Histórias não contadas
Esse texto, que está no site http://assimfalhouzaratustra.blogspot.com/ (ô alemão, reduz aí o número de Patrícias que te devo pela publicidade), resume exatamente o que aconteceu comigo durante a semana toda em que estive em Porto Alegre (quer dizer, ainda estou, vou pegar o busão às 18h). Passei a semana no bar da tia (aquele, que era do tio), posei uma noite no meu amigo Cristiano, fui para a PUC mais ou menos umas três tardes (e cá estou agora), passeei na redenção num sábado ensolarado com parcerias, e fui no Gre-Nal do título gaúcho do Grêmio, inclusive, tendo que ver os jogadores invadirem a sala de imprensa só de cuecas.Só as madrugadas que fiquei no bar, esperando a tia fechar para irmos embora (pois ela só tem uma chave e fechava o bar, em média, depois das quatro da manhã) já renderia muitas e muitas linhas. O Gre-Nal do título gremista, idem. As minhas reflexões acerca da humanidade durante essa semana então, renderia uma obra filosófica para a posteridade. E as conversas cabeça com os clientes do bar da tia, nem se fala. Deveriam ter sido acompanhadas por um jornalista competente, que fosse capaz de transcrever todas as nossas idéias geniais que eram brotadas na madrugada, regada a muita cerveja, cachaça, música e risadas.
Mas enfim, mesmo lembrando agora de tudo isso, não estou muito inspirado para escrever, pois estou remoendo minhas pernas, dobrando-as e esticando-as a todo o momento, pois elas ainda estão cansadas do Gre-Nal. Já minha voz está quase começando a se recuperar. O fato é que resolvi escrever para matar tempo, pois ainda faltam duas horas e meia para o meu ônibus sair, e porque cansa ficar lendo textos acadêmicos e escrevendo academicamente. Inclusive, vi na biblioteca outro desses livros que apontam “as obras da humanidade que você DEVE ler”, e lá também está o chato do James Joyce. Porém, estou me convencendo que, por mais que eu leia textos acadêmicos e obras eruditas, eu jamais escreverei de forma “bonita” e “clássica” (teórico de plantão, vá fazer a sua discussão sobre o termo “clássico” com o cachorro do seu vizinho). Meu linguajar é pobre, e às vezes gosto de usar gírias e palavrões (pois não posso fazer isso na minha dissertação). Portanto, acho que estou na profissão certa: hoje em dia exige-se cada vez menos dos jornalistas no que se refere a repertório lingüístico. Basta uma breve conversa com um desses repórteres de grandes jornais (que na verdade não são lá tão grandes quanto eles pensam) e que crêem cegamente que são deuses por serem capachos que ganham um conto de réis e que sabem tudo sobre tudo e ainda ficam felizes e orgulhosos por isso... Cansei. Aliás, se alguém aí tiver o livro “Os jornalistas” do Balzac, publicado pela Ediouro, estou procurando desesperadamente, e a editora me informou que está esgotado. Uma merda, assim como o título desse texto (não achei outro melhor).
PS: dessa vez vou dar o crédito da foto, pois ela é minha mesmo.
3 Comentários:
Porra alemao! Com essa citaçao talvez eu te perdoe algumas Patrìcias. Umas tres, talvez. Depende de quantos novos visitantes chegarem ao meu blog eheh.
E essa richa que tu tem com o Joyce talvez nao seja culpa dele. Porque dizem que as obras do Joyce eram tao inovadoras que eram quase impossiveis de traduzir. E se algum boca aberta resolve traduzir, entao a culpa è dele.
Eu nunca li nada do Joyce a nao ser trechos, entao nao posso falar muito.
Quanto ao jornalismo, antes de me formar eu ja havia me decepcionado.
Mas o importante è que somos campeos!
Por Zaratustra, às 3 de maio de 2010 às 14:22
Ah, a rixa ali de cima devia ser com X, mal ae
Por Zaratustra, às 3 de maio de 2010 às 14:23
Parabéns pelo blog.
Saudações!
Por Geraldo Brito (Dado), às 4 de maio de 2010 às 09:11
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