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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Dançando na chuva

Para não pensarem que esqueci e abandonei completamente o blog nesses dias maravilhosos de Intercom (Caxias do Sul), seminários e orientação em Porto Alegre, posto aqui o texto que enviei hoje para o Jornal das Missões para sair no sábado, na minha coluna de esporte. Quando voltar, escrevo mais! Hoje tem encontro do professor Rui Carlos Osterman com o Eduardo Bueno, o Peninha, na José do Patrocínio! Segue o texto para os leitorinhos e leitorinhas. Fui!
A confiança está voltando ao estádio Olímpico, da mesma forma que volta para aquela pessoa que está quase desistindo da vida e de repente encontra alguém que lhe faz voltar a suspirar sem motivos, cantar sozinho na rua, batucar na perna enquanto se espera o ônibus ou cantar na chuva com um largo e brilhante sorriso no rosto. Foi isso o que senti ao assistir a vitória do Grêmio contra o Atlético-GO nas cadeiras do estádio Olímpico no meio dessa semana.
Antes de a bola rolar, a torcida, que compareceu em bom número (22 mil pessoas) gritou o nome de TODOS os jogadores, um a um, juntamente com aplausos e gritos de incentivo. Diferentemente de alguns jogos desse ano, a torcida voltou a cantar desde o início, como se estivesse completa e cegamente apaixonada. E, de fato, estava, pois considero a torcida gremista a mais fanática e apaixonada do Brasil. O resultado dessa empolgação toda foi a ótima atuação de Douglas que, além de marcar um golaço, voltou a jogar bem. Inclusive, o centro da entrevista coletiva do técnico Renato Gaúcho, após o jogo, era o motivo da saída do meia no transcorrer da etapa final. Além disso, quando perguntado sobre a declaração polêmica de Douglas, nos tempos de Silas, quando ele disse que sua função não era marcar, Renato foi irônico: “quem é craque tem que jogar e quem é carregador de piano tem que roubar a bola e entregar para quem sabe”.
No entanto, nem tudo foi alegria no reato sentimentalista entre o Grêmio, a torcida e os bons resultados. Durante uma boa parte do segundo tempo a equipe foi ameaçada pelos goianos. Porém, dessa vez, quando o tricolor parecia que iria decepcionar novamente e a torcida já ameaçava alguns murmúrios, Borges foi lançado, ganhou dos marcadores na corrida, e, ao seu melhor estilo, tocou com categoria na saída do goleiro. O Olímpico, então, explodia como a há muito. Parecia até um gol de final de campeonato. Desconhecidos se abraçavam como se tivessem ganhado na Mega Sena. Marmanjos soltavam uivos como se tivessem ouvido um “sim” para um convite para uma noite romântica. Era a apoteose tricolor em 2010. O Grêmio estava chutando para longe os quatro últimos colocados, e agora parece que trocou a luta contra o rebaixamento pela briga por uma vaga na Sul-Americana. E, se seguir nesse ritmo, logo trocará a corrida pela Sul-Americana pela guerra por uma vaga na Libertadores. Os tricolores voltaram a sonhar loucamente e a acreditar no impossível. Acreditam, mais uma vez, que não existem barreiras para os apaixonados. E por continuarem acreditando, vão acabar conseguindo. O Corinthians que se cuide na tarde de hoje.
INTER – Já o Inter perdeu para o Cruzeiro em um jogo, no mínimo, morno. Amanhã tentará retornar à briga pelo título no jogo contra o lanterna, Goiás, no Beira-Rio. Porém, todos os comentários sobre o Inter no Brasileirão podem ser resumidos à uma frase: jogo-treino de luxo visando o Mundial.

PS: Esse texto não foi revisado. O do jornal, o pessoal do jornal revisa. Por favor, coloquem suas correções em formas de comentários.
Grato, o blogueiro.

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