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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Uma terapia chamada fazendinha

Encontrei uma terapia. Aliás, inventaram uma terapia. Enquanto não consigo horário com um ou uma psiquiatra, estou me acalmando com a Mini-Fazenda do Orkut. Está certo, meu irmão e minha irmã, esnobes, vão me chamar de pobre antiquado, pois eles têm hotel e restaurante no Faceboock (é com “ck”?). Aliás, nem Faceboock eu tenho. Mas estou feliz com minha fazendinha.
Começo a me preocupar com a falta de emprego, vou lá na minha fazendinha, planto umas abóboras, e melhoro. Fico nervoso que logo o nenê estará aí, chorando no berço, deixando ninguém dormir, vou lá na minha rica fazendinha e planto pimenta. Sinto calafrios achando que vou ter outro “piripaque” no meio da madrugada, volto à minha fazendinha linda e tiro leite das vacas. E assim vou vivendo: plantando, ajeitando a fazendinha, organizando a coisa toda, criando uma cerquinha para os bichos, ajudando a fazenda dos outros, fertilizando a horta dos meus vizinhos, ganhando umas moedinhas e juntando dinheiro para ampliar meu empreendimento. Vejam vocês. Uma rica terapia. Simplesmente esqueço de tudo quando estou entretido com a minha fazendinha. Queria conhecer o inventor desse maravilhoso jogo, capaz de fazer passar um momento de raiva, de tristeza, de indignação, de desespero, de não saber o que fazer. Aliás, é simples: quando me sinto assim, vou na minha fazendinha, e cumpro meus afazeres fazendísticos. Sensacional. Além disso, também estou co-administrando a fazenda de minha noiva, mãe de meu futuro primogênito. Como ela está grávida, além de eu ajudar nos afazeres domésticos da vida real, também planto, vendo e compro na fazendinha dela. Muito legal.
Inclusive, a fazendinha já está entrando no meu plano estratégico de noites sem dormir pós-bebê. Coloco o berço do nenê do lado do computador, e enquanto ele (ou ela) cochila, antes de abrir bem a boca e chorar, eu colho, planto, vendo os ovos das galinhas, tiro leite das vacas, ganho bônus e prêmios! Aliás, acho que substituí a bebida alcoólica pela minha fazendinha. Ao invés de cantar “vou me entorpecer bebendo vinho”, canto: “vou me entreter cuidando da minha fazendinha”. Ou seja, não há nada que essa milagrosa fazendinha não resolva!

4 Comentários:

  • nós pobres e nossas terapias alternativas. No meu caso é a chuva, como está no último texto do blog www.mrgomelli.blogspot.com.

    No teu a fazendinha... hehe...a diferença é que eu não escolho qndo vou ter a terapia, é um tal de São Pedro...tu é só acessar o orkut...

    Bom texto aeee...

    Por Blogger Mr. Gomelli, às 22 de abril de 2010 às 05:50  

  • facebook uxo uxo, e eu tenho um hotel =P

    Por Blogger Carolina, às 22 de abril de 2010 às 10:27  

  • eu ainda uso o àlcool

    metaforicamente.

    Porra alemao!

    Por Blogger Zaratustra, às 22 de abril de 2010 às 15:39  

  • As terapias, em geral, tendem a fazer com que o indivíduo tenha a paciência e a tolerância aos eventos adversos, que antes, ele não conseguia ter.
    As fazendas, colheitas do orkut, em geral, são mesmo bons exemplos [academicamente falando]para a expansão da paciência, relaxam o pensamento e fazem a vida da gente mais divertida, sem calos nas mãos. hahaha

    ;o)

    Por Blogger Juliany, às 24 de abril de 2010 às 22:25  

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