Vou começar com uma dica quente,
apesar da neve: se você está procurando um lugar do caralho pra passar a lua de
mel, vá para os Alpes suíços. Não tem lugar melhor no mundo para se sentir no
paraíso. É o contraponto das praias paradisíacas do Caribe. Porém, o frio, a
neve, o aquecedor na cabana com a paisagem branca lá fora remete ao romantismo.
Pelo menos pra mim, praia e calor me faz sentir vontade de sair, ouvir música,
dançar, ver gente. Já a neve e o frio dá aquela vontade de ficar deitado na
cama olhando a paisagem pela janela fazendo outras coisas, se é que você me
entende...
No nosso caso, tudo começou ainda
antes de chegar aos alpes. O trecho de Milão até Engelberg, na Suíça, foi de
tirar o fôlego. Sem exageros, é simplesmente um sonho. A Cris foi a viagem
inteira dizendo “olha ali, olha ali!”, e eu espiando, com um olho na estrada e
outro nos alpes com as pontas brancas no topo, parecendo um sorvete com
cobertura. É demais. Simplesmente demais. Nem o nervosismo de dirigir na neve
pela primeira vez fez com que eu perdesse o ar de “devo estar sonhando”. Se você
tiver a oportunidade de fazer isso uma vez na vida, faça.
Aliás, abro um parêntese. Como
comentei em outro post, minha ideia inicial era ir de Milão a Monique e de lá
ir para Paris, sem parar na Suíça. Quem me fez mudar de ideia foi a minha
ex-colega Dani Picoli, que trabalha hoje na Onelife, que intermediou a nossa viagem.
Ela foi para os alpes e começou a postar fotos e fotos nos Facebook. Achei
simplesmente incrível. Então, mudei os planos e resolvi trocar a Alemanha pela
Suíça. Munique dever ser bom e tudo o mais, mas, porra, os alpes são incomparáveis.
Ficamos em uma das opções mais
baratas de Engelberg: a pousada St. Jakob. Quem sobe no monte Titlis tem outras
opções, mas dessa você vai a pé até lá. E mais: é um luxo só, apesar do preço
razoável. Ficamos no último andar da cabana. Dentro do quarto você pode ficar
só de cueca e colocar a cerveja gelar na sacada. Aliás, da sacada você tem uma
puta vista para um lago na beira da montanha. O quarto é amplo e o banheiro é
com banheira. Em síntese, um lugar do caralho.
Chegamos lá e curtimos a cabana, a
paisagem das redondezas, o lago na frente da pousada e tudo o mais. Porém, como
não sabíamos nada sobre a cidade, fomos pegos de surpresa e tivemos que jantar
na pousada pagando 20 euros cada prato. A comida é ótima, mas para quem não
pretende gastar muito, há a opção de pegar algo no super e fazer o lanche no
quarto, como fizemos no outro dia.
Quando amanheceu, partimos rumo ao
monte Titlis. A pé, da cerca de 15 minutos. Vesti o uniforme: roupa térmica,
calça jeans, blusão, casaco, bota de neves, touca e luvas. Não lembro muito do
frio, pois vendo aquela paisagem toda você nem liga. Chegamos na estação e
entramos na fila dos ingressos. Metade das pessoas estão ali para esquiar. Mas
também há casais apaixonados, famílias com crianças, grupo de amigos, etc.
Quando a Cris viu o teleférico ela
disse “eu não vou subir nisso daí”, ao que retruquei: “carajo, então o que você
veio fazer aqui???”. Convenci ela a subir. Estranhamente, eu não estava nenhum
um pouco nervoso, mas sim excitado com toa a paisagem. Não sei se foi pelo fato
de ver a cabine presa no cabo de aço acima, da altura não ser tão grande quanto
em um avião, mas estava muito a vontade nas alturas. Minha única preocupação
era admirar tudo e tirar fotos.
Chegamos lá em cima. Tratamos fazer
tudo: a ponte que balança, a caverna de gelo, o ponto mais alto, o teleférico
giratório (o primeiro da Europa a girar 360 graus), etc. Foi de tirar o fôlego.
Mais tarde, ainda encontramos um bar com cadeiras expostas ao sol. Na fila para pegar a cerveja conheci um suíço original com uma barba parecida com a do meu amigo e aluno Ramon Mendes. Ele gostava de futebol, principalmente dos clubes espanhóis. Contei para ele toda a história do roubo do River contra o Grêmio, pois ele havia visto na TV a final Boca x River. Ele também disse que acreditava que o Brasil estava indo desgovernadamente para o fundo do poço com a eleição de um fascista que só pensa em si. Para alguém que vive em um país onde as coisas são pacíficas e a população se ajuda, é difícil entender porquê um povo "alegre" elege um cara que quer que o povo se foda e que prioriza a lógica do "eu acima de tudo e o resto que se foda". Tentei explicar, mas não consegui. Aliás, não consegui porque nem eu sei o motivo que levou os brasileiros a cometerem esse suicídio social. Enfim, peguei a
cerveja, despedi-me do Ramon suíço de esquerda, e deitei em uma cadeira, admirando a paisagem como se estivesse numa praia. Coloquei
todas as fotos no Facebook, então, convido você a olhá-las lá. Aqui, selecionei
algumas do passeio pelo monte. Afinal, há imagens que realmente valem mais do
que um milhão de palavras.
Como disse, esse é o lugar perfeito
para qualquer turista brasileiro, pois lá há o que não temos no Brasil: muita,
muita neve. E, como falei no início do post, é o lugar perfeito para uma lua de
mel, pois a paisagem é inspiradora. Fica a dica.
4 Comentários:
Vi neve em Ijuí mesmo, é massa, porém um passeio assim deve ser demais... e ainda com a opção "fuck, fuck, fuck" german! Hehehe
Por Marcos, às 15 de fevereiro de 2019 às 01:49
Maravilhoso! que bom que vocês foram e tiveram o privilégio de passear por essas paisagens idílicas. Abraço.
Por Lorení , às 25 de fevereiro de 2019 às 15:30
Maravilhoso! que bom que vocês foram e tiveram o privilégio de passear por essas paisagens idílicas. Abraço.
Por Lorení , às 25 de fevereiro de 2019 às 15:30
Maravilhoso! que bom que vocês foram e tiveram o privilégio de passear por essas paisagens idílicas. Abraço.
Por Lorení , às 25 de fevereiro de 2019 às 15:30
Postar um comentário
<< Home