A dupla Gre-Nal e os cavalinhos
O negócio era chapa quente: U$0,25 por aposta. Troquei U$5 em moedas e comecei a jogar. Cheguei a estar perdendo U$3, mas quando resolvi adotar a técnica de girar na mesa, trocando de lugar para não ficar sempre no mesmo lado da máquina, comecei a vencer. Transformei os U$5 iniciais em U$40. Uma ninharia, para os apostadores milionários de Vegas, mas para a minha condição (de estar ali mais para ganhar a cerveja grátis servida aos apostadores) esse foi um lucro considerável. O almoço e o jantar do dia seguinte (que era basicamente três pedaços de pizza ou hambúrguer com fritas) estavam garantidos.
Escrevi tudo isso para dizer basicamente o seguinte: o futebol apresentado pela dupla Gre-Nal nesse início de temporada (que já nem é mais tão início assim) torna impossível qualquer tentativa de previsão. Não adianta mudar de lugar no sofá, ir para um bar e depois noutro, trocar a camisa da sorte. Não tem jeito. É uma montanha russa: numa partida o time joga bem e goleia e na outra perde ou empata com time pequeno. Dessa forma, para ganhar qualquer aposta envolvendo Grêmio e Inter em 2017, você só vai precisar de uma coisa: muita sorte. Mais do que o velho Buk tinha nos hipódromos de Los Angeles e da que eu tive nos cassinos de Las Vegas.
*Texto publicado no jornal Folha da próxima sexta.
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