Ursinho do amor e outras loucuras
Ainda não consigo entender nem lembrar tudo o que se passou naquela madrugada de segunda para terça-feira de uma semana qualquer. Sou casado há cinco anos, tenho um filho de dois anos, e além de minha esposa, a criança e eu, um casal divide o aluguel da casa conosco: o Armando e a Cibeli. O Armando pouco liga para Carmem e eu, mas a Cibeli é toda preocupada. Na verdade, é minha amiga de infância. Na referida noite, minha esposa havia ido viajar com o Rafael, nosso filho, visitar os parentescos em outro estado, e só retornariam no final de semana. Meu primo, Roberto, sabendo disso, me convidou para tomar umas cervejas. Eu nunca fui de sair escondido, aliás, desde que casei com Carmem nunca mais sai sem o seu consentimento. No entanto, achei que não haveria maldade numa saidinha no meio da semana.
O Roberto passou aqui em casa por volta das 10 horas da noite. Fomos num bar aqui perto, e pegamos algumas cervejas. Não muitas, pois o casal que mora aqui dorme cedo. Graças à confiança que tenho neles, expliquei que não falaria nada a Carmem. O Armando topou numa boa, até porque eu sei muitas de suas histórias. Já a Cibeli ficou um pouco contrariada, não achava isso certo, mas acabou topando por conta dos anos de parceria. Além disso, ela também tem uma certa implicância com a Carmem, e com isso juntou o útil ao agradável. Enfim, começamos bebendo ali em casa, conversando alegremente. Depois, saímos para a rua, sem saber aonde ir. Acabamos optando por um puteirinho que tem numa avenida aqui da nossa cidade cheia de casas de festividades. Negociamos o preço, e entramos. De início, uma morena muito parecida com a Sabrina Parlatore sentou comigo, enquanto uma outra morena, porém com a pele mais clara, sentou-se com o Roberto. O papo foi aquele de sempre:
- E aí, curtindo a noite?
- Sim. E aí? – respondi.
- Vai beber algo?
- Uma cerveja.
Ela busca a cerveja, eu vejo aquele rabo gostoso desfilando diante dos meus olhos, acompanho seus movimentos de ida e volta ao bar, até sentar-se novamente ao meu lado, passar a mão no meu peito e dizer:
- Nossa, como você é gostoso.
- E você é muito linda.
- Obrigada. Me paga um drink?
- Quanto?
- 50 reais.
- Quanto??
- 50.
- Espera um pouco, vamos devagar.
Enrolamos as duas o máximo que podemos, até que saem, dizendo que não podem perder tempo, pois estão trabalhando. Uma outra morena, mais velha, com a cara parecida com a do Michael Jackson, senta-se conosco. Eu estou louco para despachá-la, até porque já tinha avistado uma loira gostosa com uma micro-saia perto da porta. Mas a Michael Jackson senta-se bem ao meu lado, e, para piorar, parece que quer papo. Tento não ser grosso. Ficamos ali, ensebando, mas os preços daquele puteiro eram caros em tudo: bebida, drinks, mulheres e quartos. A mulher com o quarto dava 220 reais. Tomamos as cervejas e resolvemos ir, prometendo retornar mais tarde. Nisso, Felipe, um amigo nosso, liga. Passamos para pegá-lo e vamos beber mais um pouco num boteco qualquer. Depois, resolvemos entrar numa boate normal, ou seja, um não-puteiro, numa região boêmia da cidade. Como é terça-feira, são poucas as opções. Acabamos entrando num lugar que tocava samba, pagode, hip-hop e afins. Dias depois fui descobrir que tinha uma banda tocando lá, mas enfim, o local não estava muito cheio. Chegamos num grupinho que tinha três mulheres. Eu abordei uma morena e convidei-a para dançar. As três estavam com a cara muito séria, e eu não lembro o que falei, mas recordo da morena se virando para a amiga, falando em meio às gargalhadas: “esse aqui é muito engraçado”. Mas não rolou mais que isso. “Perdi o jeito de chegar na mulherada”, pensei. Depois, tirei para dançar uma mulher baixinha, de cabelo curto bem escuro, de óculos e com cara de maluca. E o pior que a louca era psicóloga e ficava me olhando de boca aberta, como se eu fosse o Brad Pit. Achei que era só pegar, mas não rolou também, até porque estava bêbado demais para articular frases impressionáveis e bolar alguma cantada. E também estava cansando de dançar. Resolvemos sair, pois não restavam muitas opções naquele lugar. Voltamos para o bar e bebemos mais algumas, planejando para qual puteiro iríamos. Passamos na frente de um, mas como haveria um jogo importante na cidade, estava lotado com jogadores, torcedores e comissão técnica de um dos times locais. Resolvemos ir até outro, mas o Felipe desistiu no meio do caminho, e o deixamos em casa.
