Uma paisagem em meio ao martírio
Fora solto há seis meses, mas não conseguiu emprego. Sua ex-mulher e filhos o abandonaram pouco antes de ser preso. “Acho que por isso fiz aquela bobagem”, pensava consigo mesmo, enquanto mais uma onda se quebrava ali perto. Quando saiu, procurou emprego em todos os lugares possíveis e imagináveis, mas não conseguira nada. A única oportunidade de sobrevivência quem lhe deu foi a dona de um restaurante, mãe de um ex-colega da prisão. Agora, ele trabalhava das 8h às 20h como garçom e auxiliar de serviços gerais em troca de um salário mísero, um quarto minúsculo e almoço de segunda a sábado. Trabalhava como um condenado ao sofrimento. Por vezes sentia saudades da prisão. Não se cansava tanto lá, atrás das grades.
Jotinha, como era conhecido, caminhava pela praia pensando em tudo isso, quando resolveu sentar em uma pedra, de frente para o mar. E lá estava ele, sentado, meditando, conversando com os deuses, quando olhou para o lado e viu uma garota com o cabelo cor de fogo, sentada com as pernas cruzadas, como uma índia, que lhe olhou e sorriu. Ele sorriu de volta e a partir de então ele tinha algo bom para se lembrar em seu martírio pela vida.
4 Comentários:
Porra alemao!
Mas foi preso porque?
Por Zaratustra, às 27 de julho de 2010 às 07:14
vai sabe.. isso é um enigma...
Por Eduardo, às 27 de julho de 2010 às 09:30
bah... massa o texto Ritter... inovando hein, mas confesso que quando comecei a ler que ele viu uma moça bonita e tudo mais, achei que já vinha tu com tuas putarias... asuhasuhasua...
mas ficou bom assim... massa mesmo...
ah, só pra constar, meu ultimo texto eu escrevi antes de vir aqui ler o teu hein. só to avisando porque acho que eles estão meio parecidos no formato, mas nem tanto na história... hehe...
flw...
Abraço!
Por Mr. Gomelli, às 27 de julho de 2010 às 23:37
quero o final da historia... ficou parecendo que tem "continua no prox..." =p ahuahuahu
Por Thâmara Roque, às 28 de julho de 2010 às 21:19
Postar um comentário
<< Home