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sábado, 4 de abril de 2009

Entrevista com O Anônimo (que não é o Gourmet)


Depois de revelar o perfil de várias personalidades ilustres da Pós-Modernidade, como o Arion Fernandes, mais conhecido por traste, o meu primo italiano Gérson, o futuro Alexandre Pato, Thales Juan, entre outros, agora chegou a vez do Anônimo. O anônimo já foi tema desse blog em outras oportunidades, e, apesar de se manter no anonimato, por pura paranóia, ele fala sobre temas profundos para a História, para a Sociologia, para a Psicologia, para a Comunicação, enfim, para toda a Humanidade, no sentido mais amplo da palavra (depois eu mando a conta). Enfim, aí vai a entrevista:

O meu, quer ser entrevistado? Tu ainda não foi né? Ãhm?
Oi. Tava na cozinha. Porra, mas vai me entrevistar agora?
Porra, quer se entrevistado ou não?
Desde que não revele meu nome. Manda.
Mas vai sai teu nome e tua foto, caraí! Tu és tu!
Então não. Preciso me manter em segredo.
Porra, que cagão.
Sou procurado da Justiça.
(Depois de meia hora de negociações, consigo convence-lo a conceder a entrevista exclusiva que se segue):
Antes de começarmos, eu peço para que tente digitar o mais próximo do correto possível, para facilitar a edição posteriormente, ok?
Eu sempre digito corretamente.
Está bem. Então espera dez segundos até eu ir até a geladeira e pegar outra cerveja, porque meu copo secou. Just a moment, please.
Porra... vou ser entrevistado pelo Bukowski! Tô fodido! Jornalista bêbado é phoda!
Pronto. Então, por que você quer ficar no anonimato?
Já é a entrevista?
E escreva foda com F da próxima vez. Claro que é a entrevista, o que mais poderia ser?
É pro Fantástico?
Não, é pro blog mais acessado do Universo.
Vamos lá, sem palhaçada agora...
Como assim, palhaçada? Meu trabalho é sério! Pô, não demora tanto que a cerveja vai esquenta...
Quero ficar no anonimato porque não confio na Internet. O Google vigia nossos passos. Vão descobrir meus hábitos de consumo e me vender produtos do estranhos.
E o que você tem contra os produtos estranhos?
Em geral, não tem utilidade e só ocupam espaço no apartamento. Meu apartamento é pequeno. Imagina se me vendem uma Table Mate?
Ok, está muito morna essa entrevista. Vamos esquentar isso aqui. Certa vez o seu anonimato foi quebrado por este que vos entrevista. Como você se sentiu naquela ocasião?
Puto, mas perdoei porque conheço a figura em questão e sei que é meio sonso.
Muito obrigado pela parte que me toca.
Não ria. É uma entrevista séria. E o sonso é no bom sentido.
Você sabe algo a respeito de certa Playboy da Carla Perez? (aliás, Perez é com S ou com Z?)
Acho que é com "Z". Sei algumas coisas.
Você é dedógrafo?
Sei que ela tinha pentelhos enormes, mas, na adolescência, prestava-se a usos interessantes, que ajudavam a regular a taxa de hormônios.
Interessante. Existe sonso no bom sentido, na sua concepção?
A princípio, não sei. Mas desde já aviso que a palavra "dedógrafo" não me agrada.
No bom sentido, obviamente...
Sim, quando desviamos o uso da palavra para nos referir a pessoas distraídas, mas de bom coração.
Obrigado novamente. Jogo-rápido. O que você pensa do Celso Roth?
Deve ser amigo do Arion.
Boa. E da minha irmã?
Boa. Com todo respeito.
Ok. Olha que entrego tua identidade....
Jornalismo e ética são como água e óleo. Eu temia pela minha segurança.
