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domingo, 25 de agosto de 2013

O fantasma de Lennon

Hoje vi o fantasma de John Lennon. E é sério. A missão desse domingo era simples e convencional: pegar a máquina e sair fotografar o Central Park, com dois objetivos bem definidos - o Central Park Zoo e o edifício Dakota, prédio em que morava e onde foi morto John Lennon em 1980. A primeira missão foi cumprida pela metade. Demorei para achar o tal zoológico, mas chegando lá, descobri que era cobrado ingresso. Então, como no final do ano as crianças virão, deixei para visitar quando elas estiverem por aqui. Consegui, no máximo, tirar algumas fotos de longe, das focas. Depois, dei uma caminhada geral, fotografando as figuras que circulam pelo Central Park em um típico domingo de sol de verão.
Foi assim que fui indo em direção ao edifício Dakota e ao Strawberry Fields, a obra feita dentro do Central Park em homenagem a John Lennon. Sabendo o número da rua, não tem como errar, pois o prédio ocupa toda a esquina da 72 Street com a Central Park West.
De cara, como sempre, comecei a tirar fotos. Depois, cheguei perto e fiquei por ali uns 15 minutos, olhando. Descobri o exato local em que o John Lennon foi assassinado, pois cada turista que chegava ali perguntava ao carinha que trabalha como uma mistura de guardinha e porteiro. "Foi aqui?". "Yes, right here". Fiquei imaginando que esse movimento acontece há 31 anos e meio, desde o assassinato, até hoje. Ou seja, todos os dias do ano, durante todas as horas do dia, e provavelmente algumas tantas da noite, milhares de turistas passam por ali todos os dias. E fiquei pensando na paciência do porteiro, que deve responder às mesmas perguntas centenas de vezes por dia... Mas realmente não tem como não ficar parado ali por um tempo e tentar imaginar a cena do crime.
Eram onze horas da noite do dia 8 de dezembro de 1980 (um ano antes de eu nascer) quando John Lennon chegou ao prédio acompanhado da esposa, Yoko Ono. Dentre a multidão de fãs que se aglomeravam diante do prédio, que é residencial, estava Mark Chapman, que tinha então 25 anos, disparou com um revólver calibre 38 cinco tiros, acertando quatro em Johnn Lennon (na foto, onde está o guardinha e o turista, o local onde Lennon caiu sem vida). Até hoje o assassino, que foi condenado à prisão perpétua, está preso. E o prédio segue ali, sendo visitado por milhões de pessoas todos os anos. O maluco justificou o crime dizendo que estava furioso com as declarações de Lennon, que ele considerou blasfêmia contra Deus.
Atravessando a rua, no Central Park, a procissão a John Lennon continua no Strawberry Fields, a obra em homenagem ao vizinho ilustre assassinado. No dia em que fui, além da multidão de turistas que se aglomera ao redor do círculo, tinha um carinha mais organizado colocando flores na obra e outro tocando músicas de Lennon no violão. Está certo, o cara está ali pra ganhar uma graninha também, mas ele manda bem. E, claro, tem todos os tipos de lembranças com o nome de Lennon sendo vendidas por ali.
O que impressiona mesmo é que o crime aconteceu a tanto tempo, e mesmo assim recebe visitantes de todas as idades, inclusive de gente como eu, que sequer havia nascido quando Lennon foi assassinado. Acho que por um bom tempo a cena do crime e a obra vão continuar movimentadas... Ou seja, creio que o fantasma de John Lennon continuará circulando por ali enquanto houver toda aquela peregrinação...
Bom, depois desse passeio mais reflexivo (pois para você aproveitar, vale a pena ficar um tempo na frente do prédio e sentar na frente da obra e meditar um pouco sobre o sentido da vida) eu segui, tirando fotos das pessoas no domingo ensolarado do Central Park. Aliás, já estou viajando em criar um blog só para as fotos, dividir por categorias, sei lá, por enquanto é só uma ideia, pois aqui coloco poucas, e no Face elas são jogadas, todas bagunçadas e misturadas... Enfim, é tarde, e até segunda ordem, fica só na minha cachola...
Hasta!

1 Comentários:

  • Não mencionaste q fui eu quem pedi pra que fosses lá... hehehehe...
    EU lembro bem do dia do assassinato, morávamos na Bahia, foi mt triste...
    O Mark se decepcionou pq ele não "vivia" as letras das músicas, e ele tentou explicar q formava os versos c/palavras q rimassem; mais ou menos isto q foi dito na época. Um fã louco, c/certeza...
    Pena q não viste a Yoko!

    Por Blogger Nara Miriam, às 27 de agosto de 2013 às 12:41  

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