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terça-feira, 26 de maio de 2009

Raiva, alfa e pênalti

Estava eu, escrevendo um dos quatro artigos que tenho que entregar no final de junho, quando apareceu aquele famoso “enviar relatório de erros – não enviar”. Para ser mais exato, estava escrevendo a página 12. Sem revisar. E, depois disso, não consigo mais escrever na porra do arquivo. Digito qualquer coisa, e aparece a mesma merda, e fecha tudo. Uma bosta. Comecei então, a continuar o trabalho, em outro arquivo, e estou pensando em depois juntar tudo, sei lá eu como. Na pior das hipóteses, terei que imprimir e digitar tudo de novo, em um arquivo limpo em outro computador, onde não haveria o risco de acontecer essa merda, que possivelmente seja um vírus. Só que, estava eu nesse segundo arquivo, descrevendo animadamente o desastroso Lucas Faia, de Incidente em Antares, quando o incidente wordiano aconteceu novamente. Fiquei fulo novamente. Queria jogar o computador pela janela, mas minha irmã teve o bom-senso de não deixar. Dei alguns socos no maldito, que se acha muito mais esperto do que eu, mas também não resolveu. Então, fui relinchando para a cozinha, fazer um lanche, ouvindo U2 no MP3. Estava comendo, quando vi um caroço de azeitona, da pizza que comi ontem, em cima da mesa. A cesta de lixo estava do outro lado da cozinha, a uma distância, sei lá, de uns 4 metros. Eu olhei para aquele maldito caroço, e depois para a cesta. Atirei com fúria o caroço, que caiu dentro do lixo igualzinho caiam as bolas de basquete arremessadas por Michael Jeffrey Jordan, nos bons tempos de Chicago Bulls, na NBA. E daí de lembrei de certas coisas que aconteceram em momentos de fúria da minha vida, alguns bons, outros ruins...
Lembro-me que, quando trabalhava na Rádio Jornal da Manhã, em Ijuí, quando eu estava zen, feliz da vida, calmo, ia para o estúdio, e algumas vezes não conseguia dar a entonação que queria para a voz, ou errava uma ou outra palavra, e assim ia. No entanto, quando eu estava fulo da vida (e isso acontecia com certa freqüência) eu entrava naquele estúdio, nem olhava para o operador, ia em direção a mesa, fazia sinal com o dedo indicador em riste para que o microfone fosse aberto, e lia num tiro. Parecia o Domingos Martins. O mesmo acontece quando vou apresentar algum trabalho. Se estou calmo, me atrapalho, faço alguma piada sem graça, me perco... É como aquele time que entra em campo achando que vai ganhar fácil, e se aperta todo. Já quando estou grilado, com aquela vontade de matar, vou lá e tchan, vai tudo facinho facinho. Mas isso às vezes também acontece quando estou em alfa, mas aí é outro patamar. De qualquer modo, isso funciona assim, em vários aspectos da vida do cidadão. Lembro de uma vez, em um campeonato do colégio, onde o goleiro ficou me zoando enquanto eu me preparava para cobrar um pênalti. Ele batia no peito e berrava “vai, chuta que eu vou pegar”. Respirei fundo, olhei para a cara do maldito, tomei uma distância razoável (não demasiada, já que quem toma muita distância sempre dá um bago para fora), e pensei: “vou te matar agora, seu filho da puta”. Concentrei toda a força que existia no meu ser em minha perna direita, corri para a bola e BUM! Uma cacetada a lá Rivelino. O goleiro nem viu a bola. Só teve um problema: a merda da pelota esbarrou na trave direita defendida pelo maldito. O goleiro filho duma égua saiu comemorando, como se tivesse defendido. Aquilo me deixou mais fulo. No lance seguinte, a bola já tinha passado por ele, mas mesmo assim dei um carrinho por trás no desgranido. Uma tesoura mesmo. Virei as costas para o infeliz, e ia voltando para o meu campo, quando o árbitro, o professor Raul, me mostrou o cartão vermelho. “Ih, fudeu”, pensei. E fudeu mesmo, já que meu time acabou perdendo por 3 a 1 e foi eliminado daquele campeonato.
Por fim, depois de todas essas histórias, chego as seguintes conclusões: não tem raiva que supere vírus de computador e goleiros malditos com sorte.
PS: se você sabe a solução para o meu problema wordiano, diga-me qual é, e ganhe um brinde das lojas Dudu Mania.

3 Comentários:

  • se conseguir abrir o arquivo, copie (Ctrl T/Ctrl C), abra o bloco de notas e cole o texto (Ctrl V) para perder a formatação, copie novamente do bloco de notas (Ctrl V) feche o arquivo antigo do Word, abra um novo arquivo do Word, cole o texto que você copiou do bloco de notas e salve com outro nome. se isso não funcionar, toma um banho de sal grosso.

    Por Blogger ababeladomundo, às 26 de maio de 2009 às 10:21  

  • ps: não sei se você lembra, mas eu também fui expulso numa final do interclasses e, coincidentemente, meu time também perdeu...

    Por Blogger ababeladomundo, às 26 de maio de 2009 às 10:23  

  • É o que dá usar Ruindows.
    Nunca te aconteceu de estar com o arquivo da edição quase pronto no Pagemaker e ele do nada fechar e nunca mais abrir?

    Mas faz a dica do "ababeladomundo", ou senão baixa o BR Office, ou abre no Wordpad e tenta copiar prum arquivo novo.

    Por Anonymous Anônimo, às 26 de maio de 2009 às 17:26  

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