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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Teoria do Jamelão

Nesses dias em que tenho estudado tarde e noite (manhã não, porque as primeiras horas do dia são sagradas), dividindo meu tempo entre leituras e escrituras, no intervalo entre a leitura de um livro acadêmico qualquer e a composição de mais um capítulo da minha dissertação, tenho observado como o meu cachorro, Jamelão, é feliz. Nunca vi alguém com tanto bom humor. Está sempre pulando, com a língua de fora, latindo, correndo, virando cambota. Coisa impressionante. E o mais incrível: apesar de hiper-ativo, ele é muito obediente. Sempre quando eu chamo, ele vem. Mesmo que seja para dar umas palmadas por ele ter rasgado alguma cueca que estava no varal ou para amarrar ele. Chamo “Jamelão!” e ele vem correndo. Passo a corrente na coleira e ele continua feliz. Está certo, quando viro as costas e vou pra casa, ele começa a latir, mas pouco depois vou espiar pela janela, e ele já está arrastando o pote de comida pra cima e pra baixo, parecendo um fantasma arrastando uma corrente.
Mas o que mais me impressionou foi quando o soltei hoje. Havia alguns passarinhos, ciscando tranquilamente algumas sementes embaixo das árvores de casa. Sempre tem passarinhos zanzando por aí. Porém, quando eu soltei o Jamelão hoje, ele saiu pulando, feito um canguru, atrás dos passarinhos, que sem esforço algum, ganharam os ares e o deixaram com a língua de fora e as orelhas erguidas, como se perguntasse: “ei, onde vocês vão?”. Mas que nada. Os bichos mal saíram voando e, após a curiosidade inicial, ele já começou a correr pelo pátio a toda a velocidade. E, depois que solto ele, vou soltar a Pretinha (foto), a minha cadelinha que parece uma ratazana, e ele vem atrás e fica esperando eu abrir o portão do canil. Quando abro, ele pula em cima dela, dá mordidinhas, como se ele fosse menor que ela (coisa que não é). A folia dura até ela chorar e eu gritar com ele, mas ele não se intimida com os xingamentos, e vem pular nas minhas pernas para sujar minhas calças.
Outro dia, ouvi barulho no pátio, como se caísse alguma coisa pesada no chão. Na hora não dei bola, mas quando fui espiar pela janela, ele estava roendo um todo de lenha no meio do gramado. Provavelmente ele puxou uma lenha de baixo e derrubou as outras, fazendo todo aquele barulho.
Enfim, observar o Jamelão tem sido uma terapia em meio a tanta teoria, o que me leva a crer que observar cães é tranqüilizante... (?). Eis a teoria do Jamelão.

3 Comentários:

  • poxa manolo... alguém disse por aí que o cachorro é o melhor amigo do homem... eu assino embaixo e digo mais, eles devem nos servir de exemplos mesmo...

    um pouco de carinho, de atenção e eles ficam felizes, sem precisar presentes caros e outras coisinhas que são muito mais valorizadas nesse mundo capitalista... hahaha

    poxa, eu adoro os cachorros... e acho lamentável ver gente transformando eles em verdadeiros monstros a base de maus tratos e maus exemplos, usando eles pra intimidar e ferir outras pessoas...

    mas cara... essa terapia ae vai te ajudar... hehe...
    já filosofei demais pra um comentário só... hehe

    abraço ae manolo!

    Por Blogger Mr. Gomelli, às 20 de agosto de 2010 às 21:32  

  • a pretinha é minha. tu q parece uma ratazana. o jamelão é o cão!

    Por Blogger Carolina, às 21 de agosto de 2010 às 08:16  

  • cachorros sempre tem historias legais! *.* eu so fico na vontade... escutando as histórias, não tenho nenhum bichinho de estimação :( acabei de voltar da auto escola e passei por um pet shop e fiquei lá brincando com os filhotinhos na gaiola (que triste!)... ainda terei um amiguinho pra me "tranquilizar". *.*

    Por Blogger Thâmara Roque, às 21 de agosto de 2010 às 08:59  

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