D. H. Lawrence
Veja por exemplo a descrição que Lady Chatterley dá para o amante, analisando o membro (na linguagem lawrenciana) ou caralho (na linguagem bukowskiana) que apresenta-se ereto na sua frente:
“- Tão orgulhoso! Tão senhoril! Exclamou Constance [que é o nome da Lady] inquieta. Agora compreendo porque os homens são arrogantes. No fundo, é belo! Um ser diferente de nós! Um pouco amedrontador mas belo! E é a mim que ele quer!
Constance mordia o lábio inferior, tímida eperturbada e Mellors [o amante] contemplava em silêncio o falo sempre ereto.
- Sim, disse afinal em patoá [dialeto]; sim, meu filho [o pênis], tu estas aí. Podes levantar a cabeça! Estás aí e não prestas contas a ninguém. O dono, não é? O meu dono? Tens razão. És mais vivo que eu e falas menos. John Thomas! [o nome que ele dá ao seu pênis] É a ela que queres? Queres a Lady Jane [nome que ele dá à boceta de Lady Chatterly] Tu me fizeste recair, podes vangloriar-te disso. Sim, ergues a cabeça e sorris. Pois toma-a! Entra em Lady Jane! Dize: ‘Portas, abri e a glória do rei entrará!’ Ah! Que escândalo! Um cono! Eis o que queres. Dize a Lady Jane que queres como um cono! Joh Thomas e o cono de Lady Jane!
- Não judie com ele! Exclamou Constance, avançando de joelhos na cama, abraçando a cintura do amante e atraindo-o de modo que os seus seios lhe acariciassem a cabeça do falo ereto. E apertou o abraço.
- Deite-se, disse ele. Deixe-me montar.
Mellor não resistia à urgência.
Depois que voltaram à tranqüilidade, a mulher quis novamente examinar o misterioso falo do homem.
- Oh! Estás agora pequenino e meigo como um broto murcho de vida! Mas como é belo! Tão independente, tão estranho! É tão inocente! E penetra em mim tão fundo! É preciso nunca ofendê-lo, sabe? Ele é meu também, não seu só! Meu, meu! Tão belo e inocente. E Constance acariciava o pênis abatido.
Mellors riase
- Bendito seja o laço que uno os corações num mesmo amor.
- Sem dúvida! Concordou ela Mesmo quando fica pequenino e murcho, sinto meu coração encadeado a ele. E como são lindos os pêlos aqui. Tudo diferente dos outros!
- É o cabelo de John Thomas, não o meu, acentuou ele.
- Oh! John Thomas! John Thomas! Exclamou. Constance beijou o pênis que recomeçava a fremir.
- Sim, concordou o homem estirando-se quase dolorosamente. Ele tem a raiz na minha alma. Às vezes não sei que fazer dele. Teimoso e difícil de contentar-se – mas de nenhum modo eu quereria perdê-lo.
- Compreendo porque os homens têm medo disto, observou Constance. É terrível, sim.
Um frêmito percorreu o corpo de Mellors, com uma onda de vida acumulando-se embaixo. Sentia-se sem forças, enquanto o pênis, às golfadas, inchava, subia, endurecia, até ficar rijo e presunçoso, curiosamente no ar como uma torre. A mulher tremia ao contemplá-lo.
- Tome-o! É seu, disse ele”.
Genial, genial. Vou parar por aqui, senão acabo copiando o livro inteiro. Chega de internet, vou acabar de lê-lo de uma vez.
2 Comentários:
realmente genial... tenho que concordar... hahaha...
muito legal mesmo...imagina se tu não ia gostar né... hahaha...
abraços!
Por Mr. Gomelli, às 9 de julho de 2010 às 00:35
Porra Alemao!
Nao sei porque nao traduziram John Thomas por Braulio eheh.
very good
Por Zaratustra, às 9 de julho de 2010 às 03:07
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