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domingo, 24 de julho de 2016

About travel, about trip

Quero lhe falar, é bom viajar, rodar pelo mundo afora! Nova York é bom, Paris é demais! Algo que não vou esquecer jamais! Ok, ainda não fui para Paris, mas Nova York é sensacional. Aliás, viajar é sensacional. Desde que me lembro por gente, sempre gostei de estar na estrada. Não é a toa que um dos livros que mais me marcou até hoje é o clássico On the road, de Jack Kerouac. E não é a toa também que a maioria dos outros livros que eu li e que me marcaram são livros de viagem. Ou, mesmo aqueles que não são de viagem, me transportam para os mais variados países e continentes do planeta: sempre gostei de ler o Pedro Juan Gutierrez falar de sua Havana, o Bukoski de sua Los Angeles e o Gabriel Garcia Marquez de sua Bogotá. E, talvez por ter a mais alta concentração de diversidade de raças e culturas do mundo, é que me apaixonei loucamente por Nova York. Quem já foi lá e, principalmente, quem já viveu lá por um tempo um pouco maior sabe do que estou falando.
Lá você entra em contato com um pouco de cada nacionalidade e cultura. No ano em que morei lá conheci gente dos cinco continentes. E, algumas culturas e nacionalidades, fizeram-me questionar algumas máximas que nos enfiaram goela a baixo (mídia e professores de escola). Uma delas é que o nosso povo (o brasileiro) é o mais alegre e simpático do mundo (bulshit). Basta conhecer pessoas do Caribe, da Jamaica e do Japão para ver que isso é balela. Alguns dos sujeitos mais bem humorados do mundo, para mim, são os japoneses. Todos os/as japoneses que conheci riam muito. Faziam piadas ingênuas e divertidas e riam demais das próprias anedotas. E nunca diziam não. Você dizia para um japonês: “vamos lá tomar um sorvente? Tomar uma cerveja? Se atirar da ponte do Brooklyn? Fazer guerra de neve?”, e eles nunca diziam não.
Os caribenhos tem muito swing. Nasceram para dançar, mais que nós, brasileiros. Vê-los dançar é algo indescritível. Cheguei a me informar sobre preços de aula de danças de salsa e merengue em Manhattan, pois é demais vê-los remexendo. E idem os americanos. Ver um sapateado bem feito, um rock bem dançado, é de tirar o chapéu. E, cada vez que vejo um homem e uma mulher fazendo um pacto de acasalamento através da dança, fico com uma mistura de admiração e inveja em relação à dupla. Mas, um dia chego lá.


É apenas viajando que podemos conhecer gente totalmente diferente da gente. Tornar-se amigo de orientais, africanos, mexicanos, australianos, ingleses, alemães, italianos, canadenses, nova-iorquinos é algo que não tem preço. Tive um colega do Haiti, que se tornou meu amigo, chamado Julian, que foi uma das pessoas mais bem humoradas que já conheci na vida. Mesmo convivendo com ele por poucos meses, aprendi muito com a sua visão de mundo. Trabalhava em uma obra e estudava inglês e nunca o vi de mau humor. Estava sempre rindo e incentivando a todo mundo. Facilmente seria um psicólogo de sucesso em solo americano.
No meu caso, fui para Nova York e lá cruzei duas vezes os Estados Unidos de norte a sul, de leste a oeste. Mas, mesmo nas vezes em que viajei para a Argentina ou o Paraguai, já me senti bem. Ver outras culturas, aprender com pessoas que têm histórias diferentes, visões de mundo alternativas, é um reabastecimento de energia. Por isso tenho o pé na estrada. Por isso, ainda quero viajar muito. Seja comprando pacotes de agências de turismo ou colocando uma mochila nas costas, caindo no mundo sem destino. Afinal, a vida é uma só. E o mundo é tão grande e tão pequeno para ficarmos a vida inteira sentados, sem sair do lugar. Afinal, uma vida sem viagens, paixões eternas de uma semana e emoções, não é uma vida lá muito divertida. E, diversão, nesse vale de lágrimas chamado Terra, é o que nos tem restado, independente de Temers e Trumps da vida. Portanto, on the road and let’s go!
Fotos: Eduardo Ritter

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