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sábado, 11 de dezembro de 2010

O Maradona da literatura

"E têm o seguinte, meus senhores: não vamos enlouquecer, nem nos matar, nem desistir. Pelo contrário: vamos ficar ótimos e incomodar bastante ainda".
A frase acima, segundo minha irmã, é de Caio Fernando Abreu, e resume bem alguns de meus objetivos de vida. Já li três livros do Caio: Morangos Mofados, Pequenas Epifanias e Ovelhas Negras. Os dois primeiros retirados em bibliotecas e o terceiro é do meu irmão. Por isso, infelizmente, não tenho em mãos nenhuma citação do Caio, fora essa, emprestada por minha irmã.
Considero o Caio um dos escritores mais injustiçados do Brasil, em termos de reconhecimento. Usei alguns trechos desses três livros na minha monografia de graduação e na dissertação de mestrado, além de entrevistas concedidas por ele. Considero-o um craque da literatura brasileira, com uma categoria quase incomparável. Manja aquele jogador que todos dizem que pegam a bola na veia? Pois então, as palavras de Caio sempre pegam na veia, usando uma linguagem esteticamente impecável, mesmo quando usa palavrões. Trata-se de um Maradona da literatura. Não chega a ser rei, mas é príncipe.
Estou falando de Caio Fernando Abreu, pois estou ansioso por começar a ler o livro Triângulo das Águas, que comprei na Feira do Livro de Porto Alegre. Esse livro foi o vencedor do prêmio Jabuti de 1984. Após dias de mergulho no mundo exótico da já referida “A mulher do próximo”, faltam apenas 6 páginas para concluir essa obra de Gay Talese. Depois disso, é “Triângulo das águas” na veia.
Hasta!

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