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domingo, 22 de setembro de 2013

Melhor que filme

Ontem me dei conta de que fazia uma semana que não escrevia nada aqui. É que com o cansaço, as aulas e as coisas que eu tenho que fazer aqui, acaba sendo mais fácil e prático simplesmente jogar as fotos no Facebook do que escrever. Mas, como hoje é domingo, resolvi reservar uns minutos para colocar as coisas em dias. Da última postagem pra cá, a semana foi basicamente de aulas e estudos -
com uma ida no Smithfield na quarta de noite para ver o jogo do Grêmio. Aliás, aconteceu algo inacreditável. No jogo do Grêmio contra o Santos pela Copa do Brasil, o jogo estava nos 40 e tantos do segundo tempo quando eu fui no banheiro. Quando eu voltei, o Grêmio tinha feito o gol da classificação. Na quarta, era Grêmio e Santos novamente, mas agora pelo Brasileirão. Quando deu um tiro de meta para o Grêmio eu disse "vou no banheiro". E o Henrique disse "vai lá que sai o gol". E eu dei risada, pois a bola estava fora de jogo, e era apenas um tiro de meta. Entrei no banheiro e poucos segundos depois ouvi os gritos. Achei que era algum gol nos outros jogos que estavam passando nas outras TVs ou um ponto importante do futebol americano. Mas, ao sair, estavam todos rindo. Era gol do Grêmio. Totalmente absurdo. Mas mais absurdo foi o Grêmio tomar o gol de empate depois...
Saindo do futebol, na sexta-feira fui no Rockfeller Center. Tem um casal de americanos que mora aqui no apartamento, e a mulher trabalha lá como fotógrafa, tirando fotos da turistada, então, ela havia agendado um ticket para mim na sexta-feira às 18h. Cheguei mais cedo e fui tirando fotos da parte de fora, do saguão, do café, da loja gigante da Lego que tem lá (que vai deixar a Larissa louca).
Na verdade, eu só tinha uma folha de caderno onde estava escrito "Ticket, Friday, 20 september, 6PM" seguido do nome dela e o número de telefone. Fui nervoso, achando que, sei lá, iam pensar que eu era um golpista brasileiro tentando entrar de graça, afinal, o ingresso para adulto custa 27 dólares. Entre numa fila gigantesca e comecei a suar frio quando foi chegando próximo da minha vez. Eu teria que apresentar aquele papel e dizer o quê? Ainda mais em inglês! Quando chegou a minha vez, apresentei pra mulher da venda dos tickets o papel e disse "Well, I don't know... I have this paper from Sarah, here there is her phone number and..." A mulher pegou o papel, começou a digitar uns negócios no computador, me deu o ticket e disse "enjoy". Ok. Lá fui eu para o topo do Rockefeler Center.
Bom, se você já viu a vista que se tem de lá em filmes ou em fotos, só tenho uma coisa a dizer: ao vivo e a cores é bem melhor! Você tem a vista de cima em 360 graus de Nova York. As mais impressionantes, e clássicas, são a do Central Park e a do Empire State Building, o concorrente de melhor vista da cidade do Rockfeller. Ainda não fui lá para poder comparar, mas quando for, tento passar meu veredito. Talvez a única diferença é que do Empire você vê o Rockfeller e do Rockfeller você vê o Empire... Sei lá. O fato é que é sensacional. Chamou muito a atenção a quantidade de brasileiros lá. A todo o momento eu via alguém falando português ao redor de mim. Mas o pior foram as fotos que pedi para que tirassem de mim. Acho que pedi pra umas dez ou quinze pessoas diferentes tirarem fotos de mim lá, e praticamente todas tiraram umas porcarias que não deu nem pra postar no Face. Ou pegavam só eu e nada da paisagem, ou pegavam eu, um pedaço da paisagem, mas outro pedaço de parede, e assim por diante.
