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sexta-feira, 25 de março de 2011

Reflexões, divagações e indignações

Minha guria, Larissa, está prestes a completar cinco meses. Desde a gravidez, até agora, a cada dia vivo sensações indescritíveis, que não troco por absolutamente nada. Não tem gol em Gre-Nal, dinheiro, viagem, nada que se compare a alegria de vê-la fazendo folia no berço, brincando e dando risada. Até a carinha dela, quando pego-a no colo para passear pelo apartamento, é indescritível. Ela fica ali, com aquela carinha de anjo, os dois olhinhos arregalados, tentando ver tudo que está a sua volta, com a testa franzida igual a do vô Nabuco. Não tem como não se apaixonar por uma criaturinha tão fofa e inocente.
Porém, sentindo tudo o que sinto em relação a minha filha, fico pensando como têm pais e avós que não querem saber dos filhos e netos. Eu juro que tento entender, me esforço, tento me colocar no lugar deles, mas não consigo. Tem um cara que conheço, por exemplo, que teve um filho fora do casamento e nunca foi vê-lo, mesmo com a esposa e todos que o conhecem sabendo de suas falcatruas. Mas enfim, ele nunca se preocupou em saber como o guri está. Fiquei pensando: e quando era bebê, como ele não se preocupou com o pequeno? Como não teve a curiosidade em saber como era o seu rosto? Quando minha noiva estava grávida, por exemplo, eu ficava imaginando como seria o rostinho da minha guria. Quando ela nasceu, e vi aquela criaturinha miúda, esforçando os olhinhos para ver se enxergava alguma coisa, ficava imaginando como seria quando ela estivesse com uns dois meses. E quando ela chegou nos dois meses, fiquei imaginando como seria quando tivesse quatro. E, agora que ela tem quatro, fico imaginando como será quando ela estiver gatinhando pelo apartamento. Claro que não quero que todo mundo seja assim, entretanto, tem um mínimo aceitável de atenção que os pais devem dar aos filhos. E o mesmo vale para os avós.
Mas, ao mesmo tempo em que fico imaginando tudo isso, também tento imaginar o que se passa na cabeça de avós que estão nem aí para os netos; de pais que estão nem aí para os filhos; de pais que não assumem a paternidade do filho, mesmo reconhecido em exame de DNA, etecétera e tal. Quando penso nisso, só consigo raciocinar a seguinte lógica: um avô que renega a neta, um pai que não quer saber do filho, que nunca quis vê-lo, que largou ele no mundo de forma irresponsável (e que ainda por cima quer dar moral de cueca dizendo que “quem faz que se vire”), é pior do que qualquer bandido, assaltante ou traficante. E mais ainda: consegue ser pior e mais cruel que qualquer político corrupto. Quem toma essa atitude, pode não ser condenado pela nossa JUSTIÇA terrena, mas, pode crer, vai pagar caro cada atitude em algum lugar, em algum tempo. Um homem que faz isso, não merece ser chamado de HOMEM. Um homem que faz isso é um energúmeno inútil.
Mas, como me considero um privilegiado, pois minha guria nasceu com toda a saúde do mundo, e meus pais e irmãos a amam tanto quanto eu, tenho só que agradecer por tudo que tem ocorrido desde a gravidez, passando pelo seu nascimento, até a chegada do seu quinto mês, que será no próximo dia 8. Talvez por estar tudo certo comigo, minha guria, a mana dela e minha patroa é que não consigo imaginar porquê alguns pais não estão nem aí para filhos e netos. Na minha cabeça, isso é incompreensível. Não importa se o filho ou filha foi com uma amante, foi resultado de uma transa de uma noite ou se foi com uma criatura que você nem conhece. É teu filho (a) pô! Seja HOMEM uma vez na vida e assuma a bronca! É uma criança que merece atenção e precisa de ALGUM TIPO DE EDUCAÇÃO, justamente para não se formar mais um sujeito sem caráter nesse mundo!
Enfim, como acho que nunca vou entender essas pessoas, encerro minha coluna de hoje por aqui, desejando que todos os pais sejam tão felizes quanto eu e minha patroa somos com a nossa baby.
Hasta!

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