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quinta-feira, 1 de julho de 2010

Seleção brasileira e outras bandalheiras

A Seleção Brasileira joga hoje. Isso é tudo. É o assunto das conversas, dos jornais, dos noticiários da televisão, dos debates radiofônicos, dos e-mails, enfim, é tudo. Alguns até se esforçaram durante essa semana para aparecer mais que a Seleção Brasileira, mas os brasileiros de fato são muito apaixonados por futebol. Sobre os outros assuntos apenas alguns comentários rápidos ou irônicos.
Enquanto o Brasil se preparava para o jogo de hoje, o Grêmio fez fiasco e perdeu para o Coritiba por 2 a 0 em um jogo válido por algum torneio qualquer. Não satisfeito com o fiasco gremista, o Guarani de Campinas tentou superar o time gaúcho e teve um quebra pau lindo de ver durante um treino.
Mas o maior fiasco de todos é a quase comprovação do envolvimento do goleiro Bruno, do Flamengo, no desaparecimento de sua ex-amante (existe ex-amante?). Meses atrás, ele já havia saído com uma frase em defesa do atacante Adriano, quando conseguiu dizer a maior asneira que um homem público pode falar: “e quem é que nunca deu porrada na mulher?”. De fato, ele se superou, e pelo que tudo indica, dessa vez ele exagerou na dose da porrada. Caso se confirme o óbvio (o seu envolvimento no crime) ele deveria ser colocado na ala vascaína do Bangu 1. Homem que bate em mulher não tem culhões. Homem que bate em mulher não merece o respeito nem de um rato. Homem que bate em mulher não é homem suficiente para se meter com outro homem, pois sabe que levará uma surra e chorará feito uma bonequinha. Enfim, homem que bate em mulher é covarde sem valor moral nenhum.
Mas, não foram só acontecimentos futebolísticos e policiais que apareceram em segundo plano na mídia em meio à Copa. Enquanto o time de Dunga treinava em solo africano, acharam um vice para José Serra. Eu já estava até pensando em mandar meu currículo para concorrer à vaga. Minha ficha é limpa e tenho experiência em jornalismo e serviços gerais de hotéis. Ah, e já fui panfleteiro em Porto Alegre, na Otávio Rocha, onde fiquei rouco gritando “Empréstimo na hora sem demora é só aqui senhora!”. Enfim, acho que é mais fácil convencer alguém a votar em mim do que os aposentados do Exército a tirarem um empréstimo que renda uma comissão aceitável.
Por fim, chegamos aqui, ao nosso sempre amado Rio Grande, onde em Passo Fundo, terra do Felipão, vereadores aprovaram toque de recolher para menores de 16 anos. Tentei me lembrar da minha turma de quando eu tinha meus 15 anos. Época áurea, onde as festas de debutantes nos permitiam encher a cara e ficar até o dia amanhecer nos clubes da cidade. Tentei lembrar de algum colega meu do colégio que não freqüentasse festas e casas noturnas. De um grupo de mais ou menos 15, no máximo dois ou três não saíam. No entanto, até onde eu sei, todos estão razoavelmente bem sucedidos, trabalhando, alguns com mulher e filhos. Nenhum virou traficante, dependente de drogas ou bandido por conta das festas que fazíamos. Teve um que até virou vereador, vejam vocês. Será que uma lei vai segurar os hormônios da gurizada? Acho muito difícil. Os vereadores de Passo Fundo terão que distribuir algumas Playboys e vídeo-games para a rapaziada. Mas não precisam esquentar, o Lasier Martins dá uma mão. Um bom jogo a todos.

Texto publicado em A Tribuna Regional desta sexta-feira.

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