Entramos no outro, na mesma Avenida, já devia ser quase quatro da madrugada. Para a nossa felicidade, só havia mulheres. Nós dois sentamos, mas pelo visto elas não estavam muito afim de trabalhar. Duas delas, apenas com um fiapo tapando o sexo, dançavam sensualmente agarradas naquele ferro onde elas fazem strip. Roberto e eu pedimos uma cerveja. Como elas seguiam sentadas em suas mesas, fiz sinal com o dedo para uma loira. Ela veio acompanhada de uma morena, que entregou ao meu primo, e sentou-se comigo. O papo foi aquele de sempre, no entanto, enquanto conversávamos, vi uma morena magra, corpo malhado, cabelo bem liso e escuro até a cintura, passar dançando feito uma cobra na minha frente. Tentei me concentrar na loira, mas não teve jeito. Enquanto observava aquele corpo magnífico serpenteando, acabei perguntando:
- Quem é ela?
- Ah, é a Micheli.
- Hmmmmmm.
A loira viu que eu babava.
- Quer que eu chame ela?
- Sim – respondi instintivamente.
Ela foi lá e me trouxe a Micheli. Confesso que gaguejei diante daquela mulher. Já sem saber o que falar, com a imagem dela dançando docemente na minha frente fresca na minha memória, acabei convidando-a para dançar. Eu a segurava pela cintura enquanto ela esfregava aquele rabo venenoso no meu pau, que a essa altura já estava saindo pelas calças. Foi rebolando desse jeito que ela pediu com muito jeitinho um drink. Nem perguntei quanto era e mandei vir. Nossa, eu dava a minha alma por uma noite com aquela morena. Esqueci tudo. Esqueci a Carmem, o Rafael, a merda dos meus sogros, meus falecidos pais, meu passado, meu presente, meu futuro, meu trabalho, tudo. Só queria ela. E ela espertamente sabia disso. Não faço a mínima idéia de quanto tempo dançamos, mas lembro que saímos do bordel levando as duas. Não sei porque cargas d’água fomos parar numa loja de conveniência dum posto de gasolina, provavelmente para comermos algo. Roberto me chamou de canto e perguntou:
- E aí?
- E aí – respondi.
- A tua faz por quanto? – ele me perguntou.
- Ela falou 170.
- A minha diz que faz por 140.
- Você tem grana? – perguntei.
- Tenho. E você?
- Bem… aqui não. Mas tenho o cartão lá em casa.
Nisso, as duas vêm em nossa direção. A Micheli me abraça e me beija. Eu fico com o pau mais duro que uma rocha. Se precisasse, eu assaltava aquele posto por ela. Foi então que perguntei para o Roberto se ele me levava até em casa para pegar o cartão. Como ele também estava completamente bêbado, aceitou. Atravessamos a cidade, e eu, quase cinco horas da manhã, entro em casa, acordo todo mundo, reviro minhas coisas e acho o cartão. Saio sem dizer nada enquanto os três me aguardam no carro. Entro e dou um longo beijo em Micheli, feliz da vida. Voltamos para a mesma loja do mesmo posto onde havia um caixa eletrônico. Saco exatos 170 reais, até porque o resto eu já tinha gasto. Nisso, Micheli me beija de novo e aponta para um ursinho de pelúcia, com um coraçãozinho escrito “I love you”, em uma estante:
- Olha só que amor.
Os olhos dela brilhavam. Quer dizer, não sei se brilhavam mesmo ou se era o álcool no meu cérebro que faziam brilhar mais do que qualquer estrela. Não resisti:
- Você quer?
- Quero! – gritou ela euforicamente como se fosse uma garotinha de 5 anos. Aquilo me comoveu mais ainda. Perguntei para a caixa quanto era. 30 reais. Quando eu disse “vou levar”, o Roberto por um segundo despertou do trago e começou a berrar:
- Você ta louco meu irmão!??!! Ficou maluco!!?! Vai gastar 30 reais com isso! O cara, se liga porra!!!
