O desconhecido - o sofrimento antes de decidir a América
Poucas vezes tive tanta curiosidade sobre o desconhecido como quando penso na morte. Mas, uma dessas vezes está ocorrendo nessa noite. Agora são exatamente oito horas com cinco minutos da noite do dia 29 de novembro de 2017. Daqui a aproximadamente uma hora e 40 minutos começará o jogo Lanús x Grêmio, na Argentina. É o segundo jogo da final da Libertadores da América. No primeiro jogo, o Grêmio ganhou de 1 a 0. O Grêmio joga por qualquer vitória e qualquer empate. O Lanús precisa vencer por um gol de diferença para levar o jogo para a prorrogação e, talvez, pênaltis. Vitória por dois ou mais gols para o Lanús, dá o título para os argentinos. Eu só tenho pensado nisso desde a semana passada, última quarta-feira, quando acabou o primeiro jogo. Nessa noite, sonhei que não conseguia assistir o jogo, pois estava viajando e a internet falhava. Quando terminou, só visualizei um pôster do Lanús. Presságio? Premonição? Medo? Não sei. No primeiro jogo, sonhei que o time argentino tinha ganho de 1 a 0, e foi o tricolor quem ganhou. Então, encaro isso mais como uma perturbação psicológica. E tenho pensado sobre o desconhecido desse jogo sem ter ideia do que esperar, como quando penso sobre a morte. Tudo pode acontecer. Não faço ideia se o Grêmio vai surpreender e repetir uma atuação como a do Barcelona do Equador, quando goleou por 3 a 0 fora de casa, ou se o Lanús vai ter uma atuação de luxo como a na vitória por 4 a 2 contra o Ríver, no mesmo estádio La Fortaleza. Ou ainda, se árbitro vai foder com tudo para um ou outro time. Também não sei se os argentinos vencerão por um gol e levarão a decisão para a prorrogação, onde qualquer um pode ganhar, ou ainda, pode haver empate e tudo ir para os pênaltis, situação esta em que os Hermanos são francos favoritos. O jogo também pode ficar 0 a 0, o que resultará em uma tortura de 90 minutos. Ou pode ser um jogo cheio de alternativas: Lanús sai ganhando, Grêmio empata e vira, Lanús empata e faz pressão no final... Enfim, já estou sem fôlego. E sem saber o que pensar. Deve ser assim que quem está no corredor da morte se sente antes de ir para a cadeira elétrica para a forca ou guilhotina. O que vai acontecer? Será bom? Será ruim? Se o Grêmio for Tri, será a redenção, o desafogo de quem viu o time ganhar esse título quando tinha 14 anos. Se perder, será a mágoa, a tristeza, a revolta, o sofrimento... O que vai acontecer? O que acontece quando o coração para de bater? O que ocorrerá quando o árbitro apontar o centro do campo, ou quando o último pênalti for batido?
Não sei. Oito e treze. O tempo não passa. É muito sofrimento. É muita angústia e ansiedade. Que Ele esteja convosco. Ele está no meio de nós. Amém.
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