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domingo, 4 de janeiro de 2009

Momentos de Reflexão (não é sacanagem!)


Estive conversando nos últimos dias com algumas pessoas sobre os seus diversos relacionamentos, sejam amorosos, de amizade, de trabalho ou familiares. E cheguei a conclusão de que as pessoas não se suportam muito tempo sem espaços para tomarem ar, no sentido mais amplo da palavra, manham? Porém, pensando nisso tudo, nas minhas relações, e na situação em que a minha família se encontra, e cruzando tudo isso com o que já aconteceu num passado recente, fico sem entender muita coisa, mas com uma certeza: se você tirar uma dessas pessoas que convivem com você diariamente, o sofrimento é profundo e inevitável.
Digo isso, pensando em todas as coisas em que me referi acima, tendo como princípio a minha situação atual: estou em casa, complemente sozinho; nesse exato momento minha namorada está na casa dela com a sua família (com a dela, não com a sua, leitorinho tupiniquim), meus pais estão na praia, minha irmã foi para Porto Alegre, onde também está sozinha, e meu irmão foi para outra cidade (manterei sigilo a pedido do mesmo), para retornar ao tarbalho amanhã, também sozinho. Estamos todos separados, mas sabemos que voltaremos a nos ver em breve (pelo menos é o que esperamos). Tenho a casa toda para mim, e isso é ótimo. Agora são 23h38 e estou com o rádio ligado a todo o volume sem ninguém para reclamar, e vou dormir a hora que me der na telha. Amanhã estou de folga, e novamente acordarei quando cansar de dormir (alguém cansa de dormir?). Ótimo? Talvez sim, talvez não. Diria que é ótimo justamente pelo que disse antes: estou livre, leve e solto aqui, porque sei que no próximo final de semana meus pais estarão aqui; minha irmã, se não vier na outra semana, virá na posterior; e meu irmão estará aqui me enxendo o saco ainda nesta semana. E isso é ótimo. A tranqüilidade se dá pela certeza de que voltarei a vê-los, sacam?
Tudo isso parece banal, mas penso nisso lembrando o pior momento em que já passei na minha vida, há cerca de dois anos, quando meu pai literalmente morreu em meus braços e foi ressucitado por um enfermeiro de plantão de emergência que estava no casamento onde o fato aconteceu (um aplauso especial ao deputado que apresentou o projeto de lei que foi aprovado obrigando a existência daqueles aparelhos para atendimento em caso de morte súbita - se o sujeito não é reanimado em poucos minutos, não volta mais, é o que aconteceu com meu pai, mas tive a sorte de ter uma pessoa capacitada por perto).
A partir disso, fico pensando no que teria virado a minha vida sem ele. Fico pensando no quanto eu estaria triste, no quanto não teria graça fazer coisas simples que faço, como por exemplo, falar mil vezes a mesma coisa só para vê-lo brabo, com a sua testa franzida, que é tão engraçada. Por isso, depois de uma semana sozinho em casa, mesmo sabendo todas as brigas que acontecem nessa casa, fico com um nó na garganta ao ver as salas, os quartos, o banheiro e o pátio vazio. E é por isso que digo: às vezes é boa a distância para vermos o quanto sentimos falta das pessoas que amamos, porém, a distância definitiva judia muito (e digo isso baseado em perdas que se concretizaram, mas que não vou mencionar aqui, pois seria doloroso demais). E também é baseado nisso que eu ainda sonho em um dia ver todas as pessoas juntas, num paraíso imaginário, convivendo harmonicamente, tomando cerveja, conversando, jogando truco, dando risada, jogando canastra, futebol, vôlei, nadando, brincando, pulando, berrando, brindando, vivendo sem medo de ser feliz.
É, meu primo Gérson, acho que ainda vou fazer psicologia e publicar livros de auto-ajuda como você temia (ou sugeria?).... Só que eu também sou humano, pô, tenho o direito de trocar o estilo estressado de textos atrás, para o estilo sentimentalóide presente de uma hora para outra, carajo! Aliás, domingos de noite sempre são bons momentos para reflexões... Como diria o Bukowski: se você não se mata até às 18h de domingo, você tem mais uma semana garantida de vida. Mas não se preocupem, que tirar a própria vida nunca esteve nos meus planos. Gosto de viver. Mesmo quando estou tomando remédio e não posso tomar uma gota de cerveja... Que porra, não sei como acabar essa coluna. Estou escrevendo frases e frases sem achar a ideal para terminar isso tudo. Já sei: FIM!

2 Comentários:

  • viu como tu me ama?! hauhauhauahua

    Por Blogger Carolina, às 4 de janeiro de 2009 às 19:08  

  • sobre a auto-ajuda eu sugeria, nao temia. Mas nao sugiro mais porque eu mesmo to pensando em escrever auto-ajuda e nao quero mais concorrentes.

    A nao ser que a gente escreva um livro em conjunto, rachamos o lucro e ficamos ricos juntos eheh

    E a cachorrada fazendo festa! abraço

    Por Blogger Zaratustra, às 7 de janeiro de 2009 às 00:43  

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