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sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Eu surto, tu surtas, ele surta, nós surtamos...


Eu concordo com meu primo Gérson Alemão. Quem está em crise não sou eu, é o mundo. Está em crise contra nós e contra a Amy Winehouse. Aliás, às vezes acho que vou ter aquele mesmo surto da Amy do Pânico na TV. Porém, ando menos estressado nesses últimos dias, mas mesmo assim, às vezes as pessoas parecem que querem pedir: “Surta! Surta!”. Vou dar alguns exemplos bem simples, começando aqui por casa. Meus pais. Bom, antes quero esclarecer que amo eles mais que tudo nesse mundo, mas tem uma coisa que eles fazem, e que eu já disse milhões de vezes para não fazerem, mas não adianta. É o seguinte: eu não gosto de Coca Zero, muito menos de Fanta Uva Light, que me da caganeira. Tudo bem eles comprarem, gosto é gosto, e meu pai só pode tomar zero, diet, light, etc. Só que eles compram esses refrigerantes e os normais, então, primeiro eles bebem tudo que tem de normal (Coca, Sprite, Guaraná) e deixam a porra da Fanta Uva Light intacta na geladeira. Como aqui em casa refrigerante é só no final de semana (pelo menos teoricamente), chega o domingo de noite e tudo foi bebido da geladeira, menos as bebidas light, diet e zero (principalmente a maldita Fanta Uva Light). Aí, eu vejo aquele líquido, isolado na geladeira, e num calor desses acabo tomando. Resultado: às 5 horas da madrugada uma bomba explode em meu estômago, e saio voando para o banheiro fazer um estrago danado.
Agora faço a pergunta que sempre faço a eles: por que não compram apenas uma Coca Zero e o resto nornal, ao invés de pegarem meio a meio? Mas não adianta, é sempre a mesma coisa todo o final de semana. O jeito vai ser seguir o conselho da minha própria mãe, sentar ali fora na cadeira de balanço, e ligar um CD com música zen fazendo o ommmm.
Esse tipo de situação acontece em outras oportunidades. Se vocês voltarem nos meus arquivos, vão achar aquele texto do rodízio de pizza na praia, lembram? Todo mundo comia minhas batatinhas enquanto esperava a pizza. E depois, todos enchiam o bucho de pizza, enquanto eu ficava olhando nostálgico o prato vazio de batatinhas. O mesmo acontece com a própria pizza, quando a massa é sem ovo. Eu sempre digo: “vamos pegar pizza de frango!”, e todos respondem: “ah, não. Vamos pegar de (aí vão os mais variados sabores)”. Aí pegamos uma de cada, só que aqueles que pediram de outro sabor primeiro vão lá e truicidam a pizza de frango, para depois comerem a que eles tanto queriam (e que geralmente eu não gosto). E o pior é que nem comem tudo da outra, pois já ENXERAM O BUCHO com a de frango. E querem que eu fique calmo? Claro, estão empanturrados de pizza de frango, ou de Coca normal, ou de batatinhas, aí fica fácil ficar calmo.
Mas não pensem que sou egoísta. Eu já passei fome para dar os meus trocados para comprar um lanche para um mendigo, enquanto eu fiquei sem nada. E mais de uma vez. Só que eu faço isso para quem precisa, e não para quem ta mais bem tratado que o Garfield.
Ah, e eu também adoro quando me convidam para ir a um lugar, e me tratam como se eu fosse um pé de limão, uma samambaia, um poste, uma vassoura, ou algo assim. Eu chego no lugar, sento, e fico lá, sentado, como era de se esperar. Puxo assunto com um, mas o cara me corta para entrar em uma conversa paralela qualquer. Geralmente sobre carro. Assunto importantíssimo! Ou senão sobre a mãe do fulano que traiu o velho com o vizinho. Aí, tento uma, duas, três vezes, até que desisto. Abro uma garrafa de cerveja, pego meu copo, e sento lá fora para conversar com o cachorro, que geralmente tem um puta papo cabeça. Os cachorros sempre sabem o que fazer. Você desabafa com o canino, e ele fica te olhando com um ar de compreensão incrível. Se você está brabo, ele também compreende. Se está triste, idem. Se está alegre, põe a língua de fora e fica com uma cara de riso incomparável.
É, eu gosto dos cachorros. E gosto de todo mundo que sabe conversar algo além da marca do carro do ano, do pequeno golpe que deu para economizar 20 reais em um trouxa, que na verdade está ralando para manter a família, ou da vida do vizinho, que na real está cagando e andando para o mundo. Ah, e gosto de cerveja também. E de escrever no blog. É uma boa terapia.

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