava -11°C. Claro que as partes que estão descobertas, como o nariz, você deixa de sentir... É como se tivesse alguém esfregando um gelo nele... Mas enfim, o que quero dizer, é que você passa mais frio nas casas e prédios despreparados para o frio no Rio Grande do Sul do que no inverno de Nova York. De noite, por exemplo, durmo sem camisa e com uma coberta fina. Nada de três acolchoados e dois cobertores como no RS. Então, não trocaria esse inverno pelo verão de 40 graus que está fazendo agora nas Missões e no RS nem a pau.
Já a minha pequena Larissa também me surpreende, pois ela não quer sair da neve. Se acorda e vê que está tudo branco lá fora ela já diz “vamos lá fazer boneco de neve, pai!”. E, quando levo, ela não quer sair por nada no mundo. “Vamos pra casa nenê? O papai está congelando!!”. “Nãããooooooo!”.
E tenta pegar ela para ver! Acho que ela gosta mais da neve do que da areia... Se você perguntar se ela prefere praia ou neve, ela responde sem pestanejar: “neve”. Ela até encontra outras criancinhas que levam baldinho de praia para brincar na neve... E, apesar de ela não falar inglês, eu vou orientando ela e ela vai repetindo as perguntas e respostas e vai se virando...
Bom, por isso é hoje! Boa sorte para todos com o calor missioneiro!

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