Eu só ria. A caixa também. E a Micheli abraçava o ursinho como se fosse nosso filho. Já o Roberto estava com os olhos arregalados, em pânico, tentando me convencer a não comprar. “Mas ela quer”, disse para ele categoricamente e paguei os 30 reais no caixa. Micheli me beijou, como se nosso filho tivesse nascido. “É o nosso Juninho”, falei para ela, e a abracei. Olhei para o seu rosto e vi duas bolinhas profundas e vermelhas de emoção. Senti então que, se já não era mais capaz de fazer Carmem feliz, poderia levar alegria a alguma mulher da vida carente.
Fomos para o carro e dali seguimos para um motel. Subimos as escadas. Eu estava ansioso para ver aquele corpo nu. Entramos no quarto e ela até esqueceu de cobrar adiantado, como geralmente fazem. Nos beijamos loucamente e tiramos as roupas aos poucos. Eu a beijava furtivamente, nem fazia questão que me chupasse de início. Enfiei minha mão na boceta dela, e por Deus, estava completamente molhada. Comecei a esfregar meus dedos na parte superior da boceta e ela gemia e pegava no meu pau, enquanto nos beijávamos. Há quanto tempo eu não tinha um sexo assim com Carmem! Então ela pegou a camisinha, que eu confesso que se dependesse de mim nem lembraria, e a colocou com a boca. Depois, veio por cima, e rebolava em meu pau, enquanto eu passava a mão na sua barriga magrinha e malhada e nos seus pequenos peitos, que de vez em quando eu engolia e lambia os mamilos enquanto ela gemia. Não faço idéia de quanto tempo durou, mas sei que trocamos de posições varias vezes, de quatro, de pé, sentado, deitado, e eu, talvez pela bebida, talvez pelo cansaço, mas com certeza para a minha sorte (e a dela também) demorei para gozar. Quando gozei achei que fosse desfalecer. Vi as luzes entrando pelas frestas das janelas e percebi que já era de manhã. Conversamos alguns minutos e quando achei que ela fosse querer ir embora, começou a me chupar de novo. E quando meu pau ficou duro, ressurgido das cinzas, e comecei a trabalhar por cima enquanto ela gemia, ouvi uma buzina. “Filho da puta”, murmurei. Abri a janela pelado e comecei a gritar:
- Vai se fuder, caralho! Deixa eu fuder aqui, porra!
Alguém lá do portão de saída do motel gritou:
- Cala a boca!
Quando me virei para a cama, ela já estava se vestindo. Foi então que se ligou para me cobrar. Fui dar os 140 que sobrou e ela:
- A gente combinou 170.
Eu olhei par ao nosso Juninho e apontei:
- 30 é dele.
Ela concordou e saímos. Ao entrar no carro, estava indignado:
- Porra, tu fudeu com a minha foda.
Todo mundo no carro se mijava rindo enquanto eu esbravejava.
- Quando começamos a segunda tu começa a buzinar, porra!
- Mas os caras ligaram! Deu três horas! Eu não tinha dinheiro para mais – explicou o Roberto.
Bom, na hora eu nem pensava em dinheiro, e segui indignado. Deixamos as duas numa rua qualquer do centro. Na despedida, um longo beijo, como se eu fosse para a guerra. Ela, vendo que eu estava completamente bêbado, pegou meu celular e salvou o seu número com o nome. Na despedida, dei mais um beijo nela e um tapinha na cabeça do ursinho:
- Cuida bem do nosso Juninho.
Uma lágrima caiu de seus olhos enquanto começava mais uma terça-feira da vida.
3 Comentários:
Porra alemao! Esse fronza jr è o novo buk brasikeiro
Por Zaratustra, às 18 de abril de 2010 às 23:44
Porra Ritter! [tive que falar assim... sem eufemismos] Você tá cada dia mais pervertido!
O teu filho nunca vai poder ler esse blog! Pelo menos nos próximos 18 anos!
huahauhauahua
Bjs
Por Juliany, às 19 de abril de 2010 às 19:16
Gostei muito!!!!!
Por Dennya Carvalho, às 22 de abril de 2010 às 10:33
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