.

sábado, 25 de abril de 2009

Será?


Minha ermã (estou seguindo a família do meu pai, o seu Nabuco, onde todos falam “ermão” e “erma” com “e” mesmo) estava se queixando de limpar a casa, agorinha pouco, não faz 39 segundos. Eu disse pra ela ficar tranquila, já que ela vai para o céu, apesar de que, como eu disse alguns posts atrás, não acredito em inferno, purgatório e céu. Acho a idéia sensacional. Inclusive, durante a graduação li toda a descrição feita genialmente pelo Dante Aleghieri, em Divina Comédia, escrita em 1300 e alguma coisa. Aliás, a exemplo dessa obra, acredito que a bíblia é uma excelente metáfora de tudo que aconteceu. Pelo número de páginas, por se tornar o livro que segue entre os best-sellers por mais de séculos, também a considero a maior de todas as obras literárias. Não estou dizendo aqui que não acredito em Deus, longe disso, só a existência dele me faz acreditar que é possível um planeta que não se cansa de andar ao redor do sol a uma distância tão perfeita sobreviver, que além disso, se fosse colocado um pouquinho mais para o lado, já acabaria com a vida humana. Aliás, vou dar os créditos aqui para a minha professora de biologia do segundo grau, a Iara Reis, que falou mais ou menos isso há uns 15 anos, e que ficou arquivado aqui na minha memória.
Para mim, existem duas teorias que explicam tudo: uma, a existência de Deus, que criou esse sistema perfeito, onde a Terra gira em torno do sol, a água existe, a natureza, eu, você, a minha maravilhosa noiva (que graças a Deus é minha), a minha irmã, o meu irmão, os meus amigos, e tudo o mais que você vê, inclusive, a tela desse computador que você está olhando agora, leitorinho tupiniquim. Já a outra, é a da inteligência artificial ao extremo, ou seja, não passamos de uma simulação, que alguém, em outra esfera planetária, está jogando. E esse “alguém” seria Deus. Meio Matrix, meio 13° Andar e tudo o mais. Aliás, eu via muitos desses filmes no semestre que fiz de Informática, e acho comecei a ficar meio louco por conta disso. Creio que a Informática tem muito a ver com Filosofia, nesse aspecto. Mas enfim, fico mais com a primeira hipótese.
Só que, dentro disso tudo, eu também tenho uma veia de espiritismo. Ou seja, como falei no outro post, acredito naquela história de que você vai reencarnando sucessivas vezes, até chegar a um patamar em que você vai para o plano superior. Lembro-me aqui, agora seriamente e saudosamente, de Ismar Kumer, que foi meu colega no Jornal da Manhã e foi vereador em Ijuí. Certa vez, fazendo o tradicional lanche no galpão do JM (leia-se Teto, que por sinal, merece um post só para ele) conversamos um bom tempo sobre isso. Recordo que depois chegou o Wilson Wagner, mais conhecido como Felipe Dylon, e ficamos conversando sobre isso por mais alguns minutos, antes de voltarmos para a redação. Infelizmente depois dessa conversa, acho que se passou um ou dois anos e o Ismar veio a falecer. Mas as coisas que ele disse, também ficaram gravadas no meu cérebro, e ele falou de uma forma tão lógica, que explica tão bem tudo, que até hoje foi a versão que mais faz sentido para tudo o que vivemos no dia-a-dia mesmo. “Os espíritas, ao contrário das outras religiões, não saem a caçar seguidores, não saem para pregar nada. O espiritismo é um estudo, que parte da vontade do indivíduo de conhecer mais”. Essa frase dita pelo Ismar no galpão do Teto, de fato, ficou gravada em minha memória.
E na verdade acho que é isso que estou buscando, aqui no mestrado em Comunicação: conhecer mais, entender a vida, entender o ser humano, entender o jornalismo, entender eu mesmo, entender, entender, entender... Mas quanto mais leio, mais penso, mais lembro, mais converso, mais falo, mais escuto, menos compreendo. No entanto, mais eu penso. É como disse o Juremir em uma aula: vocês estão aqui para posteriormente dar aula, ou para pensar melhor. Enfim, se vou chegar a dar aulas, ainda não sei. Querer, eu quero. Mas acredito, no meu ponto de vista, que estou pensando melhor. Ou não, vá saber.
E voltando à história do espiritismo, esses dias eu e minha ermã, passando pelo estacionamento da PUC, vínhamos conversando se essa história do sujeito reencarnar até evoluir a tal ponto, de não precisar mais voltar a Terra para passar para um plano superior, enfim, se isso tudo for verdade, o quanto teremos que evoluir? “Humilde, inteligente, bonito, esperto, bondoso, caridoso, carinhoso, compreensivo e tudo o mais de bom que existe eu já sou, só resta esperar a morte e passar ao plano seguinte”, disse modestamente. Só que, antes, tenho que deixar um herdeiro. Ou mais. De repente uns 5 pra garanti. Um time de futebol de salão. Eu jogo bem, a Cris joga bem, com certeza o barrigudinho vai joga bem. E vai me tornar rico. Vai bancar as publicações dos meus livros e as minhas férias em Bariloche. Ah, o maravilhoso mundo do capitalismo, onde tudo se compra!
Agora, falando sério, preparando a apresentação de um trabalho para “Práticas da Comunicação Persuasiva”, lendo um texto do Jordi Berrio, achei uma citação que não podia passar em branco. Na verdade é uma citação que Berrio faz do filósofo grego, Gorgias, que nasceu em 480 a.C. Vejam vocês:
“Pois se cada um tivesse recordado o passado, conhecimento do presente e antecipação do futuro, o poder do discurso não seria tão grande. Porém, como o homem não recorda o passado, não observa o presente e não prevê o futuro, o engano é fácil”. É redundante falar que o cara é um filósofo, porque além de filósofo, ele é um filósofo GREGO! Mas enfim, lendo isso, pensei nas igrejas e no tal do missionário R.R. Soares. Meu, o cara tem um programa na Band, antes do Mr. Been, e ontem mesmo ele falou exatamente isso: “quem não paga o dízimo, rouba de Deus”. Cara, sem comentários. Releiam a frase do filósofo e a do missionário e vejam se há alguma associação entre as duas. E por favor, não roubem mais Deus! É pecado, irmão!!!! Senão terei que reencarnar de novo nesse planeta, e estou cansado disso!

2 Comentários:

Postar um comentário

<< Home