E o pior foi uma senhora, brasileira, que eu tirei uma foto perfeita dela, daquelas de fazer quadro, aí fui pedir pra ela tirar uma "desse mesmo jeito" pra mim e ela pegou muito aberto, e eu fiquei todo desengonçado, quase não dava para ver o fundo e ainda pegou as paredes ao redor. Olhei e pedi outra, tentando explicar como era. Aí ela tirou uma do meu carão e não dava para ver nada do fundo... Enfim... paciência. A melhorzinha, é a que coloquei de fundo no meu Facebook.
Feito o passeio da sexta-feira, no sábado eu já tinha programado o jogo dos Yankees, do baiseball. Bom, várias pessoas já tinham me advertido que o jogo, em si, era uma chatice. Mas mesmo assim acabei encarando. A partida era contra o Giants São Francisco. Como a temporada termina em outubro, imaginei que era jogo importante. Bom, tenho algumas considerações a fazer dessa experiência:
1) O estádio dos Yankees deixa qualquer arena brasileira de futebol no chinelo. Tem mil áreas de lazer, mesas cheias de flores, restaurantes, várias lojas, Hard Hock Café com instrumentos de famosos, museu, várias fotos dos ídolos do clube, fácil transito por todo o estádio (mesmo se seu lugar fica num setor, você pode andar por todos os outros), escada rolante, elevador, mil pessoas do "How can I help you?" e, ainda, nesse jogo todas as crias ganharam um bichinho de pelúcia dos Yankees, que eu fui pedir para a Lari, mas a mulher me olhou e disse "apenas para crianças".
Quase roubei um de uma cria, mas achei que não valeria o risco de ser preso...
2) Vendem "Cold beer". E como o jogo dura cerca de três horas, os americanos bebem muito. Mas, mesmo assim, ficam as duas torcidas em paz, uma misturada à outra, sem briga. O que me leva a questionar: seria realmente a bebida a causa da violência nos estádios brasileiros? Acho que não...
3) Como disse, a torcida é civilizada, é cheio de mulheres, crianças e famílias. O pessoal de São Francisco, que era bem numeroso, estava todo no meio do pessoal dos Yankees, e num canto, onde havia uma concentração maior de pessoal de São Francisco, não havia nenhuma separação de grades ou coisa assim entre uma torcida e outra...
4) Por outro lado, a torcida é muito mais "expectador" do que torcida. Devia ter umas 30 mil pessoas no jogo e principal grito deles é de "oooooouuuuuuuuu" quando o rebatedor lança a bola para longe.
5) O jogo em sim, é uma chatice, pois só tem praticamente uma jogada: o carinha que arremessa a bola tenta atirar sem deixar o rebatedor rebater e o rebatedor fica tentando rebater e, se acerta, os outros carinhas correm atrás da bola. É isso durante mais ou menos três horas! Muito chato!
6) Eles têm uma história de ídolos lá, um deles foi homenageado antes do jogo: o número 42, se não me engano é Ramirez ou algo assim.
7) O metrô deixa você na frente do estádio.
8) Eles sabem ganhar dinheiro: tem uma loja só com roupas, bolas, tacos e até cadeiras do estádio autografadas para vender por um preço como mil, dois mil, três mil dólares.
9) Como o jogo é chato e para a toda hora, a todo o momento tem música (pelo menos a música é boa, como ACDC, Guns, etc) ou algo para não deixar a torcida dormir. Até os carinhas que entram no meio do jogo para "limpar" o campo entram dançando Vilage People, aparecendo no telão. E, claro, o jogo inteiro a torcida fica aparecendo no telão, o que acaba se tornando uma das principais atrações do jogo (o sujeito fica mais preocupado em aparecer no telão do que com o jogo propriamente dito).
10) Enfim, tudo isso é algo longe de ser compreendido pelos brasileiros, principalmente por alguém como eu.

Bom, tirei o atraso das postagens, então, até o próximo surto de inspiração! Hasta!

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