Nova York é bom, Paris é demais,
algo que eu não vou esquecer jamais! Cantei muito essa música do Papas da
Língua lá por 2009, quando comprei o DVD acústico dos caras nos camelôs de
Porto Alegre. E agora, depois de conhecer as duas cidades mais famosas do
mundo, eu finalmente podia confirmar isso com meus próprios olhos. Saímos de
Zurique um pouco antes das 11h e chegamos a Paris por volta das 19h. O cansaço
das oito horas de viagem e o engarrafamento do horário do rush não diminuíram a satisfação de enxergar ao longe a Torre
Eiffel toda iluminada pela primeira vez. Paris é demais, mas o trânsito do
início da noite é caótico. Creio que ficamos mais ou menos duas horas no
engarrafamento até chegar ao Íbis Canal Saint Martin. Fazendo o check-in, tive
que estacionar em outro Íbis, que ficava ali perto, mas que tinha a garagem
escondida (era um portão muito estranho). Dei umas dez voltas na quadra, desci,
perguntei na recepção, voltei, dei mais umas dez voltas na quadra até que
finalmente acertei o portão. Óbvio que tive que parar o carro na frente e ir
até a recepção pedir para o carinha abrir. Ô, coisa difícil! Mas deu tudo
certo.
Nova
York é bom e Paris é demais porque as duas têm um clima vagamente semelhante.
Claro que você pode dizer que Nova York tem uma noite mais agitada, que Paris é
mais cultural, mas me refiro ao clima nas ruas. E não ao clima de tempo, mas ao
clima humano. Ambas têm gente andando para todos os lados preocupadas com
alguma coisa. Ambas são cosmopolitas em último grau. Em ambas você vê
aglomeração no metrô ouvindo todas as línguas do mundo e vendo os mais variados
tipos de rostos: orientais, negros, germânicos, latinos, muçulmanos, árabes,
etc. Em outras palavras, achei o ritmo de vida em ambas muito semelhante. Isso
quer dizer que, sim, apaixonei-me por Paris e moraria lá sem pestanejar, como
fiz durante um ano em Nova York.
Na
primeira manhã em Paris, fomos ao Museu do Louvre, o maior do mundo. Estava
garoando e caminhamos pra caralho dentro e fora do museu. Foram várias corridas
para achar as duas principais atrações: o quadro da Mona Lisa e a escultura Venus
de Milos. Em ambas as obras havia bolinhos de gente ao redor, o que significa
que você tem que sair no cotovelo com os outros turistas para conseguir tirar
boas fotos. Flanando pelo museu, vi vários quadros que conhecia de capas de
livros de história, coroas de reis e rainhas seculares, esculturas milenares e
muito mais. Não posso comparar com o Moma, de Nova York, pois lá eu fui mais
vezes e com mais tempo, enquanto no Do Louvre fiquei uma manhã e seria
necessários uns três dias inteiros, ou mais, para curtir tudo.
Na saída do
museu, ainda garoava e a Cris estava cansada. Eu, obviamente, queria caminhar
muito mais. Combinei de leva-la ao hotel e voltar para fazer as minhas andanças
pela catedral de Notre-Dame e o Quartier Latin. Tinha uma listinha de lugares
que eu queria visitar mas, olhando no Google, as coisas pareciam bem mais perto
do que realmente eram. Devo ter andado uns 30 quilômetros a pé nesse dia. Mas,
como há inúmeros roteiros para turistas indicando caminhos a serem seguidos por
Paris, no próximo post vou contar mais o que senti ao visitar determinados
lugares, inclusive porque a essa altura, já esqueci a ordem das visitas e os
dias dos passeios. A única coisa que não tenho como esquecer é a satisfação de
estar realizando um sonho ao conhecer Paris. Certamente, de todas as cidades
europeias pela qual passei nessa primeira viagem ao velho continente, essa é a
que tenho mais certeza de que um dia ainda voltarei.
Jusqu'à la prochaine. C'est tout
pour aujourd'hui, les gens.
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