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sexta-feira, 3 de julho de 2009

Uma forma de me sentir melhor

Bom, como faz quase uma semana que não posto nada aqui, e já está tarde, reproduzo aqui o mesmo texto que será publicado no Jornal das Missões desse sábado (04/07), para me sentir menos vadio, principalmente depois do baque do jogo de quinta-feira, no Olímpico. Segue o texto, sem alterações:

Lembro-me de um episódio do Arquivo-X, onde o agente Molder vivia diversas vezes o mesmo dia. Senti-me o próprio agente Molder na quarta e na quinta-feira. Saí de casa exatamente no mesmo horário, 18h, e no caminho, atravessando a PUC, encontrei o mesmo colega, e parei para conversar com ele exatamente os mesmos 3 minutos e 24 segundos. Peguei o mesmo T1 do outro lado da Ipiranga, e no caminho comprei uma latona de cerveja, após achar algumas escassas moedas em meus bolsos, e segui caminhando em meio à massa rumo ao acesso da imprensa dos respectivos estádios. Em ambos, fui encaminhado para as cadeiras. E em ambos, fiquei atrás do gol de onde saíram todos os gols. E em ambos, houve brigas. No Beira-Rio, entre a própria torcida, na arquibancada inferior (um pequeno grupo ficou os primeiros 10 minutos de jogo brigando incessantemente), e no Olímpico, da torcida no lado de fora com PMs. No segundo caso, foram mandando torcedores para as cadeiras, e não havia mais espaço, e por um momento temi uma tragédia maior do que a que ocorreu dentro de campo.
Fora isso, as coincidências foram essas que todos sabem: 2 a 0 para os adversários no primeiro tempo, os dois precisando fazer 5 gols na etapa final, e ambos chegando ao 2 a 2 aos 29 do 2° tempo. Além disso, D’Alassandro, expulso pelo Inter, e Adílson, pelo Grêmio. E, para completar: nos dois jogos eu estava chegando próximo ao portão de saída, quando aconteceram os gols de empate.
No entanto, como eu não sou o agente Molder, houveram algumas diferenças. No caso da final da Copa do Brasil, o Corinthians jogou melhor no 1° tempo e fez por merecer o 2 a 0. Já no caso do Grêmio, o time de Autuori teve um impedimento mal marcado do Maxi Lopes e um pênalti claríssimo não marcado quando o jogo estava 0 a 0, e caso o árbitro Oscar Ruiz marcasse, certamente seria uma outra partida. Também senti diferenças nas torcidas. Pelo lado do Inter, os colorados literalmente fizeram tremer o Beira-Rio antes do jogo e nos primeiros minutos, e cheguei a pensar que a arquibancada superior fosse despencar, de tanto que tremia. Por outro lado, no Grêmio, o apoio foi durante os 90 minutos, inclusive quando o Cruzeiro vencia por 2 a 0. Ninguém saiu do estádio Olímpico com voz após o término do jogo.
Por fim, a maior das diferenças: a classificação de ambos no Brasileirão. Enquanto o Inter divide a liderança, com 17 pontos, o Grêmio está em 14°, com 9. Porém, o que vai prevalecer no Gre-Nal do dia 19, no Olímpico? O grito da torcida gremista, ou a vantagem na tabela colorada? Pelo jeito a peleia está só começando.

2 Comentários:

  • Hehehe!

    Por Blogger Ana, às 4 de julho de 2009 às 07:53  

  • cara, tem um ótimo filme com o Bill Murray que se chama Feitiço do Tempo (se nao me engano) e fala sobre a repetição dos dias...mto bom.

    Bill Murray, aliás, que além de me entregar o diploma de jornalista, é o melhor ator hollywoodiano, obviamente nao devidamente reconhecido.

    E dá-lhe Gremio!

    Por Blogger Zaratustra, às 4 de julho de 2009 às 12:29  

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