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quinta-feira, 12 de março de 2009

Ideias, ideias, ideias...


Tenho lido e ouvido tanta coisa nos últimos três dias, que não sei direito nem sobre o que escrever, muito menos sobre o que pensar. Apesar disso, parece que essa avalanche de informações, conteúdos, teorias, palavras, ideias e tudo mais, acenderam os meus neurônicos e reativaram uma vontade adormecida de sair por aí vendo e escrevendo sobre tudo.
Nesses dias, fui nas aulas de mestrado da Unisinos. Uma melhor que a outra, por sinal. Amanhã, começam as da PUC. Estou matriculado nas duas, aguardando o resultado da solicitação de bolsa, que sai na semana que vem. Enquanto isso, tenho oito matérias para fazer e uma penca de xérox para tirar ($$) & ler. Entretanto, o que mais tem me matado, são as viagens de trem zurb (é assim que se escreve? Nunca tinha escrito trem zurb antes disso, que eu lembre). Nos três dias, cronometrei o tempo gasto com o deslocamento. Da porta do apartamento, no Partenon, do lado da PUC, considerando a caminhada até a parada, a espera pelo ônibus, a chegada na estação Rodoviária, a passagem do trem, a chegada na estação Unisinos, a partida do Circular, a descida do busão, a caminhada até a sala de aula, são, aproximadamente duas horas de ida, e depois, no processo contrário, mais duas de volta. Está certo que aproveito esse tempo para ler, contudo, só posso usar esse trajeto para ler coisas leves, tipo romances, ficções, crônicas, contos, jornais, revistas etecétera. Fui tentar ler um texto teórico no trem zurb hoje, nada feito. Não tem como se concentrar, anotar, sublinhar e tudo o mais. Quer dizer, você até consegue fazer isso, mas não da maneira como gostaria, portanto, deixei para ler em casa, e li uma revista durante a viagem.
Contudo, esse deslocamento todo trouxe outras luzes. Meus neurônios começaram a captar todas aquelas imagens, sons, conversas cruzadas, paralelas, neguinho entrando e dizendo “vou cantar duas músicas, e depois, quem quiser dar qualquer quantidade, eu disse: QUALQUER QUANTIDADE, sinta-se a vontade”, e em seguida ele começa a cantar: “palavras de amor, jogadas ao vento...”, enfim, gente pedindo dinheiro, pessoas aos trapos doando dinheiro, pessoas de terno lendo os seus jornais, estudantes de 10 anos sentando em rodinha e fazendo fofoca, casais se beijando, neguinho olhando pra bunda da morena, loira olhando para os músculos do negão, uma loucura, carinha vendendo colar do Grêmio e do Inter, senhor de sandália ouvindo MP3, novamente enfim, tudo isso despertou-me uma vontade de fazer muitas coisas, sacam? No início achei que estava ficando louco, mas foi então que percebi que na verdade louco já somos todos, e que cabe a mim, jornalista, não no papel de jornalista, mas sim de projeto de escritor (ou seria o contrário?) tentar relatar essa loucura! E a partir disso comecei a ter ideias, ideias, ideias, todas sem acento, conforme a ortografia nova, ou a nova ortografia.
Porém, todavia, contudo, não vou contar qual são essas ideias. Até queria, mas vou guardá-la em segredo já que o que pretendo fazer nos próximos meses poderia se tornar uma promessa não cumprida. No entanto, as ideias estão aqui, na minha cachola, na minha massa cinzenta, que fica a cada dia mais cinza. Bom, amanhã tenho mais uma aula, e espero continuar nesse ritmo, já que isso parece droga, quanto mais eu ganho, mais eu vejo que não sei nada, e mais eu quero.
Bom, acabei de reler a porra toda que escrevi acima, e não sei como acabar isso tudo, então termino ãnsim (como diria o barbeiro do Fábio): Fim.

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