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quarta-feira, 7 de abril de 2010

Correr, correr, correr, pensar, pensar, pensar..

Às vezes algumas coisas acontecem sem explicação. E não estou falando do fato de que serei pai, possivelmente em novembro, ao mesmo tempo em que estará nascendo a minha dissertação de mestrado, porque isso, óbvio, tem justificativa científica, religiosa, fisiológica, sexológica, cegonhógica e por aí afora. Só não vou falar disso agora, porque esse é um assunto sério, que merece um texto a parte. Estou falando de certos “clics” que acontecem, sacam?
Por exemplo, hoje eu estava de bobeira, meditando após assistir ao jogaço entre Manchester e Bayer de Monique (o Bayer perdeu por 3 a 2 mas se classificou para as semifinais da Liga dos Campões para enfrentar o Lyon), pensando se começaria a escrever um artigo para enviar ao Intercom Sul ou se assistiria a um filme em francês para aprimorar o nobre idioma, quando, de repente, fui tomado de uma súbita vontade de fazer exercícios. Não matemáticos. Físicos. Não físicos da física, do tipo, física quântica. Físicos no sentido de educação física. E assim, do nada, fui para o quarto e comecei a fazer apoios e abdominais. Depois alonguei. Quando já estava tão alongado quanto o Pernalonga, fui para a bicicleta ergométrica velha de minha mãe, e fiquei lá, pedalando, durante dez minutos cronometrados. Porém, não estava satisfeito. Queria mais! Vesti um calção, coloquei minha camisa velha do São Caetano (a n° 18, do Ademar) e sai pelas ruas de Santo Ângelo, a correr como um Forrest Gump. Corri, corri, corri, e enquanto corria, pensava, pensava, pensava. Sentia-me leve. Uma criança, praticamente, exatamente como a que vai nascer em novembro. Corri até cansar. Depois disso, caminhei. E, em passos rápidos, passei na casa do meu amigo João, que está morando no Acre e veio passear por aqui por alguns dias, e que me mostrou algumas fotos da cidade em que está morando (acho que é Cruzeiro do Sul o nome), lembramos de algumas falcatruas do passado, contei alguns planos que tenho para meu filho (ou filha), como por exemplo, o fato de doutriná-lo a ser um bom gremista desde cedo, e lá por nove horas da noite, rumei de volta para casa. Chegando aqui, fui ao banheiro, despi-me, fui para baixo do chuveiro, e lá tomei um delicioso banho, com meu corpo cansado, mas com aquele cansaço bom, de satisfação, e, depois disso, assisti ao quase tropeço do Inter contra o Novo Hamburgo na TV, que me renderam boas risadas. E, para completar, há pouco ainda fiz o artigo para o Intercom Sul, que espero que seja aprovado. É, às vezes algumas vontades que surgem do nada mudam um dia. E às vezes outras, mudam uma vida.

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