Só na catega
Talvez você tenha lido esse texto, já que ele foi publicado inicialmente na coluna da Zero Hora do Wianey e foi reproduzido pelo David Coimbra em seu blog (no do David, não no seu, nobre leitorinho tupiniquim). Coloco aqui, a explicação da coisa toda, feita pela David:
“Eduardo Bueno, o famoso Peninha, foi processado pelo árbitro Carlos Simon por causa de seu livro (do Peninha), "Grêmio — Nada Pode Ser Maior". Semana passada, Wianey Carlet divulgou em Zero Hora o resultado do processo — a favor do árbitro. Peninha escreveu uma carta aberta ao Wianey a respeito da coluna. Um texto engraçado e irônico, como sempre (...)”. Independente de você gostar ou não de futebol, vale a pena ler. Bom, segue o texto, literalmente copiado do blog do David, que literalmente pegou da coluna do Wianey.
“Meu caro Wianey:
É ainda sob forte impacto emocional e talvez até “distorcido pela paixão” que passo a responder tua comovedora coluna de sábado último, na qual me fizeste elogios tão generosos quanto desproporcionais, e que me levaram às lágrimas, pois evocaste os belos momentos que compartilhamos em exíguos quartos de hotel de todo esse planeta-bola — atrás da qual tanto corremos. Mas, mesmo sob forte emoção, não posso deixar de fazer pequenas ressalvas ao que escreveste. Vamos a elas:
1) Não chamei Carlos Simon de “ladrão”. Escrevi, isso sim, que ele fazia parte da “infame estirpe dos juízes que surrupiaram o Grêmio” (Ih será que não podia repetir isso? Bom, foi só a título de exemplo). De qualquer sorte, independentemente da decisão da juíza, posso assegurar que essa é a opinião de 99,9% da torcida do Grêmio e que processo algum irá modificá-la. Pode abrir votação,
2) Não disse que “a paixão envolvida permite visões distorcidamente parciais”. Foram meus advogados que disseram. Os mesmos que solicitaram que eu não me manifestasse sobre o caso até seu desfecho. Tomada a decisão da juíza, embora ainda caiba recurso, julgo ter chegado a hora de falar, e o faço através da tua coluna,
3) Não sou em quem terei que “desembolsar quase 15 mil”. Tal quantia será dividida entre mim e a Ediouro, que publicou a obra. A um pedido meu, creio que a editora arcaria sozinha com esse elevadíssimo custo. Mas não pretende fazê-lo. Faço questão de “desembolsar” o dinheiro já que, para mim, o próprio título de tua coluna, “Condenação”, soa quase como “Condecoração”, pois considero um galardão, um prêmio, um presente ser processado por alguém da estatura de Carlos Simon.
Por vários motivos:
1) Porque tenho a esperança de que o referido profissional use o dinheiro para fazer cursinhos de atualização em arbitragem, de forma que passe a errar menos, em especial contra o Grêmio,
2) Porque me inspirou para escrever o livro “Os erros de Carlos Simon”, que será lançado em breve com a disposição altruísta de que a rememoração do extenso rol de suas falhas o leve aprimorar-se em sua profissão,
3) Porque descobri que Ricardo Teixeira e a Comissão de Arbitragem da CBF — que eu desconhecia serem letrados — leram meu livro Grêmio: Nada pode ser maior. Como costumo tratar bem meus leitores, vou enviar-lhes um exemplar da nova obra. Enviarei um também para a Confederação de Futebol de Gana.
4) Porque o caso me inspirou a criar um site, errosdesimon.com. aberto a atualizações do público em geral, já que o livro não conseguirá acompanhar a rapidez com que o panorama se modifica.
5) Porque vou reescrever o livro Grêmio: Nada pode ser aior, extraindo a frase capada pela Justiça e, no lugar dela, acrescentar um apêndice com todos os erros do supracitado árbitro contra o Grêmio — sempre na tentativa de que ele se aprimore. O livro já vendeu 23 mil exemplares, mas sei que a torcida do Grêmio comprará muito mais da nova edição,
6) Porque disposto a ajudá-lo a se aprimorar também na profissão de jornalista — que diz exercer, embora eu nunca tenha lido nem mesmo a frase “Ivo viu a uva” escrita por ele —, venho lançar de público, através de tua prestigiosa coluna, um desafio: ele escreve um livro e eu apito um Grenal e veremos quem erra menos. (Desde criança, meu sonho sempre foi apitar um Grenal...). Se o desafio for considerado despropositado, sugiro então um debate público sobre o tema: “O que leva uma criança a decidir ser juiz de futebol?”
7) Por fim, porque tal processo com certeza unirá nossas trajetórias profissionais por um bom tempo e haverá de servir de estímulo para nos aprimorarmos no exercício de nossas atividades — levando mais longe o nome do Rio Grande. E, se, por ventura, as obras que pretendo escrever sobre o referido árbitro — sempre, repito, no intuito de aprimorá-lo no exercício de sua dura faina – vierem, por algum motivo, a ser censuradas, os processos daí decorrentes certamente irão deflagrar estimulante debate sobre os limites da liberdade de expressão. Tenho certeza de que tu, caro Wianey, e a prestigiosa Zero Hora, na qual tanto labutei, não vão querer ficar fora dessa.
Atenciosamente,
EDUARDO BUENO"
1 Comentários:
a ursa è uma guria que fez facul comigo.
e nao entendi, como que meu blog vai dar audiencia pro teu?
Por Zaratustra, às 24 de abril de 2009 às 07:01
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