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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Besouro ou vagina?

Esses dias fiz uma seleção para emprego. Aliás, fiz sabendo que não teria nenhuma chance de ser chamado, pois me foi explicado na inscrição de que não haveria a possibilidade de negociar os horários de aula. Enfim, tava de bobeira... fiz. Ainda liguei hoje para saber o resultado, no intervalo da aula. Como já sabia, não fui selecionado. Tentei exclamar algum som de surpresa, mas acho que não consegui. “Beleza”, falei para o cara que me atendeu ao telefone... E subi para a aula, assobiando Jingle Bell.
Mas o que eu queria falar mesmo nesse post é sobre os tais testes psicológicos. Já falei aqui que ainda vou cursar psicologia. E, aproveitando essa vontade que tenho de estudar psicologia, também vou tentar aprender o que quer dizer alguns testes meio estranhos que fazem nessas seleções. Numa outra oportunidade, numa seleção, em algum lugar do passado, na qual passei em primeiro lugar no processo seletivo, quase perdi a vaga pelo resultado do teste psicológico, que me foi mostrado depois, quando estava efetivado. Fui classificado de retraído, introvertido e blá, blá, blá, blá. Só faltou ser chamado de retardado. No entanto, trabalhei nesse lugar durante um ano, fiz grandes amizades e, modéstia parte, fiz um bom trabalho. Inclusive, quando falei que iria sair, para ir para outra empresa, todos lamentaram. Enfim, por essas classificações apontadas nesses testes, que aliás são feitos em mais ou menos uma ou duas horas, eu sou um profissional ou uma pessoa melhor ou pior do que aquelas que saem saltitando para falar qualquer coisa, que apresentam uma embalagem sedutora e envolvente, e que às vezes encarnam um personagem para interpretar durante essas duas horas? Um amigo meu, aprovado em um concurso público, certa vez me disse com toda a sinceridade:
- Perguntaram se em tal situação eu faria tal coisa. Eu disse que faria isso...
Como conhecia o sujeito, questionei, estranhando a resposta que ele deu:
- E você faria isso mesmo?
- É óbvio que não, eu faria o contrário. Mas se eu dissesse isso, certamente seria reprovado.
Uma das atividades curiosas nesses testes é aquela onde colocam umas manchas num telão. As psicólogas pedem para você colocar, sem censura, o que te vem à mente ao ver a figura. Dessa vez botaram um objeto que, para mim, à primeira vista parecia, bem... parecia uma vagina. Não tinha como fugir disso. Aquilo era uma vagina. Só poderia ser uma vagina. Mas não poderia escrever isso na prova, certamente aquelas mentes poluídas me classificariam de tarado. Fiquei quebrando a cabeça: “o que mais lembra essa porra além de uma vagina?”. Não me vinha à mente absolutamente mais nada. Bom, pela cor escura, pode até parecer vagamente com um besouro. Os pentelhos da vagina até podem parecer as presas do inseto. Coloquei lá, quando tava quase acabando o tempo: besouro. Tentei dar uma explicação para essa indicação, mas acho que não fui muito convincente, até porque, para mim, aquela mancha ainda era uma vagina. Antes disso, até tentei imaginar uma forma mais delicada para dizer que aquela mancha era efetivamente e indiscutivelmente uma vagina. Órgão genital feminino. Bom, imaginei uma psicóloga olhando para a cara da outra nas quatro paredes onde se tomam as importantes decisões desse mundo, e dizendo: “olha, esse aqui acha que essa mancha é uma boceta”. Enfim, o órgão genital feminino seria depreciado e reduzido por aquelas devassas. Portanto, fiquei com o besouro.
As psicólogas colocaram então outras duas figuras. Na segunda, não me agüentei. Era uma mancha vermelha grande, com duas pequenas manchas verdes ao lado. Era óbvio: Inter x Palmeiras no Beira-Rio. Dã! O vermelho era a torcida do Inter e o verde era a torcida do Palmeiras. Não sei como as psicólogas interpretaram isso, enfim, pelo menos não devem ter me tachado de tarado.
Já a terceira eram duas manchas vermelhas, uma de frente para outra, e várias manchas pequenas, não lembro a cor, ao redor das maiores. Simples: um casal dançando e os filhos brincando ao redor.
Quando fizer psicologia vou reler esse texto e tentar me interpretar. Ou, se alguma psicóloga quiser decifrar as minhas interpretações desenhísticas, sinta-se a vontade e divirta-se.

3 Comentários:

  • Porra alemao!

    Uma vez me perguntaram que sabor de pizza eu seria...nao lembro o que respondi, mas acho que talvez por decidir ser uma pizza comum como a muzzarella fui reprovado.

    Testes psicologicos de admissao sao como procurar pelo em ovo. Tem neguinho que devia ir carpir a roça ao inves de ficar inventando besteira.

    e ao inves de psicologia eu quero ainda fazer fisioterapia...

    Por Blogger Zaratustra, às 6 de outubro de 2009 às 18:17  

  • hauhauhauahuahuhauhahauhuahua sempre quis entender qual é a moral destes testes...pq desenhar uma árvore?? o q significa a dita cuja da árvore??????? a família, uma pessoa, pode até tre fundamento, mas árvore?se eu estou enraizada em algum lugar? sei lá...

    Por Blogger Carolina, às 6 de outubro de 2009 às 20:30  

  • hauauhahuahah... mto bom.

    Por Blogger BrnLng, às 10 de outubro de 2009 às 10:51  

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