Estreia Xavante
Cheguei ao estádio Bento Freitas faltando pouco menos de uma hora para o jogo contra o Joinville, pela segunda rodada da Série C do Brasileirão. O clima era de um grande jogo. Via homens, mulheres e crianças, todos vestidos com o uniforme do Brasil. As proximidades do estádio estavam super movimentadas e havia filas quilométricas para comprar ingresso e para entrar no estádio. Por um momento cheguei a temer ficar do lado de fora. Além disso, ambulantes vendiam camisas, bandeiras, bonés, almofadas e outras bugigangas, tudo vermelho e preto. Tudo xavante. Enquanto estava na fila para entrar no estádio, chega a charanga batucando e fazendo um barulho incrível. Inicialmente, ainda com a sirene de suspeita ligada, pensei com meus botões: “deve ser só esses 50 ou 100 torcedores cantando. A maioria deve ficar quieta”. Novo engano.
Entrei no estádio faltando meio hora para o início do jogo e ele está cheio. Não chegou a lotar completamente, mas estava bem cheio. Quando o Brasil entra em campo, abre-se uma bandeira gigante e toda a arquibancada canta junto, fazendo coreografais de dar inveja às grandes torcidas da série A. O jogo começa, o Brasil pressiona. Assim como também é grande a pressão da arquibancada. A cada ataque, a torcida enlouquece, parece que vai entrar em campo. E, ainda no primeiro tempo, o Xavante abre o placar para delírio do estádio, que quase vai abaixo. Mas, vem o segundo tempo e o Joinville volta pressionando e jogando melhor. A arquibancada fica apreensiva e, como o Brasil voltou fechado, aconteceu o óbvio: gol de pênalti do Joinville. A partir daí aparece a rivalidade Bra-Pel. A raiva da torcida inicialmente volta-se para dois ex-Pelotas: o técnico Beto Almeida e o zagueiro Jonas. Os dois ficaram bastante tempo na Boca do Lobo e por isso sempre os xingamentos eram acrescidos de “seu lobo filho da...”! Lobo é o apelido do Pelotas. Sei que para quem é de Pelotas esse texto vai parecer óbvio, pois o povo daqui já está acostumado com isso, mas, como a maioria dos leitores não moram em Pelotas, estou explicando tudo minuciosamente... Enfim, depois, na segunda metade do segundo tempo, a raiva troca de lago. A bola da vez é o árbitro, que não marca dois supostos pênaltis e anula um gol (ao meu ver legítimo) do Xavante. Ele marcou falta no goleiro, que eu não vi. A torcida enlouquece. Olho a cerca que separa as arquibancadas do gramado e penso: vão invadi. Entretanto, após muita pressão do Brasil, o árbitro aponta o centro do campo e a torcida e os jogadores do Joinville comemoram o empate como se fosse um título. Já a torcida do Brasil reconhece o esforço do time, e sai do estádio cantando seus hinos. Definitivamente o Brasil é um clube grande, afinal, é um clube da massa.
Pelo visto cheguei a Pelotas na hora certa, pois o semestre será marcado por grandes e decisivos jogos. Diferentemente do que está acontecendo com os dois clubes Porto Alegre...
Hasta!
4 Comentários:
Poooha... que juiz ladrão cara... aquele gol foi muito mal anulado... e tão falando que o pênalti pro JEC não foi... eu, como não vi o lance, não posso opinar... hehe
faltou falar do carinha mandando o técnico. "Eu já disse pra ti tirar o Jonas. Tira o Jonas, AGORA..." USHUAHSUAHSHA
muito bom...
Mas espera pra ir num jogo na Boca do Lobo que a festa vai ser grande também... e te prepara pro Bra-Pel \o/
Pra quem gosta de futebol, os próximos meses aqui em Pelotas serão muito bons, com jogos do Brasil na sére C e na Copinha, e do Pelotas na Copinha. Que beleza... hehehe
Abraço ae manolo!
Por Mr. Gomelli, às 27 de julho de 2011 às 08:28
puiseh, mas do pelotas só vou como observador, pois sou xavante!! euheuheuh. esqueci d cita no texto tb q o mr. gomelli estava junto na aventura! eheheh
Por Eduardo, às 27 de julho de 2011 às 09:37
Porra alemao! E teu time empatou com o meu, o glorioso JEC! (Joinville Esporte Clube), que està com um bom time pra esse ano, diga-se de passagem
Por Zaratustra, às 27 de julho de 2011 às 17:02
porra alemão, acabei de comentar sobre isso no teu grogue, sem ver q tu tinha comentado aki..auhauhua. porra
Por Eduardo, às 28 de julho de 2011 às 14:47
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