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domingo, 9 de fevereiro de 2014

Enfim, Miami!

Aproveitando o embalo e o ritmo, vou aproveitar para dar uma atualizada na bagaça agora. Esse texto talvez possa ajudar alguém que pretende viajar de avião nos Estados Unidos ou vir para Miami.
Bom, como disse, saímos de Nova York na quarta-feira, dia 5 de fevereiro. Estava nevando, e aí vinha meu primeiro nervosismo: que o voo fosse adiado, cancelado e o caralho a quatro. A primeira aventura foi a ida para o aeroporto. Literalmente, parecia cena do Eu, a patroa e as crianças. Éramos nós quatro e mais... oito malas!!! Ou seja, ida para o aeroporto JFK de metrô estava descartada. A única opção era o taxi. Então, ligamos para um e eu pedi um carro grande, pois tinha, deixa eu contar.... 1, 2, 3... Mandaram um carro grande, mas não gigante. O resultado: foi uma mala no banco da frente, uma no meu colo, outra no colo da patroa e o resto no porta-malas. Não dava pra se mexer lá dentro. E eu estava de casaco térmico, botas de neve, etc. Enfim, chegamos no aeroporto e aí aconteceu um negócio que eu não sabia, e que se alguém for fazer viagem nacional nos Estados Unidos deve saber: aqui você paga pelas bagagens despachadas (as grandes). Ou seja, você não tem direito de levar NENHUMA bagagem grande gratuitamente, ao contrário dos voos internacionais ou nacionais no Brasil. A gente tinha reservado quatro bagagens grandes e quatro de mãos. E aí veio a facada: 25 dólares cada bagagem de despache. Resumindo, 100 dólares saíram voando da minha carteira.... Fiquei tão puto (apesar de não reclamar, pois é a regra aqui) que acabei não dando o famoso Tip (gorjeta) para o carinha da Delta que carregou nossas malas. Eu olhei pra ele, ainda atordoado com os 100 dólares que tinham me abandonado, e disse “thank you”. Ao que ele respondeu “so, that is it?” e resmungou baixinho, mas consegui ouvi “you are a dog”. Ok. Tava nem aí, porra, afinal, o cara recebe salário da Delta, cacete! Se eu der Tip pra todo mundo nesse país vou ter que pedir esmola no subway!
Na viagem, mesmo com meu Rivotril, como sempre, fiquei nervoso. Três horas de tensão. A porra do avião, como sempre, fica baixando e subindo, de vez em quando vira, faz barulhão pra eu me cagar todo, da uma tremidinha, essas coisas. Enfim, chegamos quarta-feira à noite, de acordo com o previsto. E, conforme o imaginado, cheguei suando, com o blusão de lã e a bota de neves. De lá, a segunda aventura: pegar um taxi para o apartamento.
O primeiro taxista (filha da puta, diga-se de passagem) tinha um carro gigante, onde cabiam nós quatro mais as oito malas e ainda sobrava lugar. Todo mundo arrumado, ele olha o endereço, vê que é perto do aeroporto, e diz que não vai levar. Ou seja, todo mundo desce, com as oito malas. Se não tivesse policiais por perto teria dado um soco na fuça do desgraçado. Fui falar com o agente de trânsito, e ele disse para pegar a van, que nos levou por um preço ainda menor do que o do taxista. Resumindo, até que foi bom. E quase que disse para o filho da puta “seu desgraçado, ia te dar U$100 dólares de Tip, agora fique aí, mendigando Tips pra outros, caralho!”.
O primeiro dia foi normal, fomos num parque perto do ginásio do Miami Heats (atual bi-campeão da NBA e que, ao que tudo indica, está caminhando rumo ao tri). O parque é legal, andamos pela orla, fomos em lojas, essas coisas. No outro dia, só eu e a nenê nos animamos a sair de casa. Para ir até esse parque, você pega um trenzinho gratuito que faz uma rota razoavelmente abrangente em Miami.
Então, pegamos esse trenzinho para Downtown, que é perto, mas como é de graça, é melhor do que caminhar no calor que faz aqui de aproximadamente 25 graus. Chegando lá, tive uma daquelas ideias típicas do carinha do Eu, a patroa e as crianças. Vamos para a praia!!! Miami Beach, man! Olhei para a Larissa e disse:
- Nenê, vamos para a praia?
- Não, eu quero ir no parquinho...
- Mas na praia é legal, tem o mar, a areia pra você brincar...
- Não, eu quero ir no parquinho! (já disse com beiço)
- Bom, então vamos na praia e depois o pai te traz no parquinho.
Ela pensou um pouco com a mão no queixo e então concordou. “Hey baby, let’s go!”
E então pegamos o busão S! O trajeto da ida é legal, porque você vai olhando a paisagem e a ponte gigante que liga o continente à ilha onde é Miami Beach. O problema é que o ônibus vai relativamente cheio, o motorista era um cara grosso que merecia tomar um tiro (como diria o meu pai antigamente – agora ele está moderado e pacifista), e demora pois o busão vai parando. Ou seja, da cerca de uma hora de viagem. Chegamos lá e, finalmente, Miami Beach! Mar! Praia! Lojas com coisas de praia!! Prédios! Orla!! Gente bonita! Sol! Calor! Banho de mar!!! Uhuuullll!!! E assim passei uma tarde maravilhosa com a minha Larissa na praia. Na volta, pegamos o mesmo busão, e chegamos de noite, com a patroa preocupada e brava.... Mas enfim, pai que é pai tem que fazer essas indiadas vezemquando com os filhos.... Ah, e pra completar, quando cheguei lá me dei conta de que a máquina estava sem a bateria! O que me salvou foi o celular...
E ontem, outra aventura.
A minha enteada estava com dor no lado direito, naquela região onde dói quando a pessoa tem apendicite. Na dúvida, levei ela no hospital. Acabamos passando o dia no hospital, mas no fim não era nada demais, apenas coisas que ela comeu. Valeu para ver o sistema de saúde privado americano, no entanto, isso vale outro texto, pois por hoje chega! Ah, e hoje foi o dia do Grenal, conforme o texto abaixo.
Bom, até a próxima, que não sei quando virá!
Here is Miami Beach, man! Rum and beer all day!

1 Comentários:

  • Só uma coisa... Às vezes esses funcionários não ganham salário nenhum, como pode ser o caso desse da Delta, vive só de gorjeta mesmo. Entregadores (como de pizza), por exemplo, só recebem as gorjetas, nada de salário. Sabe que garçom só ganha tipo meio salário mínimo né, fecha o salário com gorjetas tb. Cada um por si, sem essas "coisas trabalhistas", o patrão só quer lucrar.

    Por Blogger Unknown, às 18 de março de 2014 às 05:32  

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