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quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Tiadinda Carol

Mesmo sem conviver diariamente com a tiadinda Carol, a minha pequena Lary voltaemeia lembra alguma história envolvendo a filha caçula do vô Nabuco e da vó Nara. Dia desses, fui buscar ela no Taekwondo (sim, ela também é ninja) e na volta, do nada, ela larga essa:
- Quando eu era pequena eu tinha vergonha de assistir Carrossel na frente da tia Carol.
Ela está na fase do Carrossel. E da Patrulha Canina. São os dois desenhos preferidos dela atualmente. E digo desenho, porque ela gosta mais do desenho animado do Carrossel do que da novela. Aliás, nem sei se o Carrossel contemporâneo pode ser chamado de novela ou série, mas no meu tempo, quando só tínhamos o original mexicano, era novela. Dia desses, assistindo com a Lary, descobri que na versão brasuca do Sílvio Santos a Maria Joaquina não é tão má quanto era nos anos 1990 e que o cachorro do Mário, que no original era um pastor alemão, agora é um collie. O nome do bicho, no entanto, continua o mesmo: Rabito. Hoje, por exemplo, ela assistiu ao episódio em que o Mário cata o Rabito na rua: ele estava com a pata machucada. Pouco depois, enquanto circulávamos de carro pela cidade, passamos por um cachorro que estava bem sentado na frente de uma casa, e ela aponta para o cusco:
- Olha pai, um cachorro!
- Sim meu nenê, eu vi.
- Para! Vamos pegar ele!
- Não dá, ele deve ser daquela casa.
- Ahhhh, pai. Tu nunca quer pegar os cachorros perdidos...
- Mas nenê, aquele cachorro não tá perdido... Se ele estivesse, não iria estar sentado, mas sim, andando pela rua, procurando o caminho de casa...
Silêncio. Depois de alguns segundos, quando já estávamos longe do animal, ela sentencia:
- Mas se ele estivesse com a pata machucada eu levava...
É uma frasista, essa pequena nenê, como diz a vó Nara. Mas voltando à vergonha que ela tinha em assistir Carrossel na frente da tia Carol quando “era pequena”, ao ouvir tal frase, na volta do Taekwondo, resolvi questionar:
- Mas por que afinal de contas você tinha vergonha da sua tia?
De bate pronto, ela respondeu:
- Não sei pai, eu era pequena...
Simples assim, como simples e sincera são as respostas das crianças.
Após contar essa história para a tiadinda Carol, acabei oferecendo uma rifa da escola da Lary, que na verdade são votos para princesa da escola. A Lary estava ao meu lado, e comentei que eu estava ofertando a tal da rifa para a tiadinda Cartolina, como diria o primo Gérson. Apenas para testar, perguntei quantos números ela queria vender para a dinda, ao que ela respondeu, sem pestanejar: “todos”. Um pouco da cara de pau ela herdou desse que vos escreve...
Bom, agora ela está escolhendo o presente que vai pedir para a dinda de aniversário... Ela queria o busão da Patrulha Canina, entretanto fui pesquisar nos sites e passa dos 700 reais, mas vou poupar a dita cuja desse desfalque...
Alguém se habilita?

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