Você sente saudades de Santo Ângelo?
Não. Eu devia dizer que sim, pra soar mais simpático. Mas não.
Entendo. Do que você mais sente falta em Santo Ângelo?
Cara... acho que de nada.
Tem certeza?
Tô tentando lembrar aqui, mas não me ocorre nada.
O nome Simone, não te diz nada?
Ih, ó o cara! Nada que eu deva comentar aqui.
E o nome Ana Júlia? Não se preocupe, você será mantido no anonimato....
Ô, Ana Júlia...
Um palpite para o Gre-Nal de amanhã?
A Simone foi a coisa mais linda que eu conheci em Santo Ângelo. Só isso.
Ah, sim, aqueles cornos vão ganhar de novo porque o nosso técnico é uma anta.
Anta, tipo o Arion?
Eu não queria ser tão cruel com o Roth.
Defina o Arion em cinco palavras.
Entidade abstrada criada pelo Eduardo.
Um sonho:
Isso descola minhas acusações da entidade real, que vive no mundo dos cheiros. Que fique claro que o Arion ao qual me refiro é cria sua.
Vai escrevendo aí que acabou a cerveja de novo.
Ok. Uma decepção.
Da vida? Tipo, uma coisa que me decepcionou?
É, isso. Essas merdas não gelam...
O segundo lugar no Brasileiro do ano passado.
Um ídolo, sem ser eu:
Essa parte do "Essas merdas não gelam" vai entrar na entrevista?
Claro que vai. Não gelam mesmo, caraí.
Bob Dylan.
Tu vai ficar no anonimato mesmo, quem vai pagar o mico sou eu. Um escritor, sem ser eu:
Júlio Cortázar.
Um cantor, sem ser eu.
Bob Dylan.
Uma pessoa inteligente, sem ser eu.
Deleuze.
Uma pessoa modesta, sem ser eu.
Eu.
Uma pessoa humilde, sem ser eu.
Eu.
Uma mulher.
A tua irmã.
Duas mulheres.
A tua irmã e a minha.
Três mulheres.
A tua irmã, a minha e a Scarlett Johansson.
Um domingo perfeito.
"Bebendo sangria no parque"
Que porra é essa?
Ver Lou Reed.
Ok. Um filme?
O domingo perfeito. Calma, o nome do filme não é esse.
Não vi esse. Dava um bom nome de filme...
É...
Então fala a porra do filme ai.
Caraca, um filme?
Porra, to falando grego?
Santiago, do João Moreira Salles.
E Touro Indomável.
Bom, pra encerrar, caso não tenha mais nenhuma consideração a fazer, o maior porre?
Do Scorsese.
É só um porra.
Aliás, deixa aí o Touro Indomável então.
Não, vou deixar o outro.
Mas assita Santiago.
Me dê um DVD de presente que eu assisto.
Ou deixa Santiago e assiste Touro Indomável.
Ah, e uma TV com entrada pra DVD, porque a minha não tem.
Aluga, ora.
Tô falando do aparelho, carajo.
Compra uma TV nova.
Com a minha árvore que dá dinheiro que está plantada na lavanderia? Responde a última pergunta aeh, porra!
Qual foi a última?
Do porre.
O maior porre? O último! Sempre!
Mas o que aconteceu de bizarro?
Nada de bizarro. Eu não faço nada de bizarro.
Porra, que sem graça!
Total.
Vou inventar umas respostas aí, pra apimentar um pouco.
Na verdade eu faço, mas não me sinto à vontade pra falar. Não inventa nada não, porra!
Finished, vou editar a porra toda e logo estará no blog.
Espere aí! Ta bom, vou contar a história do porre. No meu último porre, cara, tu não vai acreditar, eu bebi todas, cheguei em casa duro de trago e dormi. No outro dia o vizinho estava batendo na porta do apartamento pra saber se tinha sido eu que tinha vomitado no cachorro dele, que mora embaixo da minha janela!
Porra, não tinha uma melhor não? Fraquinha essa.
Não, não. Nada digno do Bukowski.
Então era isso.
Éééééééééééé!
Sóóóóóóóóóóóóó!
The end.

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