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sexta-feira, 26 de abril de 2019

Torre Eiffel e Arco do Triunfo - Paris é demais!!! – Parte 3


Lembro que tiramos um dia para fazer esses dois passeios com mais calma. Estávamos no Ibis Hotel Canal Saint Martin e pegamos o metrô rumo ao Arco do Triunfo. Havia manifestações dos coletes amarelos e tivemos que descer uma parada além da normal. Depois, com o mapinha no celular, conseguimos achar o arco. Sinceramente, eu achava que o arco era apenas um arco. Mas não, é muito mais do que isso. Vi pessoinhas lá em cima e comentei com a Cris: “olha, dá para subir lá em cima!”. Pois é, já tinha lido sobre dicas de passeio em Paris, mas não lembrava de ninguém que tivesse comentado o básico: sim, a gente entra no arco, sobe no arco, tira fotos de cima do arco.... Claro, paga-se um ticket, mas que não era tão caro, algo em torno de 10 ou 15 euros, não lembro bem.
Como havia a manifestação dos coletes amarelos, tinha muita polícia ao redor do arco. A princípio achei que nem conseguiríamos chegar lá, pois o monumento estava cercado por policiais armados. Não vou contar a história do arco, se você quiser saber mais sobre isso, leia o capítulo do livro do Airton Ortiz sobre o local, no livro Paris, que ele conta de forma super atrativa.
Uma dica sobre o arco: se você estiver com dores nas costas, nas pernas, ou for idoso ou não puder fazer grandes esforços físicos, nem pague o ticket, pois a única forma de chegar lá em cima é pelas escadarias que devem ter, sei lá, uns mil degraus. É cansativo, mas vale a pena. Chegando lá em cima você tem uma puta vista de Paris, da torre Eiffel e de toda a Champs-Elysées, que se estende até o museu do Louvre. Sintetizando tudo: é um lugar do caralho, como diria a música do Raul Seixas, mesmo sem ter cerveja barata, pessoas a foder super chapadas.
Tiramos muitas fotos, observamos, admiramos a paisagem, pensamos na vida, e descemos. Os coletes amarelos seguiam lá, protestando, gritando frases de ordem, xingando o presidente, enfim, fazendo coisas que a humanidade sempre fez ao longo da história contra a classe política que, até hoje, sempre foi muito filha da puta, umas mais, outras menos...




Como disse o Airton Ortiz, se Nova York tem a Time Square, Paris tem a Champs-Elysées. Sem querer me gavar, mas conheço as duas. Não posso afirmar qual é melhor, pois enquanto devo ter passado umas 100 vezes pela Time Square no um ano em que morei em Nova York, em Paris só andei uma única vez pela Champs Elysée. Posso dizer que a sensação é de que essa avenida é a cara da cidade. Há vários cafés, restaurantes, lojinhas com quadros tipicamente parisienses, sebos ao ar livre, etc. Também é um lugar do caralho. Almoçamos por ali e, quando saímos do restaurante (ok, não vou mentir para vocês, foi no McDonlad’s mesmo...) os coletes amarelos estavam cruzando a Champs Élysées. Juntamo-nos a manifestação. Havia uma mulher vestida de Marianne, a personificação da República Francesa. O povo todo cantava o hino francês. Inigualável. Nenhum hino se compara ao francês. E, cantado em um protesto, é simplesmente mágico. Para quem leu e estudou minimamente sobre a Revolução Francesa, é algo espiritual. Arrepia. Eu praticamente chorei enquanto filmava e fotograva o troço todo.



De lá seguimos a pé para a Torre Eiffel. É uma boa caminhada e vale a pena para conhecer um pouco mais a cidade e respirar o autêntico ar de Paris. Chegamos lá e andamos e andamos e andamos. Havia dezenas de carinhas tentando dar golpe e, se não estivesse comigo, a Cris certamente teria sido vítima dos golpistas. Havia um sujeito fazendo aquele jogo de adivinhar em qual copo a bolinha está escondida. Um sujeito, que certamente é cúmplice do golpista, erra umas duas ou três vezes. Então, alguém do público que está assistindo a tudo pensa “nossa, eu vi onde está a bolinha!” e resolve apostar. E as apostas são altas, de 20 euros pra cima. O sujeito se empolga, aposta uns 50 euros pensando que vai acertar, mas ai o golpista faz o troço valendo e, óbvio, o turista otário erra e perde 50 paus (200 em reais) num piscar de olhos.
Quando a Cris se interessou pelo negócio, achando que poderia ganhar uns euros fáceis, eu simplesmente a puxei pelo braço antes que fosse tarde...
Entramos na fila para subira até a Torre. Começou a chover. Quando chegamos na frente do guichê, aconteceu uma daquelas cenas dignas de filme de comédia. A Cris desistiu de subir, mas tipo, ela deixou para me falar isso depois de duas horas na fila e na chuva! Ok, ok, estávamos em Paris, no problem. Comprei meu ingresso e parti sozinho rumo ao topo. Novamente, uma puta experiência que vale muito a pena. A vista é maravilhosa e é emocionante subir e descer escadas por dentro da torre. Novamente, mesmo com os sites e blogs tentando explicar como é que funciona, é só indo lá mesmo.
Na saída, novamente, vários e vários golpistas de todos os jeitos tentavam arrancar euros de turistas. O negócio é não dar conversa mesmo. Num piscar de olhos já era noite. Encontramos um pessoal com bandeira do Grêmio e aproveite para tirar umas fotos na frente da Torre em homenagem ao tricolor. Depois, perguntando para turistas sobre como pegar o metrô para voltar ao hotel descobri que o PSG jogaria naquela noite em Paris. Mas essa já é outra história...





Hasta!

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