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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Obsessão

Obsessão. Cada um tem ou já teve a sua. Não sou um especialista no assunto, mas, quando eu fizer psicologia, vou querer estudar isso: obsessão. Há vários tipos de obsessões. Há as obsessões consideradas mais “normais”, como as relacionadas a atividades rotineiras, como trabalho, estudo, literatura, cinema, programas de televisão, etc; há aquelas mais “construtivas”, do tipo, alguém obcecado por viagens, ou por alguma viagem específica, como por exemplo, “quero conhecer a China a qualquer custo”, e há aquelas que ninguém assume, ou só assume para o (a) melhor amigo (a), que são as referentes ao sexo oposto (ou ao mesmo, cada um, cada um).
Por exemplo, acabei de ver o filme “O cheiro do ralo”, com o Selton Mello. Genial. O personagem principal, chamado Lourenço, tem várias obsessões: bundas, pagar mulheres para ficarem nuas na sua frente, encontrar pedaços bizarros artificiais do corpo humano para formar o pai que não conheceu, e a principal obsessão: a bunda. Na verdade é uma bunda em especial. A bunda de uma mulher. Ele quer aquela bunda a qualquer preço. Ele ama aquela bunda. Não necessariamente a dona da bunda, mas a bunda em si. Os glúteos. As nádegas. Aquele suculento pedaço de carne que fica na parte traseira do corpo feminino, logo abaixo da cintura. E vamos e convenhamos, a atriz Paulo Braun, que interpreta a personagem dona da bunda (uma garçonete), tem OS GLUTEOS! Algo sensacional.
Inclusive, acreditei na sinceridade das lágrimas do Selton Mello ao beijar aquela bunda carnuda numa das cenas finais do filme. Ele realmente deve ter chorado. Deve ter esquecido que era um ator, e ali, agarrado àquelas nádegas suculentas, desatou a chorar. O diretor deve ter achado a improvisação magnífica, e manteve a cena no filme. Espetáculo. Isso é cinema!
Mas enfim, voltemos às obsessões, antes que os nobres leitorinhos fiquem obcecados pela bunda da Paula Braun. Eu já tive várias obsessões em minha vida. Das mais convencionais, lembro agora, especificamente, de duas: ver jogos do Grêmio no Olímpico e morar em Porto Alegre. Provavelmente uma está ligada à outra. Hoje já estou mais bem resolvido em relação a isso (nada que a Mini-Fazenda não resolva). Porém, sobre aquelas questões mais complicadas, já tive várias obsessões. Nesse caso, as obsessões podem ser chamadas de paixões, do se apaixonar pelo físico, e fantasiar em cima disso. Erotizar em cima do objeto captado por nossas retinas. Lembro-me que quando estava na 8ª série tinha uma colega, Simone o nome dela, que não chegava a ser um avião. Eu nunca havia falado com ela e tal, mal sabia como era o som de sua voz, e não fazia a mínima idéia do que ela pensava da vida (e o que isso importava naquela altura do campeonato?), no entanto, eu me obcequei pela guria. Mais especificamente pelo seu rosto, pelo seu sorriso, pelo seu cabelo. Algo mais inocente do que a obsessão do personagem do Selton Mello. Aliás, nessa fase, eu me obcecava a cada semana. Outra vez, me obcequei por outra, uma loira. A primeira era morena. E vai que numa dessas, eu obcecado pela minha colega loira, fui numa janta em Ijuí, e a enteada de um primo meu (bem mais velho, obviamente), que era uns dois anos mais nova do que esse que vos escreve, simplesmente um espetáculo, pediu (eu disse PEDIU!) para ficar comigo, através de um primo meu. Porra, eu fui fiel à minha obsessão e dei o fora na guria. Tudo bem, tudo bem, se você visse como eu era magro e desengonçado naquela época e visse o corpo deslumbrante da guria, que conseguia ter o rosto mais bonito ainda que o corpo, certamente me daria uma surra daquelas, porém, faz parte da obsessão. A obsessão cega.
Aliás, tem gente que tem obsessão por tipos. Por exemplo: enfermeira loira, loira de calça branca, morena de cabelo bem liso e comprido, loira de oncinha, negra de corpo violão e cabelo bem liso, e por ai vai. E os exemplos são os mesmos para as mulheres: homem sarado policial, bombeiro de camisa aberta, militar fardado (vulgo milico), médico rico, motoqueiro despojado, etc, etc, etecétera.
Porém, eu não sei de onde surge a obsessão. E muito menos para onde vai. Tem gente que acredita que o que chamamos de amor é uma obsessão prolongada. Outras, que o amor envolve obsessão e muitas outras coisas (amizade, confiança, etc). Outras, que o amor é uma coisa, a obsessão é outra. O fato é que a obsessão, às vezes é como uma droga, você não pode ter ela disponível por perto, que senão você vai lá para saciar essa sede causada pela obsessão. O problema é quando essa obsessão é mesmo a droga. Classifico aqui de droga aqueles elementos químicos que realmente acabam com a vida de uma pessoa, como a cocaína, o crack, heroína, etc.
Enfim, acho que já viajei demais sobre o tema e o preguiçoso leitorinho já deve estar cansado. A vida é dura. E cheia de obsessões.

3 Comentários:

  • sim... cheia de obsessões... cada fase da vida traz as suas... hehee...

    eu tbm jah tive algumas, hj jah tenho outras e que provavelmente nao existirão logo ali na frente... hehe...

    ah, fiquei com vontade de ver o filme... pela história, pelo ator que eh um dos melhores do Brasil(talvez o melhor qndo o assunto eh cinema brasileiro) e pela tal bunda... auhsauhshas...

    flw

    Por Blogger Mr. Gomelli, às 25 de maio de 2010 às 20:29  

  • Gostei desse texto!
    Até o obcecado do Gomelli gostou!

    hauhauahuahua

    Seus safados!
    Beijos

    Por Blogger Juliany, às 27 de maio de 2010 às 23:28  

  • tu contou o final do filme... é um sem graça..

    Por Blogger Carolina, às 28 de maio de 2010 às 10:54  

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