O drama do Grêmio e do Tiger Woods
Pois foi exatamente isso que fez o Tiger Woods, golfista mais famoso do mundo. Só que nem ele, nem a sua esposa, souberam como lidar com isso. Vejam vocês, o pobre milionário teria se internado em uma clínica no longínquo Mississipi para curar um suposto vício por sexo. O tratamento? Dezoito semanas sem ir as redes, como diria o Pedro Ernesto Denardin. Isso mesmo, o atleta no auge da sua forma física, com os hormônios a flor da pele, com milhões em sua conta bancária, vai ficar 18 semanas, ou seja, 126 dias, sem fazer sexo. Se eu fosse bom de matemática, até diria quantas horas isso dá, mas como não acho a porcaria da calculadora nesse computador, vou ficar apenas na questão dos dias. 126 dias sem sexo. Seria um período sofrível, mas compreensível, se fosse imposto a qualquer outra pessoa: um sujeito que foi preso, alguém que se recupera de um acidente, um cara depressivo após ser abandonado pela mulher, etc... Mas para um atleta no ápice do seu condicionamento físico, com milhões na conta e casado! Convenhamos. Como já dizia uma propaganda de revista, sexo é vida! E eu gosto da vida.
Mas, escrevi isso tudo, para dizer o seguinte: o Tiger Woods vai sair dessa clínica com a mesma sensação de ter que suprir uma necessidade biológica quanto o torcedor gremista está sentindo em relação a títulos, ou a falta deles. Um torcedor sem títulos é como um homem sem sexo. Ele se irrita facilmente, fica elaborando mentalmente uma possibilidade de resolver o problema, tem esperanças, mas acaba sempre se frustrando no final. E o Gauchão desse ano é a chance de ouro para os gremistas quebrarem esse jejum. Aliás, assim como Tiger Woods, acredito que quando o Grêmio voltar a gozar da conquista de um título o resultado será semelhante ao retorno de Tiger Woods aos lençóis cheirosos de suas infindáveis e insaciáveis fãs e, enfim, ele, como os gremistas, gritará do fundo de seus pulmões: é campeão!
Texto publicado no Jornal das Missões deste sábado
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