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domingo, 19 de julho de 2009

O novo Gre-Nal do século


Bom, como estou embarcando rumo às Missões amanhã e possivelmente só vou postar algo novamente lá por quarta ou quinta-feira, e como também estou cansado e tenho bastante coisa para arrumar (se a Cartolina chega aqui e o meu AP ta bagunçado ela me mata), vou reproduzir aqui a coluna que acabei de enviar para o Jornal das Missões, já que queria escrever sobre o Gre-Nal, e teria muito mais do que isso para dizer, mas por hora é só isso que vai para você, nobre leitorinho tupiniquim. Salve o Máxi!
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Os colorados passaram pouco mais de 20 anos dizendo que haviam vencido o Gre-Nal do século, aquele disputado no início de 1989, mas ainda válido pelo Brasileirão de 88. Mas agora, o Gre-Nal do século não seria o disputado no final de semana em que o clássico realmente completava 100 anos? Além desse atrativo, o jogo também era um divisor de águas para Grêmio e Internacional nas pretensões de ambos no Campeonato Brasileiro. Então, ao menos para os gremistas, esse é o novo Gre-Nal do século, até os próximos 100 anos.
FESTA GREMISTA
Após exatos 10 anos assisti a um Gre-Nal no Olímpico novamente. A última vez em que havia assistido ao clássico ao vivo e a cores, foi exatamente pelo Brasileirão de 1999. Difícil dizer qual foi melhor, já que naquele ano o Grêmio venceu por 1 a 0 com um gol de Zé Alcino aos 44 minutos do segundo tempo, após cobrança de escanteio de Ronaldinho Gaúcho.
Porém, considero que a festa do último domingo foi muito maior. Após o gol de Nilmar, um clima de pânico se instaurou silenciosamente na maioria dos espaços gremistas do Estádio Olímpico. Confesso que imaginei duas coisas: uma nova goleada ao estilo dos 5 a 2 de 1997, e a aposta que fiz e que iria perder impiedosamente. Obviamente, não era dinheiro, até porque não faço idéia por onde ele anda, mas enfim, era algo importante. Pensando agora, concluo que realmente confio no Grêmio...
E talvez por medo de levar outra goleada, ou talvez de perder a aposta, que quando o árbitro marcou a falta no Tcheco, eu, acompanhado de toda a parte azul do estádio, comecei a mimetizar que um gol estaria nascendo naquele momento, num pequeno milagre da humanidade. E a cobrança de Souza com perfeição, mostrou que a fé, mais do que mover montanhas, derruba galáxias e galácticos. O primeiro tempo terminou, e mesmo assim o meia Tcheco saiu de campo esbravejando: “Nem parece que estamos jogando um Gre-Nal! Temos que ir para cima!”. Pelo jeito a conversa no intervalo resolveu, e o Grêmio voltou melhor na etapa final. Apesar disso, o gol teimava em não sair. Achava que ia presenciar algumas dezenas de ataques cardíacos ao meu redor, mas o que vi foi a panela de pressão do estádio Olímpico finalmente explodir em 2009 aos 24 minutos do segundo tempo, com um gol de cabeça de Máxi Lopez. Depois, restaram 20 minutos para a torcida gremista dar seu show particular nas arquibancadas, enquanto 22 homens de azul e vermelho corriam atrás da bola lá embaixo, no gramado verde do Monumental, palco do novo Gre-Nal do século. E graças ao gringo alemão, eu ganhei a aposta! Esse Máxi é o cara!

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