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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Metropolitan, churrasco e jogo do Grêmio

Bom, começou. Acabei saindo e deixando de lado o blog, a internet e tudo o mais. Mas hoje, estou de volta. Óbvio que acumulou um monte de coisa, porém, eu estava pensando sobre isso no metrô, outro dia: mesmo que eu vá escrevendo tudo enquanto o negócio acontece aqui, um milhão de coisasvão ficar de fora dos meus textos. Então, o negócio é seguir o conselho da Marta Suplicy: relaxar e gozar.
Tentando reconstituir o que aconteceu desde a última postagem, na sexta-feira eu fui no Metropolitan Museum of Art. É um puta museu. Na verdade ele tem duas diferenças básicas em relação ao Moma: primeiro, a entrada pode ser até de graça (e no Moma não). Você paga o quanto quer. Eles sugerem um valor, mas você paga o quanto pode. Aí valeu o conselho do professor Walter, que citei no texto anterior: ele contou que o Metropolitan tem muita grana, que vários milionários quando morrem deixam uma fortuna pro museu, além, claro, de outras doações gigantescas e dos valores "doados" pelos visitantes. Então, paguei apenas 31 centavos para entrar. O professor Azevedo sugeriu um quarter (25 centavos), mas peguei todas as moedas que tinha e dei pro carinha do balcão, que olhou estranhando um pouco, pois eu larguei as moedas e disse "uma entrada para adulto". Bom, a segunda diferença básica é o tamanho. O Metropolitan é muito maior. Você teria que ficar umas três tardes inteiras lá para, talvez, conhecer tudo. E além das pinturas, tem muitas outras coisas, como esculturas, peças da antiguidade, de antes de cristo, e um salão gigante só com armaduras, armas, espadas, revólveres, e tudo coisa muito antiga. E, claro, também tem várias obras do Picasso e do Van Gogh (no Moma é uma do Van Gogh).
Resumindo, fiquei lá umas cinco horas caminhando, tirando mais de 300 fotos, olhando, refletindo, etc. De noite, estava tão podre que capotei.
No sábado a coisa foi diferente. De tarde passei na lavagem da rua 46, uma prévia do Brazilian Day, que foi no domingo. Na verdade fui lá duas vezes. Primeiro, de manhã, pois disseram que o troço começava por volta das dez.
Fui lá, fiz fotos, mas vi que o negócio estava devagar. Encontrei um pessoal de CTG, que me reconheceram rápido pela camisa do Grêmio que eu vestia, uns baianos, cariocas, etc, mas na frente do palco havia umas quinhentas pessoas. Logo cansei e resolvi que era mais vantagem ir pra casa, comer um negócio, e voltar mais tarde. Fiz isso, e o troço estava ainda pior. Fiquei por ali mais ou menos uma hora, até que resolvi ir para o Smithfield, na rua 28, que é o bar que passa os jogos do Grêmio (a partida começava às cinco e meia, pelo horário daqui). Então, chegando lá já haviam dois gremistas novos. Um é o Mário (não aquele do armário), que é um cara de Porto Alegre, que chegou há cinco dias mas que vai ficar dois anos, pois ele trabalha com informática. Ele não mora em NYC, mas sim numa cidadezinha aqui perto, mas o metrô facilita tudo. O outro era o Ricardo, esse sim, gremista que estava "turistiando" por aqui. Ele fez a viagem foda do Jack Kerouac, de carro, de Nova York até a Califórnia. Apesar disso, ele não quis fazer exatamente a rota do Kerouac, apenas cruzou o país de carro, conforme os gostos dele e dos amigos. Ele, se não me engano, a essas horas, já voltou para Porto Alegre. Um pouco mais tarde chegou o Carlos Alberto, um outro gremista, que já morou em meio mundo, inclusive cinco anos na Irlanda, onde conheceu a esposa dele, uma americana de Nova York. Então, ele está aqui há dois anos, trabalhando como gerente em um restaurante. Por fim, chegou o Henrique, o semi-americano gremista que mora aqui, que eu já comentei outro dia que veio pra cá aos quatro anos de idade.
O jogo foi bom e animado, principalmente porque o Grêmio ganhou. Teorizamos sobre o time do Renato, falamos mal dos colorados (óbvio) e calculamos as possibilidades de título. Ah, e óbvio, falamos sobre algumas diferenças, vantagens e desvantagens entre Brasil e Estados Unidos. Por fim, o Ricardo e o Carlos Alberto foram embora, pois tinham outros compromissos, mas como eu e o Mário não tínhamos nada para fazer, aceitamos o convite do Henrique de fazer um churrasco na casa dele. De início, achei que ele ia convidar mais gente, mas foi isso mesmo: nós três passamos no mercado, compramos carne, pão e carvão, e fomos para o apartamento dele, que é todo decorado com bandeiras do Brasil, Rio Grande do Sul e Grêmio. Na verdade acho que ele era mais gaúcho do que eu e o Mário junto, pois ele colocou um CD com coletânea de músicas gaúchas. E assim, ficamos nós três, conversando, comendo churrasco e tomando Budwaiser até tarde, quando fomos embora. Ele mora no centrão de Manhattan e o apartamento dele tem uma bela área com churrasqueira. Como os prédios ao lado são comerciais, ele faz fumaça do churrasco e coloca a música alta sem incômodos... Pois é, é churrasco e jogo do Grêmio em Nova York! Sei, o irônico leitor vai me perguntar: mas e aquele texto que tu escreveu antes de viajar que ia fugir de brasileiros? Pois é, eu sei, eu sei. Eu disse isso, mas também sempre disso que mudo de opinião sem preocupação. Na verdade, aqui tem brasileiro idiota e tem gente boa, como em todo o lugar. Outro dia vou mais a fundo nesse assunto...
Bom, passado o sábado de churrasco e jogo do Grêmio, no domingo fui para o Brazilian Day, que merece um texto a parte, até porque senão o preguiçoso leitor vai olhar o tamanho desse texto e vai dizer "ah, mas é muito grande". Então, deixemos para daqui a pouco....
See yap!

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