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sábado, 22 de agosto de 2009

Leituras, leituras, leituras...

Já falei outras vezes aqui da piração orgasmática que é ler dois livros de temas diferentes ao mesmo tempo. Porém, inconscientemente comecei a fazer algo que, pelo que me lembre, nunca havia feito: estou lendo três livros sobre temas diferentes paralelamente, além dos textos acadêmicos (folhinhas de xérox, apostilas, etc). Como estou fazendo aulas apenas nas terças e quartas-feiras, na quinta-feira fui para a biblioteca da PUC para pegar dois livros na qual tinha curiosidade de ler. O primeiro é “A dama do cachorrinho e outros contos”, do Tchekhov. Tudo pela propaganda que o professor Juremir fez do escritor russo na Feira do Livro do ano passado. Desde então, estava curioso para ler alguma coisa do cara. Além desse, também queria ler “Os ratos”, do gaúcho Dyonélio Machado. Esse, tive a vontade de ler desperta após terminar um dos textos do livro Galeria Fosca, do Erico, mencionado no post anterior, quando ele fez uma puta propaganda do seu contemporâneo. No entanto, enquanto estava procurando esses livros nas estantes da biblioteca, encontrei um terceiro: “Porto Alegre em contos”. É simplesmente e obviamente uma coletânea de contos com textos de diversos escritores gaúchos sobre a capital do estado, como Caio Riter (com um “t” mesmo), Moacyr Scliar, Sergio Faraco, Charles Kiefer, etc. E com isso, estou lendo esses três livros paralelamente. Leio algumas páginas de um deles ao acordar, outro tanto de outro depois do almoço, e alguns trechos do terceiro no final da tarde. Já à noite, dedico meu tempo às leituras acadêmicas...
Hoje, por exemplo, além dos três livros, estava lendo há pouco um dos xérox da disciplina de Formação de Opinião Pública. Ah, e ainda tem alguns textos que estou lendo para a dissertação. E, como estou desempregado (como se precisasse dizer, pois só um desempregado teria tanto tempo para ler...) comprei a Zero Hora de domingo para ver se encontrava algo na qual eu me encaixasse... Conclui que as ciências humanas não estão muito em alta nos classificados... As vagas de comunicação eram para publicitários. A palavra jornalismo não existe nos classificados. Cheguei a cogitar fazer o concurso da Polícia Rodoviária Federal... já pensaram eu, um policial rodoviário federal? Viajei um pouco na idéia, mas a concorrência é grande e qualificada, até porque o salário é mais de cinco mil reais por mês, além dos benefícios e aquela histórica toda. Enfim, depois li a matéria sobre a mística do Olímpico, pois nesse ano o Grêmio venceu oito e empatou duas jogando em seu estádio pelo Brasileirão, e amanhã estarei lá, para ver a nona vitória no ano. Em compensação, quando o jogo é fora... Enfim, ainda falta ler as colunas do David Coimbra, Martha Medeiros, etc, além dos blogs que estão nos meus “favoritos”.
Só para encerrar, vou fazer um breve comentário de um dos textos de um dos livros que estou lendo. Chorei rindo lendo “Do diário de um auxiliar de guarda-livros”. Caraca, muito bom esse texto, escrito pelo Tchekhov em 1884. O auxiliar de guarda-livros fica esperando que o guarda-livros morra, para ele se tornar o guarda-livros oficial. São textos curtos e muito bem humorados. Só para dar uma lasquinha, vejam só que genial uma das anotações do auxiliar de guarda-livros:
“4 de junho de 1878. Os jornais escrevem que apareceu peste em Vietlianka. Segundo as notícias, há gente morrendo em quantidade. Por esse motivo, Glótkin está tomando vodka com pimenta. Mas, é pouco provável que tal remédio adiante para um homem tão velho. Se vier a peste, desta vez serei certamente o guarda-livros”.
Uma pitadinha de humor-negro: se a gripe suína prosseguir conforme as previsões apocalípticas globais, em breve estarei empregado...

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