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quarta-feira, 29 de julho de 2009

Bateria de filmes

Como já mencionei outras vezes, adoro filmes, no entanto, estou longe de ser um especialista em cinema. Vejo o filme e simplesmente gosto ou não gosto. Dependendo do resultado, dou uma pesquisadinha básica no Google para saber algo mais sobre o tema ou sobre o filme em si.
Desde que cheguei a Santo Ângelo, há uma semana, estou tentando tirar os atrasados da lista de filmes que gostaria de ver, já que em Porto Alegre a nossa TV sequer tem entrada para DVD. Assistir filmes no computador então, nem pensar, pois mal funciona o Explorer, MSN e Word. Ligar os três juntos é fora de cogitação. Quanto ao cinema, humpf, com a minha situação financeira atual, é simplesmente sem chance. Portanto, tenho que aproveitar agora, que estou no conforto da casa dos meus pais, com os aparelhos de TV e DVD devidamente conectados, para tirar o atraso cinematográfico. Aliás, meus dias aqui tem sido regado a chá e xarope para a gripe, muitos filmes, namoro com a noiva, fogo na lareira, e vez em quando até substituo o xarope pelo vinho, o que é uma boa para o paladar e para o cérebro, mas não é muito útil para curar minha tosse sem fim.
Mas chega de papo furado e voltemos aos filmes. O primeiro que assisti, logo que cheguei, foi o “Hotel bom pra cachorro”. Explico: assisti junto com a minha filhota de coração, Laura, ou simplesmente Lalá. Ou ainda, Lalainha ou Bebeinho para a Cris e eu. Enfim, achei um bom filme para crianças. Depois, assistimos a “Marley e eu”. Muito bom também. Fechando o ciclo de filmes em família, assisti “Noite de Tormenta”. Trata-se de uma mistura de drama com romance. Pelo título achava que era uma espécie de terror com aventura, mas não é nada disso não. É muito mais uma história de amor e recomeço, no entanto, com um final emocionante, mas triste. Um excelente filme que recomendo a todos os leitores e não leitores desse blog.
Depois que passou o final de semana, aproveitei o tempo livre para pegar alguns filmes que estavam anotados no meio do meu caderno, indicado por professores ou colegas.

O primeiro deles que vi foi “O leitor”. Tenho tanta coisa para falar desse filme que até acho que não vou falar nada, porque as palavras e os pensamentos se perdem em meu cérebro, correndo de um lado para o outro de forma rápida e desenfreada... Mas enfim, vamos contar até três e tentar sistematizar alguma coisa coerente. Quatro considerações rápidas:
- Com certeza está entre os 5 melhores filmes que já vi na vida;
- Aborda com profundidade uma série de temas que me interessam muito, como: amor para a vida toda; momentos curtos, simples e inesquecíveis; fidelidade, no seu sentido mais puro, e não no concebido nos pensamentos massivos e estereotipados; segredo; confiança; decepção; emoção; saudades, com momentos que marcam uma alma para sempre; lembrança; solidão; filosofia; pensamentos; e ainda por cima, aborda um tema histórico que é a Alemanha pós-nazismo. Tem um artigo escrito em conjunto pelo Arion Fernandes e a Júlia Rambo, sobre o livro e o filme, no blog da Usina de Idéias da Unijuí (http://usinacomunica.wordpress.com/page/3/ - é o post do dia 6 de maio) que está melhor escrito, com outros dados, opiniões e tudo o mais, porém, como ainda quero falar sobre os outros filmes, fica a recomendação para a leitura desse texto.
- Para mim, particularmente, é um filme que injeta na veia tudo o que se refere aos mais variados tipos de sentimentos, e, principalmente, à luta contra o preconceito, especialmente quando há um caso de amor envolvido nele. Acho que por isso considero esse um dos melhores filmes que já vi. Talvez outras pessoas não sintam o mesmo, mas como disse, para mim, foi uma dose de sentimentos injetados direto na veia. Inclusive, há várias cenas simplesmente sensacionais. Numa delas, que me ocorre agora, é a que o garoto está sentado na mesa, jantando com a família, e uma série de flashes com imagens dele fazendo amor com a “namorada”, 20 anos mais velha, começa a invadir o seu cérebro. É o amor mais puro que pode existir entre um homem e uma mulher: apesar de todas as diferenças, eles se amam; se sentem bem um com o outro; e não estão nem aí para o resto do mundo, o passado, o presente e o futuro. São só os dois tentando se entender, se amando, um estimulando e MUDANDO a vida do outro e a forma do outro ver o mundo. Algo sensacional, sintético e tocante.
- Imperdível.

Bom, como escrevi além do que esperava, vou falar rapidamente sobre os outros dois filmes que vi, que também são muito bons. Um deles é “A Rainha”, indicação do meu orientador, Antonio Hohlfeldt, sobre o tema opinião pública. Como vou fazer uma disciplina que aborda esse assunto no próximo semestre, tratei de assisti-lo. Além de tratar desse tema de forma espetacular, ainda apresenta magistralmente acontecimentos históricos envolvendo a morte da princesa Daiana.
Por fim, o filme que acabei de ver, que também aborda a 2ª Guerra, é “O Menino do Pijama Listrado”. Limito-me a dizer aqui que esse filme confirma o que sempre digo, que para mim é a verdade das verdades: os maiores filósofos da humanidade são, sempre foram, e sempre serão as crianças. Também considero a maioria dos idosos como grandes filósofos e sábios, mas a forma pura e mágica como as crianças vêem as coisas é algo impressionante, e isso é a base desse filme. Inclusive, é de tirar o chapéu a atuação dos dois atores que interpretam os meninos (ambos de 8 anos), já que eles participam de praticamente todas as cenas dos 94 minutos de filme. Mas a história, que assim como no caso de “O leitor”, é a adaptação de um romance, é simplesmente tocante. Como já me empolguei, contarei aqui, resumidamente, que o enredo é composto a partir do ponto de vista de um garoto, de 8 anos, que é filho de um solado alemão do governo nazista que passa a controlar um dos campos de concentração. O garoto pensa que o campo de concentração é uma fazenda e que os prisioneiros são pessoas que passam o dia inteiro de pijama. Ele acaba conhecendo e ficando amigo de um garoto judeu, que está do outro lado da cerca, dentro do campo. Nenhum dos dois sabe ao certo o que está acontecendo, portanto, os diálogos deles são os mais curiosos possíveis. Mas não vou contar aqui, vou deixar que quem ainda não viu o filme, veja.
Ah, e no meio disso tudo, esqueci de mencionar a “fita” que meu pai ganhou: “Os Intocáveis”, que trata da máfia do tempo da Lei Seca norte-americana, com a ilustre presença de Al Capone. Como já passei da conta, faço um resumo do resumo da minha opinião sobre esse longa: ótimo. E para o final de semana já tenho reserva para ver mais um bom filme, dessa vez ao lado da minha noiva, com um título bem sugestivo: Por Amor.
Como diria o Patolino (ou era o Gaguinho? Ou o Hortolino?): por hoje é isso pessoal!

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