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segunda-feira, 11 de maio de 2009

Eu não confio neles


Lancherias, restaurantes, supermercados, minimercados e laboratórios de informática. Eis um conjunto de estabelecimentos que, se não fosse pela necessidade, eu sempre passaria longe. Atravessaria a rua para não ter que encará-los, inclusive. Comecemos pelos dois primeiros: lancherias e restaurantes. Lancherias, no gauchês. Da fronteira com Santa Catarina para cima, lanchonete. Não sei porquê, mas para mim lanchonete sempre me soou a marca de margarina. Enfim...
Já desisti de contar quantas vezes recorri aos serviços de lancherias e restaurantes e acabei me frustrando. Você fala com todas as letras “eu quero A + B sem ovo e nem maionese”, e os caras trazem C + D, e pior, ou com ovo, ou com maionese, ou com os dois! Pensei até em encomendar com a minha amiga terrorista Lara aquelas plaquinhas que ela usou na formatura para identificar quais eram os doces “sem ovo”. Antes de ir a um restaurante, eu colocaria um boné e penduraria em cima a plaquinha “sem ovo”. Mas daí é possível que pensem que eu não tenho ovos, melhor não... Realmente, essa ideia da plaquinha não foi uma boa ideia. No entanto, não cometerei injustiças. Existem alguns poucos restaurantes e lancherias (e incluem-se aí também as pizzarias e afins) que entendem português e capricham no cardápio sem ovo e sem maionese. E por isso que eu me torno freguês assíduo desses estabelecimentos, como por exemplo, uma lancheria aqui perto de casa que faz X sem ovo e sem maionese. Eu chego lá, o cara me olha e já diz: “já sei: X de coração sem ovo e sem maionese”. Ou senão, a Padaria Pão Sul, lá de Santo Ângelo, onde compro desde os, sei lá, 10 anos. Essa questão parece simples, mas não é. Em outra lancheria, aqui perto mesmo, depois de eu ter dito umas 20 vezes que NÃO POSSO COMER NADA COM OVO NEM NADA QUE VÁ OVO PORQUE TENHO ALERGIA, esses dias fui pegar uma a la minuta SEM OVO E SEM MAIONESE. Só que quando cheguei em casa, abri o tal do pote, e em cima do bife e do arroz não tinha ovo, porém, havia resquícios do ovo. Ou seja, tinham colocado, aí, sei lá, imagino que tenham lembrado que era sem ovo, e tiraram a merda do ovo de cima da comida. No fim, só comi o que estava abaixo da linha do ovo. Para você, leigo em alergia a ovo, explico: se tiver resquícios de ovo, também faz mal, inclusive, já aconteceu diversas vezes de não ter ovo, por exemplo, no X, mas só de fritar o dito cujo na mesma chapa da carne, já está criado o quadro catastrófico. Mas chega de falar em lancherias e restaurantes.
Vamos agora ao segundo grupo: super e mini-mercados. Eu chego no dito estabelecimento, pego aquelas cestinhas, bem “inhas” mesmo, encho-as com 4 pãesinhos, dois litros de Coca, um pacote de batata palha, e me dirijo para a menor fila do caixa. É só eu me fixar em uma fila, que algo acontece. Ou o cliente que está sendo atendido briga com a atendente, ou tranca a maquininha, ou a pessoa que está sendo atendida esqueceu alguma coisa e pede para a avó, de 80 anos, ir procurar, e depois de meia hora ela volta, e por aí vai. E enquanto isso, eu fico vendo as filas gigantescas dos caixas ao redor andarem, até que elas ficam menor do que a minha. Isso tanto nos grandes mercados, como Carrefour, Nacional ou Zaffari, quanto no mercadinho ali da esquina.
E por fim, chegamos ao laboratório de informática. Em especial, o da universidade. Quando preciso imprimir algo, chega a me dar um frio no estômago. Hoje descobri que tinha um problema na minha conta. Explicarei-me-ei: nós, estudantes, podemos imprimir 20 cópias por dia. Só que, às vezes eu ia imprimir umas 15 páginas, chegava num ponto X, e não ia mais. E eu, como sempre, ia lá pedir para o laboratorista me ajudar, e todo esse processo, que inicialmente era para ocupar uns 10 minutos, acaba ocupando no mínimo meia hora. E hoje descobri que havia um problema na minha conta: meu cadastro estava limitado a 10 páginas. O porquê disso, não faço a mínima idéia. Mas disseram que vão corrigir. No entanto, hoje fui imprimir faltando 15 minutos para a aula, e disseram aquela frase mágica “o sistema está fora do ar e vai demorar a voltar”. Pffffff.
Restaurantes, super-mercados, laboratórios de informática, lancherias e mini-mercados: sempre acontece algo estranho nesses lugares.

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