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quarta-feira, 9 de maio de 2012

Run, Forrest! Run!

Estava eu de bobeira na minha irmã, segunda de noite, quando na falta do que fazer, peguei o DVD do Forrest Gump para assistir. Eu havia assistido esse filme, se não me engano, em 1995, na casa do Anônimo (aquele mesmo, que tem vergonha de ter o seu nome citado nesse humilde blog). Pois é, há exatos 17 anos. Uma vida, praticamente. Assisti um pouco para treinar o inglês, e outro pouco para ver se a impressão que eu tinha de que esse era um baita filme era verdade ou uma falsa-memória. Estão ligados nas falsas memórias? Aquelas em que você vai mudando a realidade com o tempo até se criar uma memória que não tem nada a ver com o que aconteceu. Então, fui fazer o teste com o Forrest Gump. Foi então que aconteceu um processo curioso em meu cérebro. Eu já cheguei a assistir filmes inteiros e só no final me dar conta de que eu já tinha visto aquilo. E esse não foi o caso com o velho e bom Gump. Nesses 17 anos que separam o longínquo 1995 de 2012 eu não re-assisti ao Forrest Gump. Achei que não ia lembrar patavinas. Mas desde as primeiras cenas eu sabia o que ia acontecer na sequência. Inclusive, lembrava, em alguns casos, de falas inteiras. Tu vês. Foi então que conclui: esse realmente é um baita filme. Um desses que você assiste e, se pegar 20 anos depois para revê-lo, vai se lembrar de cada cena, de cada detalhe. E, depois de assisti-lo novamente, passo a crer que, de fato, esse é o melhor filme que já vi. Está certo, tem algumas cenas criticáveis, alguns clichês hollyoodianos, entretanto, acho que é o melhor por ter sido o que mais me marcou. Também vou poupar vocês de narrações sobre o enredo, pois acredito que praticamente tudo o que tinha para se falar desse filme, em termos de crítica cinematográfica, já foi falado. Enfim, no outro dia, na terça de tarde, enquanto ia de busão para a PUC, fiquei pensando: acho que me identifiquei tanto assim com o filme porque sou meio Forrest Gump. Sou meio desligado, meio ababelado, como diria o Anônimo, e às vezes faço as coisas sem muita noção, ou melhor, faço coisas sem noção. Às vezes isso é bom, pois não enxergo muito limites de até onde posso ir. Às vezes é ruim. Mas não sei quando é ruim. Não consigo pensar em nada muito ruim em não enxergar limites, tipo o Forrest, que saiu para correr por aí por mais de três anos. Se alguém gosta de correr e
consegue resistir tanto tempo, por que não correr? Talvez haja alguma falha biológica em meu cérebro que não me permite ver isso. Enfim, vá saber. Ah, e outra (que não tem nada a ver com o resto do texto): peguei para ler o 1933 foi um ano ruim, do John Fante. Já tinha lido o Pergunte ao Pó e o Sonhos de Banker Hill, que são muito bons. E, assim como os dois primeiros, o 1933 também é um puta livro, e um puta livro de 100 páginas, que você lê em, no máximo dos máximos, três tardes. Por hora é isso. Hasta!

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